Ética económica e financeira: Alguns sinais de maturidade financeira

Autor:

Alberto Mahúla Francisco, MsC.

Mestre em Economia e Gestao de Educação, pela Northeast Normal University.

[email protected]

Resumo

O presente artigo tem como objetivo apresentar uma discussão mais sistemática sobre o tema referente a ética económica e financeira. Buscou-se diferentes estudos para fundamentar teoricamente o problema da ética económica e financeira nas famílias e pessoas singulares. Deste modo, trata-se de uma pesquisa de metodologia de enfoque qualitativo. Utilizou principalmente as técnicas bibliográficas, observação e história de caso, como vias principais de apoio ao processo de colecta de dados. Os resultados mostram que a ética económica e financeira é uma das vias mais seguras para a moralização e conscientização das sociedades face ao maior senso de estímulos instigantes ao acto do uso irracional de bens e serviços. Para isso, a pesquisa sugere que as pessoas, possam aprender a ética económica e financeira. E. que possam abandonar o exagero no consumo, principalmente na compra de bens de natureza económica passiva. Pois, estes bens unicamente empobrecem, não somente ao autor dos actos de consumo, mas, a sociedade como um todo.

Palavras-chave: Ética, económica, financeira, sinais, maturidade.

  1. Introdução

A abordagem sobre ética descreve uma vasta história, visto que ao longo dos tempos muitos foram os que se debruçaram sobre os conceitos de ética, moral, virtudes, deontologia. Dentre estes, um grande relevo se dá à Sócrates, Platão, S. Tomás de Aquino, Aristóteles, Maquiavel, Kant a Adam Smith e tantos outros sábios, cuja dimensão histórica subscreve-se pelo valor que deram aos conceitos da ética (Olivieri, 2024).

Neste momento, esta temática está sendo abordada nas escolas, nas universidades, nas organizações, nas diversas áreas do saber, e surge, frequentemente, nos nossos meios de comunicação. E, agora, o assunto sobre ética, está sendo abordado no sentido dos bons usos, hábitos e costumes de natureza económico e financeiro que as pessoas devem ter.

A ética económica e financeira, constitui a base do desenvolvimento económico e sustentabilidade nas famílias. Pois, toda a prática económica sustentável, deve fundar-se na luz da ética.

A ética económica e financeira, funda-se na mente através de um modo de pensar mais racional e confere poder de imaginação criativa, inovadora e produtivo. E, “trata da qualidade da vida humana e das suas relações que a economia por si só não consegue proporcionar, mostrando que a moeda é uma ferramenta de comparação entre diferentes realidades, mas a qualidade de vida trazida pela troca não se resume ao preço” que importam os bens e os serviços (Soares, 2018, p. 1).

Assim, a ausência da ética dentro das actividades económica e financeira, provoca declínio no desenvolvimento social e constitui a base do caos financeiro nas famílias. Por via da ética económica e financeira, as famílias criam entre si, uma qualidade de vida vinculada a educação em valor, tais, como a justiça, paz e amor.

Trata-se de justiça nos actos económicos e no consumo de bens e serviços, onde, a paz compreende a via mais prática para que haja desenvolvimento em todos níveis e status sociais. Ao passo que o amor foca-se nos moldes de trabalhar, isto é, as pessoas devem ter amor ao trabalho em virtude de produzir mais para servir melhor a sociedade.

O amor é a base da construção da unidade na diversidade. Porém, é o amor que une as partes desavindas.

Assim, as pessoas quando adquirem hábitos de gestão financeira, apresentam sempre alguns sinais, demostrando a sua maturidade económica e financeira. E, estes sinais, elucidam claramente que financeiramente, tudo está indo bem. Deste modo, quando tudo está indo bem, isto implica que as pessoas estão versadas dentro do ditame da etica económica e financeira.

A ética económica e financeira, constitui a luz e guia do comportamento económico mais racional, orientado e regulado. E, dinamiza a inteligência financeira.

E, pela via da inteligência financeira, as pessoas tornam-se capazes de compreender o comportamento ou seja a psicologia do dinheiro, que segundo o qual, as pessoas financeiramente inteligentes conseguem diferenciar-se através das suas atitudes e firmeza ao nível de produção, consumo e distribuição de bens e serviços.

De todo o modo, uma distinção de bens e serviços, só, é feita por meio dos bons usos, hábitos e costumes que as famílias e as sociedades em geral vão tendo.

