FAMÍLIA E ESCOLA: A CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES COMO FOCO DE TRANSFORMAÇÃO DO APRENDER A APRENDER.

*Ilza Nilta Soares de oliveira

Soave Rodrigues, Meire Moura

 

RESUMO O presente artigo objetiva engrandecer a indispensabilidade de uma interação família-escola e, nesse processo, a importância da amor no ato de educar. A partir do embaraço de relacionamentos existente entre pais e filhos, mestres e aprendizes. Foi desempenhado uma análise com a intenção de alçar capacidade de ruptura destas incertezas. Pensando nestas analises retratado durante este trabalho e a observação nos encontros entre pais e professores, onde ocorreram cogitações sobre a educação alicerçada no amor incondicional e na transferência de valores morais e de conduta. Assim, deduz-se que a família e escola são juntas capazes de, conseguirem encaminhamentos suficiente e eficazes para que ocorra o desenvolvimento dos adolescentes emocionalmente saudáveis e socialmente interligadas no convívio escolar e familiar, aprofundando seguramente na aprendizagem colegial.

 

Palavras-chave: Relação Interpessoal, Família-Escola, Aprendizado.

 

INTRODUÇÃO

A elaboração deste trabalho surgiu da necessidade de analisar a prática inovadora de educar por meio da construção do conhecimento em harmonia com o cotidiano do aluno, buscando demonstrar onde as diversas teorias se aplicam em seu dia a dia, as quais tornam-se adequadas para o ensino nas instituições de ensino público. No primeiro momento discutir-se-á o conceito de docência a partir do subentendido de que educar significa muito mais que instruir, mas formar o aluno para que ele possa enfrentar os desafios da sociedade de maneira consciente e crítica. Será destacado, também, a prática do formador ainda na antiguidade da história do ensino público colônia(l772), onde estratégia de ensino e justificado pela necessidade de fixar, ou seja método de memorização, onde preparava os estudantes para os testes avaliativos, tentando desta forma moldar o comportamento definido padrão, isso, medido através da reprodução em casa das obrigações já realizados na escola. Assim começou ensino tradicional de ensino, pois o aluno somente memorizava, havia a dificuldade em identificar se algum discente havia aprendido, ou seja havia antagonismo na relação professor/aluno, bem como a função social do ensino e o perfil do docente.

No segundo momento serão apresentadas as relações entre os pais e seu papel enquanto responsáveis pela educação e segurança, percebe-se que os mesmos tem transferido à escola suas obrigações, dentre as quais, o papel de promover a educação no âmbito familiar do aluno. O não comparecimento dos genitores às reuniões pedagógicas, para e entrega dos boletins moveram-se algumas das questões que nos motivou para a realização deste artigo.

A escola e a família, sofrem mudanças e a escola acaba por envolver-se na organização familiar pois os pais/responsáveis precisam trabalhar para ajudar no sustento da casa, e algumas famílias acabam por repassar para a escola/professor tarefas edificantes que deveriam ser suas.

A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade" em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face a autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade. (Paulo freire,2000, pag.29)

Os pais precisam ter absoluto controle sobre seus filhos e estão tomando consciência disso. Todavia sentem-se conformados e não correspondidos ao colocar limites e regras, Desta forma, observa-se que, todas as mudanças que ocorrem na família ao longo da história em incumbência de diversos princípios, dos quais a independência feminina, é levando em conta que os papéis da escola foram estendidos para dar conta da procura da família e da sociedade. Negar este fato é agir proceder distante da realidade, pois as mudanças na parentela além de abalar a sociedade como um todo, afeta também a disciplina dos filhos cogitando obviamente sobre as atividades preparadas pela escola.

A escola pode compondo, ou auxiliando com eles na construção de uma relação família/escola focalizada para o sobrepujamento dessas dificuldades. Ela pode ajudar a fazer com que os pais sejam capazes de acreditar num futuro para seus filhos, com atitudes de carinho, respeito, compreensão, mas com autoridade, sem ser autoritário. Entretanto almeja-se que pais e docentes vivam com lucidez a difícil convivência entre autoridade e liberdade, constatando que ambas empenham-se na prática educativa.  

