Experiências, criação e vivência de dinâmicas de enfrentamento em grupo assistido multifamiliar

Dra Lisa MinariHargreaves

 

                                                      RESUMO

Este artigo contempla possibilidades de enfrentamento nas novas formações familiares focando os novos modelos da atualidade e suas possibilidades de reconfiguração. Neste contexto a formação clássica da família ideal é reatualizada no contexto real onde a emancipação da mulher tem papel importante nas mudanças estruturais, educativas, culturais e econômicas na sociedade contemporânea. O artigo traz também a experiência de encontros com grupo multifamiliar como vivência de enfrentamento terapêutico.

Palavras – chave: Experiência terapêutica, grupo, multifamiliar

 

Para Costa (2013) existem também outros modelos familiares quais: a nuclear simples (pai e mãe, filhos), a monoparental (mãe e filhos) a monoparental masculina (pai e filhos), a monoparental feminina ou masculina extensa (mãe ou pai, filhos e filhos adquiridos), a nuclear extensa (pai, mãe, filhos e filhos adquiridos), a família convivente, família nuclear reconstituída ((pai ou mãe em novas uniões), a família de genitores ausentes (avós, tios, filhos de casal-parente ausente), a família nuclear com crianças agregadas (mãe, pai, filhos adotivos e filhos biológicos), a família colateral (Irmãos), a família homoparental (casal do mesmo sexo, filhos biológicos ou adotados). Com os novos modelos familiares apresentados se apresentam desafios quais: conviver com as diferenças sem referenciais de certo ou errado e respeitar as diferenças sem preconceitos, e exclusão.

Hoje, qualquer formação familiar precisa observar e cumprir os deveres e saber dos direitos de cada família tendo como norte teórico o ECA (Estatuto da criança e do adolescente) que considera a família como espaço de defesa, direitos liberdade, dignidade e amparo da criança e do adolescente. Segundo o ECA a família deve ser amparada pelo poder público para que possa exercer plenamente sua função. Por isso a importância da criação de programas sociais que visam a proteção e a desenvolvimento familiar em diversas instâncias, ajudando na superação do preconceito individual e coletivo na sociedade atual.

Nesse contexto torna-se fundamental trabalhar as diferenças especialmente nos grupos multidisciplinares voltados para o enfrentamento familiar, tendo como objetivo a superação da exclusão e a troca de experiências.

São apresentadas, assim algumas dinâmicas que podem ser trabalhadas com o grupo quais o Retrato Falado (desenho da própria família posteriormente compartilhado), o Álbum de Família (apresentação coletiva de fotos familiares), a Arvore Genealógica (desenho de três gerações familiares posteriormente compartilhado) sempre trazendo no final da dinâmica reflexões e pontos em comuns a respeito da história familiar de cada família.

Além das dinâmicas torna-se também importante adotar estratégias para a intervenção junto às famílias atendidas quais, a Entrevista que visa a interação e a conhecimento e ao resgate da história da família onde a atitude do entrevistador precisa ser ética e precisa, a dramatização que visa a problematização o esclarecimento e a reflexão sobre o tema abordado, o Grupo de reflexão que após o levantamento temático propõe uma discussão e uma reflexão final interativa. É importante ressaltar que no cumprimento das estratégias voltadas para o enfrentamento das problemáticas familiares é fundamental o registro das experiências como ato político de visibilidade que legitima a família e sua história perante a sociedade.

Neste sentido a família tem funções universais de transmissão de valores, de mediação social, de postura ética, de proteção, de divisão de papeis, educativa, afetiva de orientação e cuidado parental. Por isso as famílias em situação de risco precisam ser amparadas por meio de ações primárias (prevenção) – rodas de conversas, transmissão de habilidades, exibição de filmes, conferencias, palestras -, ações secundárias (restauração) - atendimento especializado psicoterápico dos pais e da criança, capacitações - e Ações terciárias (reabilitação) - aproximação com a família substituta, atendimento psicoterápico.