Os hábitos financeiros, guiados por meio da ética económica e financeira, condizem ao bom senso, onde as pessoas de forma singular conseguem decidir de forma educada sobre o que devem fazer para se alimentar, como devem alimentar-se e sobretudo como devem viver em relação com os outros.

É, a ética económica e financeira que ensina as pessoas a desenvolver uma consciência económica proporcional aos níveis de consumo sustentável de bens e serviços. E, cria hierarquia de valores em termos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

Os hábitos de trabalho e do desenvolvimento económico e financeiro, são de igual modo adquiridos através da ética económica e financeira.

  1. Alguns sinais de maturidade económica e financeira

Em toda a sociedade há sempre vários sinais de sucesso e êxitos na vida económico-financeira. Estes sinais mostram que as pessoas por si mesmas, tendem a ganhar maturidade em termos de hábitos de produção, consumo e distribuição de bens e serviços.

Muitos dos sinais de maturidade económico-financeira, estão vinculados com todos hábitos adquiridos e valores assimilados ao longo dos tempos para melhor articular todos os bens colocados ao alcance das famílias e das pessoas singulares.

Assim, cada dia que passa e cada momento da vida, as pessoas e as sociedades de modo geral, têm sempre a pretensão de melhorar as suas condições de vida, modo de agir em prol de elevar os seus níveis, status sociais, etc. Por mesma via, as pessoas procuram desenvolver em suas vidas, a maturidade indispensável para viverem melhor, proporcionando para si e para as famílias, o bem-estar, conforto e dignidade desejável.

Por se tratar de sinais de maturidade financeira que estão diretamente ligados com a educação em valores, há mais sustentabilidade em colocar no centro da abordagem alguns sinais de maturidade financeiro que estão cada vez mais presentes na vida das pessoas e da sociedade.

Assim, em toda conversa de tipo económico-financeiro, uma das questões mais comuns consiste em saber como perceber, se um individuo tem maturidade financeira ou ainda está ganhando maturidade?

De facto, a questão é pertinente. Por isso, neste estudo, esta pergunta, constitui a via para proferir o norte desta pesquisa que vem orientada para explicitar os principais sinais que as pessoas demonstram em quanto desenvolvem ou vão adquirindo maturidade financeira.

  1. Cultura de amor ao trabalho

Amor ao trabalho constitui uma chave para a felicidade e a humanização dos serviços públicos e privados. Por isso, nos países desenvolvidos, nota-se a cultura de gostar e entender a importância do que se faz e do que precisa ser feito. Por tudo, a cultura de amor ao trabalho é um conceito que se refere a uma atitude positiva em relação ao trabalho, onde o indivíduo encontra satisfação e propósito no que faz. Essa cultura pode ser vista como uma forma de motivação intrínseca, onde o indivíduo é motivado pelo prazer e satisfação que o trabalho em si proporciona (Resende, 2017).

Em toda a instância, a cultura do amor é o único antidote que transforma o ambiente de trabalho num lugar agradável e divertido para todos. E, faz do trabalho um factor de produção e realização feliz das famílias.

Um trabalho realizado por amor, não se deduz em preguiça, medo e cansaço. Por isso, quem trabalha por amor, tudo o faz por amor e nunca fica cansado. E, é desta forma que vem o bem, o prazer, poder e riqueza.

Para Resende (2017, p. 2) “Vivemos um novo cenário em que as competências que no passado definiam um excelente profissional ou gestor, tornam-se agora pouco competitivas, ou então viraram o básico”. Assim, para ser um bom profissional capaz de alcançar o sucesso, a cultura de amor ao trabalho, passou a ser um diferencial, ou seja, um valioso componente para o sucesso profissional.

Pelo amor ao trabalho, cada um passa a ser livre de definir o seu próprio sucesso. E, por meio disto, as pessoas tornam-se capazes de definir e dar significado ao sucesso, a função socioprofissional que desempenha (Hayashi, 2022).

Assim, há na cultura do amor ao trabalho, uma riquíssima oportunidade do desenvolvimento no ser, tanto no nível profissional, pessoal e social. Neste sentido, as pessoas que aprendem o valor do trabalho e amam o que fazem, são as pessoas mais felizes e realizadas do mundo. Pois, estas, tendem a se tornar cada vez mais úteis para si mesmas, empresa e a sociedade de modo geral.