Meditando, para este trabalho uma estrutura de pesquisa e influencia voltada ao revigoramento das relações interpessoais entre a escola e a família, desejando uma parceria que crie um ambiente favorável ao desenvolvimento e aprendizagem dos educandos nesses dois ambientes sociabilizados e educacionais. Ao citar as modificações realizadas na ordem doméstica (no seio familiar), ROMANELLI disserta:

Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades [...] (ROMANELLI,2007, p.50

Essa ligação deve ter como sinal de partida a segunda casa, ou seja, a própria escola, visto que alguns dos pais têm pouco tempo, devido a necessidade de labutar em tempo integral, por este motivo não almejaram a sua formação escolar, daí a dificuldade em participar da vida escolar dos filhos. Desta forma o papel que a escola possui na idealização dessa parceria é indispensável devendo ponderar da família, levando-as a vivenciar situações que lhes proporcionem se sentirem participantes ativos nessa nova parceria. Podemos ressaltar que escola e família precisam estar juntas e unidas e procurar entender e compreender o que é Família, o que na verdade é Escola.

Identifica-se que desta forma que essa interação entre família e escola é fundamental, para que ambas conheçam suas realidades e suas delimitações, e busquem caminhos que admitam e facilitem a organização entre si, para o sucesso educacional do filho e proporcionado assim a do aluno. Há a necessidade em prosseguir com algumas questões referentes à escola e à família bem como: a resistência aos relacionamentos familiares e escola, uma vez que e suma importância no processo educacional dos adolescentes.

A medida de base para suporte teórico para sustentar a pesquisa sobre a importância da relação família e escola para o desempenho escolar dos alunos, fez-se necessário abordar sobre alguns aspectos diretamente ligados a essas questões. Inicialmente, recorreu-se à lei. De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal.

[...] a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA DO BRASIL, 1998, Pág., 123)

O conhecimento acadêmico tem mostrado que a participação dos pais é fundamental para a boa performance tanto na escola como na vida social dos adolescentes. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), no seu artigo 4º disserta:

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à liberdade e a convivência familiar e comunitária. (ECA BRASIL, 1990, pag.20)

MARCHESI (2004) nos diz que a educação(conhecimento) não é um trabalho que o colegiado possa realizar sozinho sem a assistência de outras entidades e, a nosso     ver, a família é a mais próxima. Sendo, assim, levamos a legitimidade que o seio Familiar e juntamente com a Escola podem atingir semelhantes metas, buscando ambas as mesmas convicções para resolver os problemas e aflições diárias, para que a escola e o aluno possam enfrentar os obstáculos sem que os mesmos desanimem no percalço da vida familiar e da escola.

 

A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos. (REIS, 2007, p. 6)

 

Dessa maneira, para que se possa atingir uma relação de confiança entre a família e a escola devem estar juntas em quaisquer trabalho educativo, ou até mesmo nas festividades escolares que tenha como interesse: aluno.

A escola pode também encarregar-se na ação educativa junto aos genitores, argumentando, orientando, aconselhando sobre as mais variadas temáticas, onde a correlação família e escola alcancem o melhor patamar na vida estudantil do aluno, fazendo-o viver plenamente na sociedade

Observamos a importância do comprometimento familiar neste processo, é de suma importância o envolvimento da família no progresso da educação, do aprendizado no ensino médio, se torna ainda mais necessário, devido, a sequência de transição pelo qual o adolescente passa ao sair do ensino fundamental, podendo trazer tribulações no novo preenchimento na vida escolar. Todavia e mais do que um simples processo de ação humana, onde ensina e aprender sejam meramente processos comportamentais, são mais além que isso, pois são constituídos por sequencias complexas e de difíceis percepções, devido aos componentes em interação. Portanto torna-se imprescindível a presença da escola bem como a participação da família, onde cada instituição ocupara seu lugar, buscando o bem estar, e o aprendizado do adolescente. 

