FANTASIAS MOIDAS
Publicado em 25 de setembro de 2017 por Lourival Jose Costa
Vasculhei meus álbuns e minhas memórias
Busquei-te com o desespero de antes
Sem aviso fui tomado pela saudade
Absorto vi-me nu'm labirinto frio
Desejei a saída e me perdi.
Quando olhei para o relógio já era manhã
Vesti-me mas, o espelho a nudez refletia
Peguei lápis e papel para descrever-te
A alma desarranjada assentou-se.
Pensei colher flores e mandar-te
Mas, mandá-las pra onde..?
A rua se alongou por demais para meus passos
Não sabia onde ir..! Ir pra aonde sem você..?
Tua ausência torna-se fantasias moidas
Tenho medo! Medo de esquecer-me...
Seria, deveras, injusto comigo..!
Talvez, quem sabe, mais tarde eu me reencontre
Mas, se vieres, novamente, fecharei as portas
Esconder-me-ei naquele janelão aberto
Bobagem, como esconder-me de ti..?
Acaso, meu coração tem portas?
Veja que as janelas caíram.
Perdão querida, por tentar reviver o que é só meu
Véu sedoso e alongado é teu corpo esculpido
sobre meu talhe sedento e estasiado
Teus afagos, ópio para mimh'alma
Teus olhos, luzeiros e encanto
Teus lábios, doces amoras
Tua voz, poemas..!
Em minha solitude valer-me-ei das saudades
Ainda que ao longe, tu haverás de saber
que não foi tolice amar-te, tanto assim
Embora, não saibas de mim e
de nada soubesses.
Por: Lourival Jose Costa 26/09/2017 às 10:05hs