John Bolton foi, ontem em Washington, o convidado do  grupo de reflexão ´think tank´, para apresentar a nova política africana da administração Trump. O conselheiro de segurança dos EUA apontou na sua palavra a crescente influência da China e da Rússia no continente, prometendo diminuir as ajudas  dos EUA destinadas para África. Ele criticou Moscou e Pequim, qualificando seus modo  de intervir na África como "corrupta" e "predatória".

Sr Bolton declarou que seu país não pretende distribuir cheques em branco aos estados africanos. "De agora em diante, os Estados Unidos não toleram esse esquema de ajuda de longa data sem efeito, sem responsabilidade e sem reforma",  martelou o responsável americano.

 A disputa do Saara ocidental constitui uma "frustração" para Bolton

Durante seu discurso, ele  apontou a questão do Saara Ocidental e MINURSO, ao dizer "Não se pode mais apoiar missões de manutenção da paz improdutivas, malsucedidas e não responsáveis", Bolton advertiu na frente dos convidados do  grupo de reflexão ´think tank´.

O conselheiro criticou a gestão das missões de paz da ONU em todo o mundo, ele esclareceu ao dizer "Muitas vezes, o facto de estabelecer e implantar uma força de paz constitui o auge do pensamento criativo da ONU", ironizou Bolton na declaração  junto aos jornalistas.

 É uma posição que lembra aquela expressa 29 de agosto passado por Rodney Hunter, coordenador político da Missão dos Estados Unidos na ONU, divulgada pela ocasião de uma reunião de membros do Conselho de Segurança.

Recordando que a MINURSO existia há 27 anos, e ele próprio tinha participado na redação de seu mandato em 1991, enquanto trabalhava no Departamento de Estado como Secretário Adjunto às Organizações Internacionais.

 "Esperava que  o conflito no Saara Ocidental,  fosse resolvido se as partes concordassem com o caminho a seguir", sublinhou Bolton. Reconhecendo que a não resolução desta disputa constitui para EUA "uma grande frustração".

Isso foi a primeira declaração sobre o assunto desde a realização da Mesa Redonda em Genebra, 5 e 6 de dezembro, sob a liderança de Horst Köhler, envolvendo o Marrocos, a Argélia, a Mauritânia e Polisário.

Lahcen EL MOUTAQI