2- O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E A FAMILIA

2.1 ESCOLA E O ENSINO-APRENDIZAGEM

O ser humano durante toda sua existência sofre influência pelo meio em que vive e socializa, sendo, assim, alguns fatores sociais, econômicos e culturais contribuem para o seu desenvolvimento. Portanto conclui-se que, como o progresso, o conhecimento acontece sob a interferência de muitos motivos, entre eles, ambientais, familiares, psicológicos, sociais, culturais, etc.

O que precisamos de fato encarar é que ou a escola passa a ser um espaço vivo de produção de saberes, de valorização da curiosidade, da pesquisa, da arte e da cultura, da criatividade, da reflexão – um espaço de convivência ética e democrática no qual se exercita a cidadania, um espaço vinculado à comunidade a que pertence, bem como à cidade, ao país, ao mundo – ou se tornará obsoleta e estará fadada ao desaparecimento. (MOSÉ, 2013, p. 56)

Observa-se que segundo Mosé, é preciso aprender a pensar e para isso e preciso buscar conhecimento, há a necessidade da pesquisa, do gostar de estudar, todavia e preciso estimular os adolescente para a capacidade de reflexão, em saber argumentar e criticar, e oferecer enes possibilidades e caminhos para que despertem seus interesses pelo saber , cabe ao professor saber aproveitar o gosto dos jovens pela internet, aja visto que estão sempre conectados e usar esta ferramenta para a construção do saber em sala, lidar com a tecnologia e sem dúvida um dos maiores desafios em sala de aula, uma vez que só a utilizam para redes sociais, descartando a pesquisa.

Piaget e Vygotsky são estudiosos do desenvolvimento e do processo ensino-aprendizagem em seus estudos encontramos o que nos apontam como os indivíduos pensam e se comportam nas diferentes fases da vida, ambos compartilham pontos de vistas semelháveis. Tanto Vygotsky e Piaget, defendem o conceito de que o adolescente não é um adulto em abreviações.

Assim sendo, a escola e família, ao qual o aprendiz está incluído pode vir a fomentar um péssimo comportamento escolar quer por falta de motivações, encorajamento ou circunstancias de educação.

Portanto, a convivência escolar e familiar, no qual o educando foi introduzido poderá a vir a ocasionar um péssimo desempenho na fase do ensino médio seja por má influências, ou até mesmo por ausências de estímulos familiares, ou condições no ensino. Todavia quando fala-se no desempenho escolar, devemos não esquecer da família, não devemos esquecer que a adolescente conduz consigo um conjunto de conhecimentos, bem diferenciados do meio escolar, e vice versa. Todavia e mais do que um simples processo de ação humana, onde ensina e aprender. Conclui-se que a aprendizagem como um processo eficiente e participativo do adolescente com o mundo e que a cerca, garantindo-lhe a aproximação de conhecimentos garantindo as resoluções e interesses e dos estímulos que recebe de seu meio social, da escola.

3. FAMÍLIA E O ADOLESCENTE

Ao percorremos a nossa história brasileira veremos que as famílias se organizaram por meios econômicos e culturais, e hoje se pode dizer que também se baseia em meios políticos, porém as condições são outras, em vista destas novas conjunturas nota-se o valor da importância da família no desempenho do adolescente na vida escolar.

Onde pode-se perceber, que um lar insatisfatório, mal construído economicamente e socialmente, favorece ao péssimo rendimento escolar dos jovens, se a convivência em família não vai bem, torna-se impossível levar adiante a vida estudantil, em que as habilidades e competências tanto na socialização será altamente prejudicada. Temos notório nas conversas em reuniões de pais e mestres, durante nossa observação.  

“Por falta de um contato mais próximo e afetuoso, surgem as condutas caóticas e desordenadas, que se reflete em casa e quase sempre, também na escola em termos de indisciplina e de baixo rendimento escolar”. (MALDONADO, 1997, p. 11).