Tendo em vista as possíveis dificuldades apresentadas no processo de enfrentamento e manutenção do equilíbrio e da qualidade e vida inerentes às problemáticas familiares foi pensada como vivência terapêutica, a criação de um espaço de escuta e conversa lúdico que propiciasse às famílias estar juntas na troca de experiências na solução de problemas a respeito da educação de seus filhos.

Como linha de condução teórica, foi escolhida o referencial sistêmico com intervenções ecléticas e pragmáticas. Segundo Santos (1996) a atualidade está em fase de transição paradigmática com novas interações interpretativas que da simplicidade passa para a complexidade à luz da legitimação da educação e da cidadania como conceitos indissociáveis.

Nesse contexto os encontros multifamiliares se situam tanto na dimensão educativa quanto na dimensão terapêutica e social focando o planejamento do grupo e suas necessidades.São elaboradas, assim diferentes etapas de desenvolvimento de trabalho quais: aquecimento, discussão e conclusão onde o aquecimento propõe a interação do grupo e a proposta do tema da discussão, a discussão tem como objetivo aprofundar o tema e a conclusão sintetiza as opiniões e as colocações sobre o tema.

É importante frisar que as propostas temáticas dizem respeito as experiências reais trazidas pelos pais e vivenciadas pelos filhos e que se tornam importantes no campo da discussão e interação do grupo  multifamiliar sendo elas:

A Droga, o Alcool, a Sexualidade, a Educação, a Violência, a Situação Financeira, o Relacionamento Familiar, a Saúde, o Lazer, e a Religião tendo sempre em vista a troca de experiência sobre o assunto e suas possibilidades de enfrentamento criativo da coletividade.

 

Relato de experiência

 

Os encontros do grupo multifamiliar contemplado foram todos desenvolvidos no âmbito de um espaço terapêuticocomunitárioaberto para atendimento à comunidade, em uma sala destinada a atendimento coletivo que dispunha de cadeiras, quadro, ar-condicionado. O grupo condutor foi composto por três terapeutas, tendo por participantes pais de adolescentes, que se dirigiram a Clínica espontaneamente, após ampla divulgação do grupo em escolas, universidades, grupos de whatsapp e redes sociais. Neste contexto, é importante destacar, que não compareceram à clínica escola nenhum participante encaminhado por órgãos oficias de governo, apenas pais que receberam o convite, por meio de outros pais, amigos e familiares, com o folder disponibilizado de forma online.

 

Os Encontros e suas temáticas

 

Encontro 1

Apresentação do grupo Pais de Adolescentes.

Tema: O ser adolescente.

Objetivo: Apresentação dos participantes do grupo e falar sobre o que é ser adolescente, visando conceituar esta fase do desenvolvimento humano.

Aquecimento: Recepção dos participantes

Discussão: Houve o comparecimento de um casal e uma observadora, além dos estagiários. Foi relatada a vivencia de uma experiência da filha adolescente que se envolveu com drogas e outros atos ilícitos. Foram relatadas algumas angústias deste casal, pela atitude, o que foi levado a reflexão se de fato aquela a profunda preocupação evitava o que eles pretendiam ou não. Como eles estariam se cuidando, diante das angústias trazidas para o grupo. A Mediadora convidou os participantes para colocar algumas características no quadro, relacionadas a adolescência dos participantes e quais seriam relacionadas a adolescência da contemporaneidade.

Conclusão: A partir de elementos simbólicos entre semelhanças e diferenças da adolescência, foi contemplada uma reflexão mais acentuada da atualidade dos eventos discutidos na tentativa de que os pais tivessem um novo olhar sobre a problemática.

 

Encontro 2

Apresentação do que seria o trabalho do Grupo de Pais de Adolescentes.

Tema: Papéis desempenhados na estrutura familiar.

Aquecimento: Relembrar alguns pontos da sessão passada e recepcionar a nova participante.

Objetivo: Identificação das funções parentais, visando a descoberta do próprio papel.