  1. Conhecer por pormenor o dinheiro que aufere

O conhecimento do salario que aufere, encontra-se na instância primária ao tratar-se de uma inteligência financeira liderada pela ética económica e financeira.

Para isso, um dos primeiros sinais da ética económica e financeira, consiste no conhecimento do salario que se aufere. Pois, ninguém segue o que não vê e ninguém ama e respeita o que não conhece, do mesmo modo, nenhuma pessoa é capaz de gerir o dinheiro que não vê e muito menos criar investimentos com o dinheiro que não conhece se existe mesmo ou não.

Por isso, passa ser necessário, conhecer o seu salario, a fim de atribuir valor no que ganha e dar significado em tudo que aufere.

Assim, um sujeito economicamente activo e que não possui conhecimento do quanto ganha, implica muito no nível do consumo racional de bens e serviços, deixando que os momentos do instinto económico e financeiro invadam o poder capital do seu rendimento financeiro. Deste modo, é bastante conveniente antes de tudo saber quanto ganha para melhor definir os seus gastos. Pois, na vida económica e financeira, não existe gastos mínimos, visto que são os mínimos que complicam a planificação financeira, a ruinam a estabilidade económica e provocam dificuldades nos níveis de melhorias em termos de consumo de bens e serviços.  

  1. Dominar a contabilidade dos gastos

A contabilidade dos gastos, consiste em conhecer a base do seu rendimento fixo ou do capital adquirido pelo seu sacrifício e suor, tipificar os gastos e saber quanto deve gastar ao curto, medio ou longo prazo.

Na conta de gastos não existe gastos mínimos. Todo gasto feito de forma irracional, constitui um perigo para a vida económica e estabilidade financeira.

É, proibido fazer gastos por impulsos dos desejos e vontade. Nesta instância, ao contabilizar os seus gastos aprenda a anular tudo que possa constituir gastos para satisfazer impulsos dos desejos e vontades.

Sublinhe sempre que neste mundo, não existe tanto dinheiro para satisfazer impulsos, desejos e ambições desmedidas. Assim, o pouco que se tem deve servir para construir riquezas.

Por isso, ao proceder qualquer gasto financeiro, lembre-se sempre de contabiliza-lo, pois, o pouco dinheiro retirado dos seus rendimentos de forma impulsiva e irracional, pode agravar ou degradar a sua situação económica e financeira.

Ao contabilizar os gastos é importante saber agrupar as valências, visto que são as valências que citam as despesas e o significado do dinheiro gasto.

Na hora de contabilizar os gastos saiba sempre colocar em primeira instancia a importância do bem adquirido. Para isso, se lhe for necessário fazer algum gasto, que seja feito na base do valor do bem adquirido e na medida do tamanho da satisfação das necessidades.

Assim, tudo que não coube na grande da dimensão da satisfação das necessidades primárias, deve sempre ser colocado ao segundo plano da liberdade financeira. Nunca ao fazer a contabilidade dos gastos, coloques em primeira instância das prioridades os gastos fúteis que não detêm grandeza de valor racional no bolso e no bem-estar psicossocial das pessoas.   

Não priorize prejuízos ao invés de lucros. Neste caso, fazem parte de prejuízos todos os gastos direcionados ao pagamento e compra de coisas ou bens de consumo passivo. Evite dar vista de prioridades aos gastos cujo verbo de alocação consiste unicamente em dar e receber, isto, implica acima de tudo evitar dar só e receber só.

Nesta ótica de ideia, ao fazer a contabilidade de gastos, a prioridade deve recair em somar rendimentos, onde na hora de gastar o seu dinheiro seja possível pensar num retorno financeiro ativo. Deste modo, chama-se ativo tudo aquilo que manda dinheiro no seu bolso. E, este tipo de gastos engrandece e faz enriquecer a pessoa singular, beneficiando as famílias em virtude de dignificar a sociedade.

  1. Evitar gastos desnecessário

Chama-se gastos desnecessário tudo aquilo que ofusca a grandeza e a beleza do bolso ou seja, os gastos desnecessários, são aqueles que unicamente surgem para retirar passivamente parte do dinheiro já adquirido com sacrifício.

Nos gastos desnecessários, há uma dimensão de impulsos maior, onde os bens adquiridos a longo tempo podem ser gastos num curto tempo. Isto quer dizer que a pessoa que gasta dinheiro desnecessariamente, é capaz de desperdiçar em gastos desnecessários somas de montante financeiro que agrupou duranta muito tempo em simples minuto de vida em abonança.

