A hipertensão é caracterizada com a alteração tanto na pressão sistólica quanto diastólica, desta forma, a pressão sistólica deverá estar igual ou superior a 140 mmHg e a diastólica 90 mmHg. A pressão arterial pode possuir ainda alguns fatores de risco, quais sejam: idade, fatores socioeconômicos, ingestão exagerada do sal de cozinha, ingestão de álcool, genética e sedentarismo. Sendo assim, existem várias maneiras de coibir e controlar a pressão arterial. Dentre estas, pode-se citar: a prática de exercícios física, redução no nível de consumo de sal, dieta balanceada e, por fim, a terapia medicamentosa. Destaca-se que à longo prazo os medicamentos anti-hipertensivos podem afetar negativamente a qualidade da vida dos hipertensos. Sendo assim, o presente trabalho possui a seguinte problemática: Quais os benefícios advindos da prática de musculação para pessoas com hipertensão arterial? Dentre os inúmeros benefícios proporcionados pela musculação, sabe-se que sua prática pode ocasionar em diminuição da frequência cardíaca em exercícios máximo e submáximos, da pressão arterial e o estímulo da angiogênese. A angiogênese corresponde ao aumento do fluxo sanguíneo na musculatura esquelética e cardíaca. Tem como objetivo geral averiguar quais as alterações orgânicas advindas da musculação que podem auxiliar no tratamento da hipertensão arterial. Especificamente tem-se como objetivo estudar a composição do sistema cardiovascular, bem como todos os aspectos inerentes à hipertensão arterial; contemplar os principais aspectos práticos da musculação e, por fim, traçar os principais benefícios da musculação na qualidade de vida dos hipertensos. O método de abordagem utilizado no estudo é o hipotético dedutivo, consubstanciado em pesquisas bibliográficas.

 

PALAVRAS-CHAVE: Hipertensão. Arterial. Hipertenso. Musculação

               

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho adotou a seguinte temática: o exercício físico e hipertensão arterial – um olhar sobre o impacto da musculação como forma não medicamentosa no tratamento de pessoas hipertensas de modo que para adentrar na temática, far-se-á necessário fazer uma breve caracterização da hipertensão.

A hipertensão arterial é uma enfermidade que é caracterizada quando há uma alteração tanto na pressão arterial diastólica como sistólica. A pressão arterial pode possuir ainda alguns fatores de risco como a idade e a ingestão desmedida de sal de cozinha. Sendo assim, existem várias maneiras de coibir e controlar a pressão arterial. Dentre estas, pode-se citar: a prática de exercícios física e a terapia medicamentosa. Desta forma, indaga-se: Quais os benefícios advindos da prática de musculação para pessoas com hipertensão arterial?

É reputado como hipótese que, de modo genérico, a prática de musculação com o acompanhamento de um médico e profissionais de educação física pode trazer inúmeros benefícios. Dentre estes pode-se citar à redução da pressão arterial à níveis semelhantes obtidos por meio de medicamentos, diminuição da frequência cardíaca em exercícios máximo e submáximos e o estímulo da angiogênese. Destaca-se que angiogênese corresponde ao aumento do fluxo sanguíneo na musculatura esquelética e cardíaca.

De modo geral, averiguar quais as alterações orgânicas advindas da musculação que podem auxiliar no tratamento da hipertensão arterial. Especificamente tem-se como objetivo estudar a composição do sistema cardiovascular, bem como todos os aspectos inerentes à hipertensão arterial; contemplar os principais aspectos práticos da musculação e, por fim, traçar os principais benefícios da musculação na qualidade de vida dos hipertensos.

Salienta-se que a justificativa social desta pesquisa tem por escopo vislumbrar como a prática de exercícios físicos pode melhorar de forma significativa a qualidade de vida das pessoas hipertensas. Justifica-se também na relevância em se demonstrar os principais aspectos práticos da musculação. A justificativa acadêmica do presente corresponde a demonstrar a relevância do tema aqui discutido para a comunidade acadêmica.

A pesquisa será bibliográfica e se pautará em obras acadêmicas e trabalhos científicos que sejam pertinentes ao tema. Serão estudados os aspectos práticos da musculação, bem como os principais benefícios da prática das pessoas hipertensas e consequentemente melhora na qualidade de vida.

A pesquisa foi realizada durante o segundo semestre do ano de 2020, na cidade de Itumbiara-Goiás, no Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara. O trabalho tem como método de abordagem o método dedutivo, onde, com base em teorias e leis constrói uma análise e explicação dos fenômenos particulares.

No primeiro capítulo do trabalho foram tratadas todas as questões atinentes a hipertensão arterial e ao sistema cardiovascular, qual seja caracterização da doença, fatores de risco, peculiaridades da enfermidade e formas mais comuns de tratamento. Já no segundo capítulo foram contemplados todos os aspectos práticos e conceituais da musculação.  Por fim, no último capítulo, foi discutido todos os benefícios da musculação, não só para pessoas hipertensas quanto para pessoas normotensas.


2. O SISTEMA CARDIOVASCULAR E A HIPERTENSÃO ARTERIAL

O sistema cardiovascular é composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos, e, de modo genérico, desempenha uma função importante no corpo humano, qual seja o transporte de sangue por todo o corpo. Uma das doenças inerentes ao sistema cardiovascular trata-se da hipertensão. Atualmente, grande maioria da população mundial possui uma má alimentação, inatividade física, estresse e vícios como o tabagismo. Todos esses fatores favorecem a hipertensão arterial. A hipertensão arterial acomete milhares de pessoas, nas diferentes faixas etárias. É uma enfermidade que se não tratada a tempo pode dar origem a doenças de maior gravidade e resultar até mesmo em óbito. Desta forma, abordará a caracterização da doença, epidemiologia, fisiopatologia e os fatores de riscos da doença e, sobretudo, os principais tratamentos existentes.


