Ao estudo do material bibliográfico disponível que explana sobre diferentes assuntos relacionados a nova forma de organização do trabalho e suas influências em diferentes aspectos, podemos perceber como a linha histórica do trabalho se modeificou ao longo dos séculos em relação ao modo com o trabalhador vê sua atividade e como a sociedade visualiza-a.

Nas sociedades tribais e pré-históricas, o exercicio da atividade era visto como uma forma de lazer. A ideia de lucro não existia e a produção era apenas para a manutenção das necessidades existenciais.

A partir do marco da civilização, a Revolução Industrial, onde a criação de novas forma de produzir em maiores quantidades com a menor utilização de recursos possiveis se estabeleceu na sociedade, pode-se colocar um marco divisório. Todas as antigas relações de produção e força de trabalho se desenvolveram a partir de uma nova forma cujos problemas básicos e complexos perduram até hoje.

Os empresários industriais passaram a visualizar a lucratividade e a buscar os meios na empresa para poder aumenta-los. Em uma sociedade regida pela moral (valores universais) e pela ética (interpretação relativa do individuo dos valores universais mediante a situação), as dificuldades relativas na relações trabalhistas tiveram segmentação e complexidades a medida que os tempo passou e as novas tecnologias foram integradas.

Hoje, as recomendações para qualificação para trabalhos são aperfeiçoamento constante , dominio das tecnologias, disponibilidade de horário, competitividade, deter conhecimentos variados e aprofundados, entre outros. Outra posição é que os empregados devem ter iniciativa e autonomia no exercício de suas atividades, virarem intra empreendedories nos negócios inseridos.

O grande problema dessas exigencias, esclarecido no material disponivel, é que as empresas não desenvolvem a estrutura para que o empregado possa tomar esses posicionamentos ou buscar cumprir as exigencias de qualificação.

Como descrito, as normas reguladoras, a hierarquia rigida, a diferença entre o trabalho normativo e o real, a utilização de punição em vista de erros, o crédito afanado pelos superiores, a presença da racionalização instrumental, entre outros são as caracteristicas estruturais do ambiente interno enquanto o desejado, teoricamente, é a racionalidade comunicativa, com a autonomia de poder desenvolver um sistema de produção que se equilibre com as normas gerais da empresa, que os erros sejam analisados como fonte de reflexão e que o mérito do trabalho caiba a quem o realizou.

Esses contrapontos entre o sistema real e o sistema aspirado são os fatores que transformam o atual exercicio de trabalho em uma influencia negativa que pode conduzir o empregado ao desenvolvimento de doenças, desanimo, apatismo e outras colocações que ocasionam a coisificação do empregado no valor de uma ferramenta.

Uma argumentação para embasar o referido anteriormente é o atual sistema de solicitar ao superior instruções para a realização das atividades ou resolução dos problemas decorrentes no período de trabalho. Como ferramentas, todas as diretrizes tem que serem dadas para a continuidade do trabalho e pensamentos autonomos são vistos com valor de indisciplina sendo punidos por tal.

Por conseguinte, não é mais possível separar a administração das coisas da administração dos homens, pois em todos os novos aspectos da sociedade economica, o trabalho humano regride as primeiras formas de administração (ameaça da substituição de mão de obra) apesar de estarmos tentando alcançar um nova ordem e termos todo o embasamento para tal. Tudo o que falta é a aplicabilidade de novos sistemas que progridam sucessivamente até o idealizado.