Feliz ano dois mil e treze.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 01/01/2013 | PoesiasFeliz ano dois mil e treze.
Feliz 2013.
Feliz ano dez mil.
Feliz cem mil anos.
Feliz um trilhão de anos.
Feliz o tempo.
Porque o tempo não existe.
O que é o mesmo.
Apenas uma convenção.
Feliz todos nós.
Porque somos tão velhos.
E novos.
Quanto ao infinito.
Tão existentes.
Quantos aqueles.
Que nunca existiram.
Feliz a abstração.
Porque o que vemos.
É o que não vemos.
Feliz a distância do tempo.
Porque a lonjura é a inexistência.
Feliz o momento porque ele.
É a existência.
Feliz o futuro.
Porque ele é o presente.
Feliz ao passado.
Porque nunca existiu.
Feliz aquele que partiu.
Porque está aqui presente.
Feliz quem existe.
Porque nunca deixará de existir.
Feliz a ilusão do tempo.
Porque ela é a realidade.
Feliz a ausência.
Porque é a presença do vácuo.
O infinito a sua incompreensão.
Por ser absolutamente a mesma coisa.
Feliz então a etimologia incompreensiva.
O mundo é apenas simbólico.
O vazio preenche a realidade.
Feliz o mundo porque ele é.
A imaginação.
Feliz a todos.
Que não compreendem.
Que o tempo só existe.
Porque no infinito.
A terra fica o tempo todo voando.
Do mesmo modo o sol.
Nesse voar sem direção.
Com a mesma velocidade.
A terra vai cambaleando.
De todos os lados.
Esse mesmo giro faz também o sol.
Quando muda um dos lados.
A luz do sol.
Não atinge o lado oposto.
A sombra do próprio giramento.
Produz a escuridão.
Do lado oposto.
Ao contrário.
O clareamento.
Surgem então.
O fenômeno.
Dia e noite.
A soma deles.
Semanas.
Meses.
Anos.
E a imaginação confunde então.
Com o tempo.
Que não é nada mais.
Que a terra tombando.
Constantemente.
Isso por que.
Nada se prende no infinito.
Então feliz o ano dois mil e treze.
Porque esse ano nunca existiu.
Como não poderá existir.
O ano dez mil.
Qualquer ano.
O tempo é uma ficção.
Não existe o dia.
Vinte cinco de dezembro.
Ninguém poderá ter cinquenta anos.
Ou oitenta.
Uma criança.
Quando nasce.
Não poderá ter um tempo zero.
Da sua breve existência.
Isso porque a existência.
Não é breve.
Muito menos longa.
A existência é contínua.
Seja qual for sua forma.
Ela apenas muda de estado.
Por isso tem aparência.
De nova ou velha.
Então feliz a concepção da ilusão.
O mundo é essa acepção.
Feliz tudo o que não tem sentido.
Feliz o significado da não razão.
De tudo que não é lógico.
Feliz a imaginação.
Edjar Dias de Vasconcelos.