2.1 Sistema Cardiovascular 


O sistema cardiovascular corresponde a um dos sistemas mais importantes do corpo humano, tendo em vista que o principal órgão que compõe o sistema é o coração. Neste sentido, os autores, Dutra, Nicola, et al anotaram:


O sistema cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos, artérias, veias, capilares e pelo coração. É responsável pela circulação do sangue, isso é, transporta os nutrientes e oxigênio por todo o corpo, além de remover gás carbônico e metabólitos. As estruturas do corpo humano estão separadas em níveis: químico tecidual, celular, órgão, sistema e organismo. (DUTRA; NICOLA; et al, 2019, p.3)


Destaca-se que o sistema cardiovascular é composto pelo coração, artérias, veias e os vasos capilares. Destaca-se o órgão responsável por impulsionar o sangue é o coração e os demais componentes levam o sangue do coração às artérias de diferentes tamanhos. A principal função do sistema cardiovascular é o transporte de nutrientes e oxigênio as demais partes do corpo humano, bem como, promover a retirada do gás carbônico e metabólitos.

Em um raciocínio semelhante os autores Barros e Neto anotaram:


O sistema circulatório é uma grande rede de tubos (os vasos) em que uma bomba (o coração) faz com que o fluído do sistema (o sangue) circule por todo o corpo. Entretanto, o sistema não se limita apenas à função de transporte. Ele também tem a função de redistribuir e dispersar o calor pelo corpo, algo que não é difícil de compreender se você lembrar um pouco da física. (BARROS; NETO, 2018, p.15)


2.2 Caracterização da doença


A hipertensão arterial é vulgarmente conhecida como pressão alta. Conforme já mencionado acima, a hipertensão arterial pode acometer pessoas em todas as faixas etárias. Nestes termos, a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão arterial contemplou:


Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito (DM). (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2014, p.21)


Neste mesmo sentido, Guilherme Tadeu de Barcelos alegou que a hipertensão pode surgir em decorrência de alterações metabólicas e hormonais. A hipertensão arterial pode atingir, principalmente, a estrutura muscular correspondente ao coração e dos vasos sanguíneos. (BARCELOS, 2017, sp)

Seguindo a mesma linha de raciocínio, a autora Karoline Vieira apud Sociedade Brasileira de Hipertensão, estudou: “Geralmente está associada a distúrbios metabólicos e modificações na funcionalidade e/ou estrutura de órgãos-alvo, principalmente quando é acompanhada de outros fatores de risco”.  (VIEIRA, 2019, sp. apud SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2014, sp.)

Entende-se que a hipertensão é uma enfermidade que pode surgir em decorrência de uma série de fatores, sejam eles genéticos ou por hábitos adquiridos ao longo da vida como a má alimentação. A hipertensão causa consequências e, afeta, sobretudo as paredes arteriais e a estrutura muscular do coração.

Para que a hipertensão arterial seja configurada, é essencial que seja possível aferir uma alteração tanto na pressão arterial sistólica como diastólica. Com relação à caracterização da hipertensão arterial e as alterações na pressão sistólica e diastólica, tem-se: “A hipertensão arterial é considerada uma condição clínica, multifatorial e caracterizada pelo aumento crônico e sustentado dos níveis de pressão arterialsistólica (PAS ≥ 140 mmHg) e/ou diastólica (PAD ≥ 90 mmHg)” .(VIEIRA, 2019, sp. apud SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2014, sp.)

Denota-se que para a caracterização da pressão arterial é essencial que haja uma mudança significativa na pressão arterial sistólica e na diastólica, ao passo que, no caso de hipertensão arterial a pressão sistólica é maior ou igual a 140 mmHg e diastólica maior ou igual a 90 mmHg.

A hipertensão arterial pode dar causa a enfermidades de maior gravidade ou até mesmo o óbito.   Dentre essas enfermidades de maior gravidade, temos respectivamente: o acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e a doença real crônica. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2014, sp.)

Com uma premissa semelhante, Guilherme de Tadeu Barcelos apud Kohlmann, et al,  versou:


O aumento dos casos de hipertensão no mundo surge como um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças e óbito. É o fator principal para o desencadear de doenças como a cardíaca coronariana e isquêmica, acidente vascular cerebral, insuficiência renal, doença vascular periférica e até mesmo comprometimento da visão. (BARCELOS, 2017, sp)


A hipertensão e suas complicações influenciam diretamente os índices de mortalidade mundial. Sob essa premissa, Karoline Vieira (VIEIRA, 2019, sp.) afirmou que a doença influi diretamente ou indiretamente em aproximadamente 50% (cinquenta por cento) das mortes por doença cardiovascular.

Além das doenças de maior gravidade elencadas acima, a hipertensão pode influenciar negativamente nos principais órgãos e nas funções vitais do corpo humano. Pode afetar diretamente o coração, o cérebro (encéfalo), rins e vasos sanguíneos. Além do funcionamento a hipertensão pode também afetar nas estruturas dosprincipais órgãos do corpo humano. (BARCELOS, 2017, sp)

Por fim, denota-se que a hipertensão pode se originar por uma série de fatores internos e externos ao corpo humano, como a alimentação inadequada. A hipertensão será configurada a partir da alteração na pressão sistólica e diastólica, ao passo que, se não for remediada e tratada a tempo, pode ocasionar em diversas complicações, não só no coração, mas também nos principais órgãos do corpo humano e levar até mesmo ao óbito. [...]