Discussão: No segundo encontro compareceu apenas uma mãe, que relatou problemas com drogas em relação ao filho caçula. Explicamos a proposta do grupo de trazer a reflexão temas propostos sobre a parentalidade.

Realizamos o acolhimento, oportunidade na qual, a participante relatou brevemente sobre o que a trouxe ao grupo. Identificou algumas funções que considerava importante para sua maternidade. Discutimos alguns aspectos sobre formas de lidar com problemas. A participante trouxe que uma de suas maiores aflições é não saber lidar com as mentiras recorrentes do filho.

Foi colocada em pauta a ideia de controle, até onde de fato alguns comportamentos dos pais tinham boas respostas e repercussões positivas no mundo familiar. Outro ponto de destaque foi sobre o conceito de responsabilidade, o que era papel de pai e mãe e onde os pais encontravam seus próprios limites nesta relação.

Discutimos ainda a importância do autocuidado e que aquele espaço era uma oportunidade para os pais dos adolescentes, compartilhar experiências e estabelecer uma troca significativa. A participante lembrou um pouco da sua adolescência e trouxe falas importantes para o grupo, como a sua necessidade na época e transgredir algumas regras e se conhecer.

Conclusão: Foi feita uma reflexão  sobre a dificuldade de estabelecer uma boa comunicação com os filhos e foi discutida a sexualidade como uma forma de rompimento de uma etapa e que para ela era importante descobrir uma forma de se comunicar melhor com seus filhos, já que além do filho em situação de vulnerabilidade com drogas, têm outros dois adolescentes em casa.

 

Encontro 3

Estabelecimento das regras do grupo pais de Adolescentes.

Tema: Tipos de Comunicação.

Aquecimento: Relembrar alguns pontos da sessão passada e recepcionar os participantes.

Objetivo: Observar os vários tipos de Comunicação possíveis no contexto parental e perceber quais são as mais utilizadas pela família.

Discussão:

Foi colocada a identificação de tipos de comunicação possíveis, quais sejam: o nível assertivo, agressivo e passivo. Indagamos se os participantes conseguiam discernir qual tipo de comunicação mais utilizam nas conversas com os adolescentes. Os pais relataram que por vezes não se expressam tão bem, pois querem de alguma forma aconselhar os filhos, segundo suas expectativas de certo e errado, bem como exercer algum nível de controle, tendo em vista a própria representação de responsabilidade nos cuidados parentais.

            Por vezes tem dificuldade de utilizar a assertividade. Compreendem que não estão conseguindo estabelecer uma boa comunicação com os filhos, já que querem banir o comportamento que julgam ser inadequados para aquela idade. O casal percebe o distanciamento da filha de uma conversa mais saudável, em contrapartida a mãe que compareceu ao grupo demonstra ter ainda uma capacidade de conversa e troca com o filho, apesar de ter receio das consequências advindas do uso de drogas.

            Percebe-se que onde de fato existe mais diálogo é justamente onde se permite uma maior liberdade de escuta. Muito se foi dito do que seria o filho ideal, da nostalgia da adolescência daqueles pais. Conversaram que em suas épocas os riscos pareciam ser menores, e que não se arriscavam tanto, muito por medo da punição e que hoje os adolescentes parecem não ter medo de nada.

            Os participantes dividiram e compartilharam as suas experiências ao tentar se comunicar com os filhos. Foi sugerido pelo grupo tentar reformular alguns daqueles diálogosmal sucedidos, utilizando uma linguagem mais assertiva e não agressiva.

Conclusão:  Aos poucos os participantes perceberam que poderia existir uma nova forma de se comunicar com os filhos, respeitando e explicando seus próprios sentimentos, frente a situações reais experimentadas, com respeito para a escuta.

            Trouxemos como uma reflexão para próxima semana um documentário. O silêncio dos homens, tendo em vista a narrativa de um dos participantes, vez que ele diz ter agredida a filha de sua companheira, por não saber mais o que dizer. O documentário corrobora o fato de que quando termina a linguagem, por vezes entra a agressão.

