EVASÃO
Publicado em 06 de setembro de 2011 por GILBERTO NOGUEIRA DE OLIVEIRA
EVASÃO
Belo Horizonte, 21-11-1976
Certa vez uma pétala
Com seu perfume cálido,
Disse a um homem bárbaro
Que a terra em êxodo,
Por um motivo ácido
Tinha suportado o máximo,
Por uma causa óbvia
Devido à falta de método.
Ninguém soube mover-se,
Ninguém soube exprimir-se,
Ninguém quis revoltar-se,
E toda a terra perdia-se.
De repente, um catedrático
Com seu pensamento esquemático,
Com seu rosto simpático
Pôs a população num parágrafo.
E os povos revoltaram-se,
Graças aos métodos esquemáticos.
E tudo deixou de ser enfático,
E o catedrático ficou estático,
E nos deixou como estávamos.
E o povo ficou a cantar,
Dando vivas ao luar.
O catedrático se pôs a chorar,
Da alegria de estar
No meio do povo a aclamar.
E todos a admirar
O que ele fez e fará
Agora para ajudar.
Ficou a sorri o camponês,
Com sua querida Inês
E com seu filho Juarez,
A ganhar todo mês
A parte que ele fez.
Deu à sua filha Marinez
De presente um siamês.
Depois casou com um albanês
Só de filho tiveram seis.
Belo Horizonte, 21-11-1976
Certa vez uma pétala
Com seu perfume cálido,
Disse a um homem bárbaro
Que a terra em êxodo,
Por um motivo ácido
Tinha suportado o máximo,
Por uma causa óbvia
Devido à falta de método.
Ninguém soube mover-se,
Ninguém soube exprimir-se,
Ninguém quis revoltar-se,
E toda a terra perdia-se.
De repente, um catedrático
Com seu pensamento esquemático,
Com seu rosto simpático
Pôs a população num parágrafo.
E os povos revoltaram-se,
Graças aos métodos esquemáticos.
E tudo deixou de ser enfático,
E o catedrático ficou estático,
E nos deixou como estávamos.
E o povo ficou a cantar,
Dando vivas ao luar.
O catedrático se pôs a chorar,
Da alegria de estar
No meio do povo a aclamar.
E todos a admirar
O que ele fez e fará
Agora para ajudar.
Ficou a sorri o camponês,
Com sua querida Inês
E com seu filho Juarez,
A ganhar todo mês
A parte que ele fez.
Deu à sua filha Marinez
De presente um siamês.
Depois casou com um albanês
Só de filho tiveram seis.