EVOLUÇÃO DOS APARELHOS DE VIDEOGAME
Por NEY JOSÉ SAMENSATTO RAMOS | 21/04/2014 | AdmFACULDADE NOSSA CIDADE
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
PROFESSOR ORIENTADOR: Lawton Benatti
NEY JOSÉ SAMENSATTO RAMOS
A AVOLUÇÃO DOS APARELHOS DE VIDEOGAMES
Neste artigo demonstraremos de forma resumida, a evolução dos videogames ao longo das décadas.
Contudo, antes de falarmos especificamente sobre a evolução desse equipamento, vamos primeiramente efetuar um breve relato sobre a sua história.
Ao que tudo indica, o criador do primeiro videogame foi o físico William Higinbotham, que também fazia parte do grupo responsável pela produção da primeira bomba atômica.
A criação do videogame teria ocorrido em 1958. Ocorre que, o físico não tinha a ideia da importância de sua criação. Com isso, não se preocupou em patentear a invenção e desta forma, não foi considerado oficialmente o inventor do equipamento.
Durante a Guerra Fria, ele elaborou um equipamento para atrair o número de visitantes do Brookhaven National Laboratories (laboratório militar localizado na cidade de Nova Yorque).
O governo desejava atrair visitantes, pois queria demonstrar ao povo americano exibir seu potencial nuclear. Assim, ele produziu um jogo de tênis, com apenas dois traços primitivos e uma bola, o qual foi batizado de “Tennis Programming ou Tennis for Two” e foi projetado para ser processado em um computador analógico.
Desde então, o videogame evolui para simulação de jogos convencionais, tais como, dama, xadrez.
Em 1966, o engenheiro eletrônico Ralph Baer criou durante a segunda guerra mundial um equipamento que era capaz de processar um jogo por meio de veiculação da televisão. O primeiro jogo foi o “‘chasing game”, um jogo de ping pong onde duas figuras no formato quadrado podiam ser manuseadas pelo competidor, e assim deslocadas ao longo da tela.
Ralph patenteou o jogo e o equipamento, por isso, ele é oficialmente considerado o inventor do videogame.
A partir daí, com o surgimento de novas tecnologias, o videogame foi se evoluindo, até chegar às máquinas que conhecemos nos dias de hoje.
O primeiro console de videogame da história, foi o Odissey, projetado pela empresa Magnavox, no ano de 1972 nos Estados Unidos.
No Brasil, esse aparelho foi fabricado pelas empresas Philco e Ford sendo adotado o nome de “Telejogo”, que basicamente se consistia em traços rebatiam um quadrado.
A partir daí, a evolução do videogame deu um salto, com a criação do fenômeno “ATARI 2600”.
Segundo Myerse Marquis (1969 apud TROTT, 2012, p. 3), a inovação é a união da concepção de uma nova ideia, a invenção de um novo dispositivo e o desenvolvimento de um novo mercado, de forma integrada.
O Atari 2600 durante muito tempo e por mais de uma década se tornou a marca registrada da cultura dos jogos. .
Posteriormente, com o enfraquecimento nas vendas do Atari e a falta de títulos de jogos que impressionassem, à partir de 1982 entra em decadência a era Atari e se encerra a primeira era de ouro dos jogos.
Em resumo, os jogadores estavam cansados da simplicidade dos jogos e queriam algo mais interativo e que oferecesse mais diversão. O fim da era Atari age como marco de certa forma, com o fim da primeira parte da cultura dos jogos, onde tínhamos poucos apreciadores.
Com a popularização passa-se a abranger mais pessoas de diferentes faixas etárias.
Para Turkle "Os jovens estão a edificar a cultura da sua geração agora os vídeo games, os computadores encontram-se entre os materiais de que se servem. Crescer com tecnologia é um tipo de experiência muito especial (1987 p.80 apud Lynn 2004 p.45)”.
Paralelamente ao fim da era ATARI, surge uma nova potência: A NINTENDO. Seu primeiro sucesso de vendas foi o console “FAMICON”, com 8 bits e que adotou o nome de NES (Nintendo Entertainment System). Para estes consoles, surgiram os fenômenos Mario e Donkey Kong.
Enquanto a NINTENDO crescia e se consolidava, outra empresa japonesa também se desenvolvia. A SEGA criou o console “Master System”, também com 8 bits. Ocorre que a empresa encontraria dificuldades de ultrapassar a Nintendo. Com isso, inovou e criou o primeiro videogame de 16 bits: O Megadrive.
A NINTENDO, por sua vez, também entrou na disputa dos videogames de 16 bits e lançou um dos maiores sucessos da história do videogame: “SUPERNINTENDO”.
A inovação dos videogames se estabilizava entre essas duas empresas.
Ocorre que uma forte concorrente entrou no mercado, com todo o aparato tecnológico disponível, além de infinidade de recursos, iniciando mais uma nova era dos videogames. A SONY, com seu console de 32 bits.
Nesta mesma ocasião, a SEGA lançou, sem muito sucesso o SATURN. Enquanto isso, a NINTENDO surpreendia a todos com o lançamento do N64, com gráficos de 64 bits.
A SONY então lançou no mercado o Playstation, que, por possuir grande número de jogos, se tornou a líder do mercado, com vendas superiores a 100 milhões de exemplares.
A mais recente geração de consoles se resume a três lançamentos das mesmas fabricantes da geração passada: Playstation 3, da Sony, Wii, da Nintendo, e Xbox 360, da Microsoft. De fato, o mercado dos games só cresce a cada dia. Uma prova disto é fato de que, de 1999 a 2004, o mesmo faturou 21 bilhões de dólares, mais que duas vezes o faturamento de todos os filmes de Hollywood no mesmo período.
Os videogames estão em constante inovação e de forma acelerada.
Mais uma vez, a concorrência entre as empresas fez com que surgissem novas tecnologias, novos aparelhos.
Os consumidores estão cada vez mais exigentes, sobretudo, no que diz respeito a realidade dos jogos. Quanto mais real ele for, melhor ele é.
Hoje em dia temos a possibilidade de ver personagens de jogos, incrivelmente parecidos com os da vida real.
A inovação dos jogos de videogames passa por todos os níveis da inovação:
- Incremental, porque adicionou itens, detalhes de gráficos nos jogos;
- Radical, à partir do surgimento dos videogames de 8 bits e
- Fundamental, pois a guerra entre as empresas e a exigência do mercado consumidor fizeram com que surgissem consoles mais avançados para atender esta demanda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
AÇÃO GAMES, edição nº129. São Paulo: Abril Jovem Editora, 2013.
TROTT, Paul, Gestão da Inovação e Desenvolvimento de Novos Produtos. – 4. Ed.- São Paulo: Bookman, 2012.·.