RESENHA: Evolução da historia brasileira Por: Prof. Francisco Carlos Problematização do conceito de evolução da sociedade brasileira Para minimamente tentarmos discutir o conceito da evolução da sociedade brasileira, necessitaríamos de uma analise dos comentadores, para podermos mensurar os pontos de aproximação e distanciamento das discussões dos autores e sabemos que este trabalho invariavelmente irá mostrar sobre enfoques diferentes que a sistematização, bem como a compilação das informações de pesquisa, terá pontos de vista diferentes, dada a materialidade e fontes e até mesmo a forma de proceder esta coleta de informações. Agora, sobre a ótica da pesquisa pura e simples, se faz necessário alguns encaminhamentos, como forma de definir a linha de trabalho e analise a ser adotada. Neste contexto a conceituação do termo “sociedade” tem papel fundamental, pois dentro de um pensamento cosmopolitano ou descentralizado, iremos nos deparar com uma realidade ambígua. Se for direcionada para o segmento histórico doméstico, teremos uma visão regionalizada, mas sabemos que a conceituação muitas vezes parte da analogia para entabular sua discussão, então sobre este prisma teremos outra realidade, pois estaremos envolvendo culturas e costumes diferentes. Entrando diretamente no conteúdo, o que iremos encontrar é um modelo de sociedade colonial, que não tem vinculo intrínseco com a nomeação, até pelo contrario é uma analogia do contexto histórico do descobrimento até a independência, segundo Novais. E percebe-se que não há um aprofundamento desta discussão neste sentido, mas simplesmente uma contextualização cronológica, ou seja, situar a discussão no tempo e espaço. Dentro desta sistematização a historia ira nos direcionar ou traçar uma relação direta da colonização, com o escravismo, ou seja, deixou claro que o maior e mais importante evento deste período foi à escravidão. Em linhas gerais nossa sociedade se formou com base na escravidão, segundo nos diz Novais, agora até que ponto este direcionamento histórico esta correto e qual a analise sociocultural e socioeconômica que devemos fazer deste evento? Segundo Novais, esta problemática pode ser contextualizada da seguinte forma: Trabalho compulsório Extensão da forma limite (escravismo) Preferência pelos escravos africanos Nesta linha de raciocínio a melhor explicação para este fenômeno esta no livro de Eric Willians: Capitalismo & Slavery, 1944. “Procurou a explicação do escravismo colonial como produto da formação do capitalismo.” Mesmo com criticas pela base de informações serem as “Antilhas Holandesas”, se utilizarmos este princípio e trabalharmos por analogia e associação de ode produzir um estado de direito dentro da sociedade colonial, que irá impeli-la sim, ao escravismo como forma de dar suporte socioeconômico a uma sociedade digamos emergente buscando consolidar-se como aristocracia. “A escravidão africana e trafego negreiro, portanto, somente podem se entender gerado nas determinações do sistema colonial, isto é, nos mecanismo de acumulação do capital comercial prevalecente na Europa durante a transição para o capitalismo moderno. São a nossa forma de ver, a suma importância das implicações desta constatação. Basicamente significa que a economia escravista colonial, formam um todo integrado no sistema de colonização, ou seja, o escravismo é parte deste conjunto, e só se explicita nele.(Novais, 2005.P, 145) Com estes dados chegamos à síntese do sistema econômico colonial que é mercantil escravista e com acumulação externa, ou seja, é um fator de aglutinação, deixa o sistema colonial robusto quer significar que toda a estruturação se da neste tripé, se sairmos de qualquer um deles, já temos uma mudança neste conceito. Depois de entendermos o sistema colonial, estamos em condições de discutir na integra a formação desta sociedade e teremos novamente a escravização como base desta estratificação de formação de nossa sociedade colonial e como este processo se dá? Precisamos dentro das ciências sociais mais especificamente na Sociologia, discutir as camadas sociais e interação entre elas e partindo do pressuposto que a formação de nossa sociedade tem base na aristocracia portuguesa, ou nos portugueses simplesmente e nos escravos, e que esta forma de separação das classes não sofre transformação, pois não há interação. Então, a conclusão que chegamos é que a importância da formação da sociedade brasileira, esta num primeiro momento relacionada à escravidão, isto é um fato, pois a condução socioeconômica que o sistema escravista proporciona, calcado no trabalho compulsório e aplicado em sua forma para o chamados colonizadores, aristocratas ou empresários mercantilistas conseguirem consolidar o poder econômico que o sistema capitalista exige, então dada à geografia continental do Brasil, falando de forma regional e principalmente o fato da mão-de-obra portuguesa ser escassa o único recurso de acumulo de riqueza mercantilista estar ligado ao escravismo (mão-de-obra sem custo). Sabemos que ao longo da implantação deste processo tentou-se escravizar os índios, mas foi inviável, pois eles no cativeiro morriam se matavam, então recorrerão à África que já era um mercado escravista da Europa, por esse motivo pelo escravo africano, o mesmo já havia sido testado à exaustão, e tinha retorno garantido. CONCLUSÃO Sob a ótica da historia geral como é apresentada a população, podemos dizer que o ser humano que é objeto deste tratado não tem a devida valorização no contexto de formação cultural e histórico deste nossa nação. Mesmo que busquemos explicar a realidade deste processo, teríamos sérios problemas de compilação desta informação, pois os principais atores que foram alistados de forma coercitiva, não tem informações que possam elucidar o ocorrido e principalmente trazer a luz uma reparação, nos mesmos moldes que ocorreu a muitas outras nações que foram tiranizados em contexto iguais ou diferentes. BIBLIOGRAFIA NOVAIS, Fernando Antonio. Aproximações: Ensaios de história e historiografia: Fernando Antonio Novais São Paulo: Cosac Naify, 2005 440p