 

Encontro 4

Tema: Vínculos familiares

Aquecimento: Relembrar alguns pontos da sessão passada e recepcionar os participantes.

Objetivo: A partir de o tema proposto identificar o que une as pessoas? Se existe diferença entre as gerações e novas formas de se estabelecer vínculos.

Discussão:  Nesta sessão compareceram as duas mães, que já estão no grupo, logo, as mesmas colocaram para reflexão a forma como a afetividade foi inserida pelos antepassados e a forma como é abordada no presente pela família de cada uma. Uma das mães trouxe sua história como sendo carregada pela violência e controle excessivo, contrastando com a história da outra colega na qual os pais eram extremamente amorosos. Reproduzem essas criações e padrões nas próprias casas.

            Esse espaço, no qual, gerações se defrontam auxiliam para compreender um pouco mais sobre as relações de poder que são construídas e que reverberam nos adolescentes. Percebe-se a os sustentáculos destas construções, nas quais também vemos a questão do filho “ideal” ser aquele que reproduza socialmente a imagem dos pais.

Conclusão:  As mães foram convidadas a refletir sobre o que estes adolescentes valoram, para poder de alguma forma estabelecer uma melhor relação e se comunicar com eles. Uma das mães trouxe que depois de um incidente, teve que cuidar da saúde bucal do filho, percebeu que após este cuidado o filho dialogava melhor com ela. A outra mãe se recordou de como a filha dava importância para a hora da alimentação e que conseguia conversar com a filha durante estas atividades.

            As duas mães começaram a elaborar que o cuidado através de gestos por vezes alcançava muito mais êxito do que as cobranças por comportamentos. Frisamos a ideia de que o cuidado parental parece estabelecer e fortalecer os vínculos familiares e que a linguagem ultrapassa palavras.

 

 

Encontro 5

Tema: Sexualidade

Aquecimento: Relembrar alguns pontos da sessão passada e recepcionar uma nova participante

Objetivo: Por meio da escuta ativa, compartilhar experiências ligadas a sexualidade dos filhos.

Discussão: Uma nova participante entrou no grupo, sendo recepcionada pelo casal que já frequentava o local. Ao falar sobre o motivo que levou a nova participante a procurar o grupo foi colocado por ela que o filho de 15 anos,  apresenta comportamentos “afeminados” (palavra da mãe), e que por esta razão sofre inúmeros preconceitos, no ambiente escolar, familiar e social.

Tendo em vista a mobilização do grupo, para enveredar sobre o tema sexualidade e a fragilidade dos participantes ao tocarem no assunto, o tema proposto foi modificado para sexualidade (pois tínhamos planejado outro tema para esta data), tendo em vista o manejo do grupo para tal assunto. 

Conclusão: Se colocou em pauta muito das questões da pressão familiar e social na opção sexual. Discutiu-se a respeito dos preconceitos e suas repercussões que os filhos acabam sofrendo dentro e fora da escola em inúmeros contextos e na dificuldade dos próprios pais em conduzir tais situações.

 

Encontro 6

Tema: Autopercepção.

Aquecimento: Relembrar alguns pontos da sessão passada e recepcionar os participantes com música ambiente.

Objetivo: Por meio de uma atividade de autopercepção (guiada) perceber a importância da atenção plena no momento presente e no autocuidado.

Discussão: A participante relatou por alguns minutos fatos que haviam ocorrida na sua semana, oportunidade que a convidamos a participar de uma atividade de autopercepção corporal, guiada pela estagiária.

A partir de uma música relaxante, a estagiária foi solicitando que todos os participantes percebessem os órgãos, os sons, a respiração. Em um ambiente acolhedor e com palavras de tranquilidade a prática foi realizada. Ao final, quando indagamos a participante como ela estava se sentindo, realizando a prática, disse: “sinto pesada”. Então, foi dito que o processo de respirar auxilia a coerência cardíaca, mas que alguns indivíduos podiam se acalmar com outras práticas, a exemplo das caminhadas. A participante então, disse que quando realizava caminhadas se sentia de fato muito melhor e que há algumas semanas havia parado com elas. Disse ainda, que iria buscar uma forma de praticar algo que dê mais prazer a ela como pessoa, pois se sente no limite, realizando atividades em prol apenas dos outros, tendo pouco tempo para si.

