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Publicado em 06//07/2016

Diante do corre-corre do trabalho e da sobrevivência, as famílias estão sem tempo de cuidar do “ser”, apenas lutam para o “ter”. Como resultado disto, as regras de convívio tende a serem muito permissivas e momentâneas cada um faz do seu jeito, tentando atender sempre os gostos de todos. Os filhos por sua vez, ficam perdidos, sem direção na forma de entender causa e efeito, e terminam aprendendo que para realizar suas necessidades devem chamar atenção e pontuar fortemente suas vontades diante de todos.

Feito o cenário básico, os filhos dessas famílias, vão à escola e sentem muito diferente a forma como são conduzidas as regras, e sentem-se muito tolhidos ou presos, com isso percebem que a situação é totalmente oposta a da casa. O que fazer? Em muito dos casos não querem ir à escola e bloqueiam o aprendizado e passam a achar tudo muito chato e sem graça.

É neste ambiente que a orientação de um profissional em psicopedagogia ajudará muito na organização e prioridades da família, que deverá contribuir na melhoria desse bloqueio. O tempo deverá ser organizado, tempo para cada coisa: brincar, conversar, passear, almoçar e estudar, além disso, deixar claro os limites da criança ou pré-adolescente. No inicio tudo será considerado para a família uma missão impossível, devido o hábito já está instalado, porém deve-se conscientizar a família que isso está prejudicando o rendimento do filho, deverão continuar assim? Passado este etapa gradativamente o interesse, e o aprendizado voltarão à normalidade, e o prazer e a alegria de ir a escola seguirá o caminho comum de todos.

A escola por sua fez deve ser avisada pelo psicopedagogo, que aos poucos se voltará o aprendizado, porém deve-se entender a equação:

 Sucesso na aprendizagem = pais + escola + psicopedagogo.

Sendo assim, as aulas, os intervalos e as vivencias na escola serão mais alegres, e o aprendizado mais adequado para o alunado.

Só assim teremos adultos mais adaptados, a uma vida social, mais organizada, respeitosa e justa, e consequentemente, com uma boa formação de cidadania, coisa que atualmente é tão difícil de ver. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 BOSSA, N. A. Dificuldades de aprendizagem - o que são? como tratá-las? Porto Alegre-RS: Artmed, 2000. 119 p.

FILHO, L. S. Carão com carinho. Recife-PE: Bagaço, 1995. 94 p.

SCOZ, B. Psicopedagogia e a realidade escolar. 10a. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1994. 176 p.

TIBA, I. Disciplina, limite na medida certa. 59a. ed. São Paulo-SP: Gente, 1996. 240 p.