Expansão e Qualidade de Ensino em Moçambique

Irene Manuel Peule[1]

António Alberto Filipe [2]

Resumo

Como consequência da política herdada pelo colonialismo português e dos atrasos significativos no domínio educativo, sendo actualmente um dos Países da África com maior índice de subscolarização facto que contribui negativamente o processo de recuperação socioeconómico rumo ao desenvolvimento. Neste contexto, podemos afirmar que para a melhoria da qualidade de vida de qualquer Sociedade impõe se necessariamente a adopção de politicas educativas integradas e sustentáveis que em primeira instancia contribuam para a redução das desigualdades sociais e desenvolvimento humano, onde por conseguinte a educação assume um papel-chave, tendo em conta a sua dimensão, impacto e abrangência. È sabido que o prossuposto educativo de qualquer instituição de ensino è o de preparar os seus alunos para uma plena e efectiva inserção na sociedade. As constantes evoluções da realidade social e consequentes exigem demandas a Escola uma readaptação permanente e uma constante busca de sentido, na tentativa de adequação a novos públicos, novos paradigmas de formação e novos papeis. Esta busca constante prossupõe a preocupação em encontrar estratégias que garantem a melhoria da qualidade de ensino e consequentemente a melhoria das condições de sucesso escolar para todos alunos. É neste contexto, que o presente artigo procura reflectir em torno da expensão e da qualidade de ensino em Moçambique como forma de impor as Escolas e o Governo em geral, na busca de estratégias de implementação de práticas de articulação curricular conducentes a qualidade de ensino.

Palavras-chave: Ensino, expansão, qualidade.

Introdução

O presente artigo aborda a questão da expansão e qualidade de ensino em Moçambique.

Em Moçambique a política e a qualidade das instituições de ensino têm sido alvo de debate pela sociedade. Nesse contexto, o governo no seu papel de monitoria e supervisão de todo o sistema de educação é responsável por prover á sociedade uma educação com excelência, vem pressionando as Instituições de Ensino Superior (IES) a voltarem-se mais para a qualidade, o que é fundamentado pela actualização dos dispositivos legais que regulam a actividade do ensino superior. Para além de se ter estruturado a formação académica superior em 3 ciclos, aspectos como, a avaliação institucional como centro do processo avaliativo; a integração de diversos instrumentos com base numa concepção global; e o respeito à identidade e à diversidade, institucionais, são particularmente tratados. Assim, os sistemas de gestão académica deverão adequar-se ao contexto de funcionamento institucional tendo como base não só a perspectiva construtiva e formativa da IES, e o envolvimento objectivo de toda a comunidade académica, mas também a necessidade de se criar a cultura de avaliação nas IES para que se venha a estabelecer um processo de gestão académica fiável e transparente com impacto na qualidade de ensino. É neste contexto que o presente trabalho faz uma reflexão acerca da qualidade do ensino em Moçambique. [...]