E, geralmente, todo o gasto feito de forma desnecessário é de difícil recuperação. É, neste sentido em que muitos ricos, empreendedores, ricos e milionários se tornaram pobre em um simples olhar e fechar dos olhos.

De facto, ganhar dinheiro, não é algo fácil. Pois, ganhar dinheiro é um processo longo que envolve sacrifício, dor e todos traços de caracter e bondade, por um lado. Por outro, ganhar dinheiro exige um conjunto de atitudes positivas, capacidades e predisposições intelectual, física e social.

Mas, o ato de gastar dinheiro não revela faculdades, apenas exige momento de prazer e desejo.  

É, só basta estar inspirado irracionalmente para gastar o seu dinheiro que trabalhou durante muito tempo.

  1.  Variáveis predadoras que impulsionam gastos financeiros desnecessários

O meio ambiente social está ladeado de elementos predadores que estão atras de contas financeiras dos outros. E, o que estes esperam é apenas uma oportunidade e distração do dono do dinheiro.

Por isso, quem trabalha com dinheiro deve evitar ao máximo da distração, pois, todo o predador só está espera de uma lindíssima oportunidade por parte da pessoa que investe e gere o seu dinheiro.

Dentre várias variáveis predadoras, em resenha sintética temos as seguintes: mulher predadora, a família de consumo passiva de bens e serviços, amigos predadores e pessoas singulares de natureza aproveitadora.

  • A mulher predadora

A mulher predadora é uma vagabunda que anda atrás de benefícios dos homens que já possuem uma definição económica e financeira de matriz vertical. Ou seja, são mulheres que querem ter homens que já têm emprego, negócios e riquezas de base construída. E, que elas precisam unicamente entrar nesta relação, ganhar o bolo, dominar a relação, a fim de apoderar-se de tudo que esteja construído.

Para este tipo de mulher, o homem tem atributos banais tais como: o homem não é família, e, acima de tudo é um cão que deve ser mandado para mata, caçar o animal desejado para o dono saborear a carne e ele por ser cão, deve merecer o ósseo. E, quanto mais for economicamente aproveitado e fragilizado melhor é.

É, uma mulher que desde o momento de namoro ou primeiro encontro, nunca tem nada. Mesmo nos encontros planejados por ela mesma, nunca tem dinheiro para custear. Isto quer dizer que é uma mulher que espera que tudo seja feito pelo homem.

Na vida deste tipo de mulher está consignado o fator segundo qual, tudo que o homem trabalha é da mulher. E, tudo que é o homem é sagrado.

Por isso, o gentil-homem deve ser sacrificado comprando tudo para ela, incluindo gastos furtes tais como: tratamento do cabelo, unhas, táxi, até mesmo viagens planificadas por si mesma deve o sujeito homem custear.

A mulher predadora está sempre preocupada com a sua beleza. E, está a espera que apareça aquele macho trabalhador que tem quase tudo já construído para lhe oferecer terreno, construir a casa dos sonhos, pagar a recarga de televisão que aguça cada vez mais as suas ambições desmedidas, preguiça, ilusões e pirraçaria.

É, uma mulher que só liga para o homem para expor as suas preocupações, tais como: fome, falta de saldo no telefone, renda da casa, etc.

Na hora de estabelecer encontro para satisfazer os desejos do sexo, esta tipologia de mulher nunca tem dinheiro para pagar o seu próprio táxi. Ainda assim, antes da intimidade sexual dá preço, achando que o ato de intimidade sexual entre as partes constitui o meio de materializar o seu plano de negócio perfeito. No regresso a casa, esta mulher nunca quer ir com mãos e bolsos vazios, ela obriga que o homem faça tudo para lhe dar dinheiro, pois, ela tem filhos para sustentar e corpo para limpar e fazer brilhar.

Em nenhum momento da vida este tipo de mulher está disponível para partilhar com o homem planos que possam enriquecer e beneficiar ambas as partes. 

  • A família de consumo passivo de bens e serviços

As famílias de consumo passivo de bens e serviços, são famílias que estão enraizadas principalmente nos países vivente na preferia do desenvolvimento, onde a cultura de pobreza faz emergir o seu ar de vida. 

São famílias bastantes numerosas em tamanho populacional. E, bastante mingada em termos da contribuição para o desenvolvimento económico e financeiro.

