O ser humano, de grosso modo, tem uma composição físico/biológica semelhante a maioria dos animais. Coração, pulmão, olhos, ossos, boca, músculos...

A capacidade de armazenar conhecimentos e transformar os mesmos em "legado", que pela linguagem podem ser transmitidos... colocou e coloca o humano num patamar distinto dos demais animais.

No núcleo familiar e ou instituições pedagógico/sociais, a linguagem é fundamental na articulação  de ações que visam superar dificuldades, problemas... e ao mesmo tempo comemorar superações, êxitos... tanto na ordem pessoal como estrutural/social.

Posto isto, fica evidenciado que ter o domínio sobre  a linguagem e a tecnologia que está a serviço do uso da linguagem (especialmente os modernos meios de comunicação), gera um poder muito grande, especialmente quando  “eles” adquirem um patamar monopolista.

Aqui é imensurável indicar, questionar e ou refletir a ação das instituições escolares, no que se refere ao estudo das linguagens, muitas vezes apegadas a importante aprendizagem gramatical (verbos, substantivos, adjetivos...). O conhecimento satisfatório do uso das linguagens deve também ser político, produzindo conflitos dinâmicos que proporcionem cidadania plena, com autonomia diversa, em busca do necessário consenso para a sobrevivência e a manutenção da vida no planeta

Ainda me parece vital lembrar que nossa fala, nossas teses... facilmente se projetam sobre algo ou alguém. É mais difícil fazer este exercício sobre "mim", que uso da habilidade de falar. Este equivoco facilmente nos tornamos moralistas, anacrônicos...

Fazer com que não só a Escola, mas todas as instituições e pessoas reflitam este tema é um dos desafios prementes de nossa "moderna" sociedade. Sugiro inclusive que o dito de Paulo Freire, possa ser o foco e o pano de fundo deste dinâmico processo. "É fundamental diminuir o distancia entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua pratica".

Educação! Avance no casamento do que se diz com o que se faz.