Nota-se, por conseguinte que a parentela tem um papel resolutivo na educação convencional e coloquial, além de retratar os problemas da sociedade éticos e sociais e enraíza os laços de amor. Dessa forma, é imprescindível à atuação da família na vida escolar dos filhos, pois os jovens percebem quando seus pais participam, e acompanham de perto suas atividades escolares, o rendimento e muito satisfatório, pois quando seus genitores supervisionam suas tarefas, e comparece assiduamente nas escolas, representam um excelente rendimento escolar, por isso e vantajoso que a família esteja envolvida neste processo harmonioso que escola e as atividades que a envolva. Desta maneira, torna-se fundamental que a família seja e esteja em harmonia com a instituição de ensino, um momento que a relação agradável só pode enriquecer e facilitar o desempenho educacional dos jovens. Propiciando desta forma um momento de interação família/adolescente, onde todos ganham, porém o saber e o aprender enriquece, deixando a socialização mais prazerosa.

 

CONSIDERAÇÃO FINAL    

Tanto a família como a escola quanto são representativos que preservam a boa performance escolar, entretanto, quanto maior e melhor for este vínculo entre estas duas instituições mais prazeroso será o funcionamento. Entretanto, sugere-se que a participação da família na educação dos filhos precisa ser constante e consciente, pois vida familiar e vida escolar se refletem, haja visto que uma não caminha sem a outra. Com base em conversas com pais e professores acreditamos que o desempenho escolar das crianças melhorará a partir do bom relacionamento entre família e escola. Todavia, lembramos que não há nenhuma uma fórmula mágica ou cartilha para se firmar a relação entre família e escola, cada família e escola vivem uma realidade diferente. Mas se faz necessário que ambas se conheçam, e distinguem suas realidades e juntas concebam uma relação de diálogo mútuo, procurando meios e soluções para que se ocorra essa parceria, apesar das inúmeras dificuldades e diversidades no que tange aos impedimentos que as envolvem. A comunicação promove uma plena proximidade e pode ser não só o começo de uma grande modificação no relacionamento entre a Família e a Escola, e como também uma baixa nas desistência escolar entre adolescentes e jovens.

BIBLIOGAFIA

 

.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90. Brasília. MEC 2004

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96. Brasília. MEC, 1996

ESTEVES, Jose M. A terceira revolução educacional: a educação na sociedade do conhecimento. São Paulo:Moderna,2004.

FAMÍLIA/ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DESSA RELAÇÃO NO DESEMPENHO ESCOLAR, SOUZA, Maria Ester do Prado Pedagoga do Colégio Estadual Rio Branco – Santo Antônio da Platina PR, 2009.

MARCHESI, ÁLVARO; Gil H. Carlos. Fracasso Escolar - uma perspectiva multicultural. Porto Alegre: ARTMED, 2004. 25

MALDONADO, Maria T. Comunicação entre pais e filhos: a linguagem do sentir. São Paulo: Saraiva 1997

PIAGET, Jean. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007.

PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1984

REIS, Risolene Pereira. In. Mundo Jovem, nº. 373. Fev. 2007, p.6.

ROMANELLI, G. Autoridade e poder na família. IN: Carvalho, M. C.B.A. Família contemporânea em debate. São Paulo: EDUC/Cortez, 2005.

VYGOTSKY, L. S. A Formação social da Mente. São Paulo: Martins Fontes,

 

KUBO. Olga Mitsue; BOTOMÉ, Sílvio Paulo. Ensino – aprendizagem: uma interação entre dois processor comportamentais. Interação em Psicologia, Curitica, V. 5, dez 2001. ISSN 1981-8076. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view. > acesso em 31 de agosto de 2019.

file:///C:/Users/Ilza/Downloads/34153-Texto%20do%20artigo-143475-1-10-20150225.pdf

Acessado 31 de agosto de 2019 as 16:22h