Estas famílias, apesar de serem numerosas, tem apenas um (1) ou dois (2) sujeitos com renda fixa. E, que se dedicam a atividades económicas rentáveis. Ao passo que os outros que por sinal sejam a maior parte do tamanho da família, dependem direitamente deste único sujeito que possui um emprego ou que talvez desempenha alguma atividade economicamente rentável.  

  • Amigos predadores

Na semelhança da mulher predadora, situamos os amigos predadores que passam a vida a usurpar o dinheiro e bens honra adquiridos com tanto sacrifício. São pessoas comparadas com parasita, cujo, ciclo de vida depende do sangue que suga de pessoas sãs e saudáveis. Há este título de comparação pode-se observar que uma parasita é capaz de sugar o sangue da pessoa até deixa-lo anémico e doentinho.

Assim, os amigos predadores possuem impulsos de sobrevivência que consistem em viver através dos outros. É, deste modo que estes se tornam capazes de usar das suas amizades para o auto-enriquecimento, vivem sugando as pessoas alheias, pois, a única coisa que lhes importa é distorcer o sucesso económico e financeiro dos outros até atingir ao ponto de tornar o outrem pobre.

  • Pessoas singulares de natureza aproveitadora

No meio ambiente social há pessoas de natureza singular por possuírem traços de caracter bastantes particulares. Pela sua singularidade, muitos destes não são familiares e nem se quer possuem algum vínculo de consanguinidade ligado nós. Mas, por serem pessoas que unicamente querem aproveitar-se de outrem, fazem tudo para que estejam próximas de quem realmente tenha propriedade financeira, ou seja que possua bens e serviços.

Na verdade, estes não se aproximam da pessoa que tem poder capital financeiro com o propósito de ajudar e apoiar as ideias empreendedoras deste. Mas, sim querem tirar parte dos bens a fim de apropriarem-se do alheio. 

A pessoa aproveitadora usa e goza da boa relação que tem com outrem, a fim de aproveitar parte dos seus bens ou suas pertenças até chegar ao ponto de arruiná-lo.   

  1. Criar e solidificar a reserva para as emergências

As pessoas empreendedoras e todas as famílias em geral precisam criar reservas financeiras que possa servir de reserva de emergência.

Chama-se reserva de emergência ao capital financeiro que cada pessoa deve ter para salvaguardar-se, tendo em conta as diversas situações de emergência que possam surgir.

Na vida financeira, o que importa não é somente ganhar, mas é acima de tudo saber gerir. E, uma das formas que as pessoas precisam optar para gerir dinheiro é essencialmente criar uma reserva de emergência. Esta reserva para além de ser usada em situações de emergência, é ainda importante em situação de distinção entre ter dinheiro e ganhar dinheiro. Pois, é bem sabido que tem muita agente que trabalha, ganha dinheiro, mas que na verdade dos factos, não têm dinheiro. Isto porque apesar de ter emprego remunerável com uma renda fixa, quando chega a hora para resolver problemas que exija dinheiro, unicamente o trabalhador diz: não tenho dinheiro.

Com certeza tem sido admirável em saber que o sujeito trabalha, ganha dinheiro, mas na hora do problema afirma em não ter dinheiro. Então onde está o problema que leva o senhor trabalhador a não ter dinheiro no momento que se precise do dinheiro? A causa disto consiste em antes de tudo ter ocorrido, o senhor não criou a sua reserva de emergência.

Assim, pode-se fazer diferença entre ganhar dinheiro e ter dinheiro. Ganha dinheiro a pessoa que trabalha e tem salario que dignifica a sua renda fixa. E, tem dinheiro aquela pessoa que trabalha, ganha dinheiro e cria uma reserva de emergência solida.

  1. Criar investimentos

No geral, as pessoas estão empenhadas na procura de emprego remunerável. E, estão acreditando num patrão que dê emprego, onde possam ganhar o dinheiro para sustentar a vida.

Na mesma instância, quando as pessoas têm emprego, ficam preocupadas em ganhar muito dinheiro. E, que o dinheiro seja pago cedo.

E, quando dinheiro é pago cedo ou mesmo tarde, as pessoas estão mais preocupadas com compras, pagamento de contas correntes e dívidas do tempo anterior. 

No momento de fazer compras, compra-se quase tudo que sirva de base de sobrevivência, tais como: comida, carro, roupa, sapatos bonitos, brincos, anéis, relojos, incluindo artigos de cozinha, ouro, prata, etc.

Há muita preocupação em comprar quase tudo da última geração, compra-se até o telefone ou smart fone de última geração (telefone do ultimo grito).  