Conclusão: A partir de práticas individuais de bem-estar o sujeito consegue ter mais energia e percepção de que para cuidar de alguém, ele precisa antes se cuidar. Encontrar qual a melhor forma para fazer isso, dentro do que a pessoa consegue manejar, nas próprias rotinas auxilia neste processo de autocuidado.

 

Encontro 7

Tema: Famílias

Aquecimento: Os participantes ao entrarem na sala fizeram um exercício mindfulness, para ativação da atenção plena, com respirações profundas antes do início do encontro.

Objetivo: A partir de uma dinâmica perceber as semelhanças e diferenças, bem como a diversidade de constituições familiares, presentes na sociedade.

Discussão:Inicialmente Foi perguntado no quadro o que seria família, sendo encontradas palavras como união, respeito, acolhimento, laços afetivos. Cada um trouxe a partir da sua palavra, o que era importante para si mesmo no contexto família. Em um ambiente acolhedor e com palavras de tranquilidade iniciamos a dinâmica do RETRATO FALADO, que consiste em entregar uma folha em branco, lápis, para que a pessoa retrate no papel a sua própria família. Durante a confecção do desenho uma participante pediu a palavra e contou que tirou o filho da escola, que mesmo que ele perca o ano escolar, não se sente mais segura de deixar o filho ir estudar. Acredita que assim, poderá evitar o sofrimento do adolescente referente ao bullying sofrido, já que o filho relata a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, gerando um dano físico e psicológico. Os desenhos das famílias foram circulados entre os participantes e cada um falou um pouco sobre como era sua família, de acordo com o desenho exposto.

Conclusão: A observação da diversidade e das semelhanças entre os aspectos da família possibilitou uma compreensão ampliada de que a mesma pode ser ao mesmo tempo um fator de proteção e adoecimento. A proposta também foi fortalecer o vínculo entre os participantes.

 

 

Conclusão

           

            Preliminarmente, frisamos que todos os encontros seguiram de forma significativa, por esta razão detalhamos todos eles para fins de análise, vez que não conseguimos identificar apenas um dos encontros como impactantes ou de reverberação na formação dos estagiários, sendo o progresso efetuado encontro a encontro. Passo a passo.

            Temos por pontos fracos dos encontros realizado o diminuto número de participantes, a inconstância de frequência e a sala, que é pequena, dificultando algumas dinâmicas, além da falta de recursos materiais como uma televisão para reprodução de vídeos audiovisuais nas instalações das salas de grupo.

            Como ponto forte acreditamos que a estruturação das sessões auxiliou na condução das ferramentas e manejos dos grupos de forma mais segura, tendo em vista os objetivos estarem mais claros, norteando o desenvolvimento das práticas ao longo dos encontros e solidária.

            Percebe-se que o compartilhar de histórias, vivências e situações semelhantes de vida, auxiliam os sujeitos a perceber a própria realidade de forma mais adaptada. O simples falar parece organizar melhor as demandas dos sujeitos.

Os temas trazidos também são de alta relevância, pois permitam aos sujeitos conhecer, se informar a respeitos dos mesmos com outras percepções, por vezes ampliando as próprias perspectivas iniciais.

            O convite à reflexão e o ajustamento de temas, de acordo com o que o grupo traz de especial, também torna a atividade mais próxima das expectativas daqueles que participam dos encontros. Contudo, a pouca demanda de participantes para o grupo de pais inviabiliza um trabalho mais acurado, dificultando o aprofundamento vivencial dos participantes.

            Por fim, o trabalho do grupo, apresentado à comunidade auxilia a mesma a perceber novas formas de olhar para suas realidades, por meio do compartilhamento de experiências, por vezes comuns, oportunidade na qual amplia as possibilidades de questionamentos e reflexões sobre o próprio cotidiano.

 

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