Mas, as pessoas não sabem que tudo isto, constitui passivo. E, todo artigo passivo não faz riqueza. Unicamente pode servir de luxo e recurso para iludir mentalidades.

Assim, os que investem em bens de consumo de caracter económico e financeiro passivo, vivem apenas na ilusão do dia.

É, deste modo que a maior parte de pessoas pobres e de classe media, vivem numa vida de ilusão e aparência. E, por vezes os bens de natureza passiva geram arrogância e vaidade que cega todas as vias do desenvolvimento económico.

Por isso, é melhor que haja nas pessoas e nas famílias, uma atitude de vida económica racional que consista em criar ativos, pois, são os ativos que servem de investimento. E, são os investimentos que fazem a riqueza. Deste modo, quem investe enriquece e quem compra passivo empobrece, por um lado;

E, por outro, quem cria investimentos agrega valores a produtos e serviços. De igual modo está permanentemente preocupando-se com a gestão de recursos que possam vir ser uteis no presente e no futuro;

Quem investe é uma pessoa preocupada com os conceitos de eficiência e eficácia no desenvolvimento socioeconómico ( Baggio & Baggio, 2014). 

  1. Multiplicar as fontes de renda

Uma das melhores estratégias para ser feliz consiste em possuir uma vida económico-financeira sustentável.

Para isso, é importante cada pessoa de modo particular aprenda a multiplicar as fontes de renda, aprendendo a empreender “numa época em que ser empreendedor é quase um imperativo” (Silva, 2007, p. 4).

E, surge a necessidade de promover o empreendedorismo como factor chave para o crescimento e desenvolvimento económico, onde, as fontes de renda geram riqueza, autonomia financeira e felicidade (Silva, 2007).

É, neste sentido que se aconselha as pessoas a não confiarem muito no emprego, nem esgotar todas as suas energias no emprego que garante uma renda fixa.

A renda fixa não é garantia para uma vida financeira de estria. Não há felicidade, nem prosperidade financeira no emprego. Pois, nenhum patrão está disposto para pagar uma remuneração que compense as energias esgotadas no dia-dia do trabalho do trabalhador. Claro, toda a entidade empregadora, paga aquilo que acha ser necessário para te manter dependente e que continues a trabalhar para ele.  

É, por isso que muitas entidades empregadoras oferecem estímulos, elogios e dão subsídios para manter o trabalhador financeiramente dependente.  

Por sua volta, a dependência financeira não trás consigo felicidade, senão mesmo, trás a alegria do pobre que dura pouco.

A dependência financeira nunca trará felicidade, pois, geralmente no emprego, a pessoa empregada, trabalha sobre pressão, fazendo aquilo que não gostaria de fazer. É, deste modo que a nível do mundo, há muitas pessoas ganhando muito dinheiro. Mas, vivendo na infelicidade. Mesmo ganhando muito dinheiro as pessoas ainda tornam infelizes? O porque desta infelicidade? A resposta a esta questão é uma e única. Isto porque unicamente as pessoas vivem fazendo o que não gostão. E, quem faz o que não gosta é obrigado a fazer o que não poderia, logo, surge a infelicidade.

Mas, no seu turno, não podem deixar do emprego, pois, o emprego serve de sua base de sobrevivência, sem o salario proveniente do emprego, as pessoas dependentes não vivem, por não possuírem uma outra base de subsistência, ou para pagar renda da casa, contas correntes tais como: agua, sexta básica, energia, saúde, transporte, etc.

De facto, isto seria mínimo, se pudessem as pessoas terem uma base rende multiplicada.

Assim, a multiplicação da renda financeira é importante, pois, constitui a base para a autonomia financeira e de vida económica sustentável.

  1. Metodologia

Esta pesquisa empregou uma metodologia de enfoque qualitativo. Utilizou principalmente as técnicas bibliográficas, observação e história de caso, como vias principais de apoio ao processo de colecta de dados. 

Através das vias optadas como critérios de colecta de dados, a pesquisa foi mais nítida na sua caracterização e no tratamento de dados. Assim, trata-se de um estudo de natureza histórica dedutiva, pois, partindo da história do problema, buscou-se as suas bases genéticas, deu-se o seu desenrolar para posteriormente analisar cada uma das partes da descrição histórica e por fim construir uma conclusão.

Todo dado colectado, foi cuidadosamente analisado, usando as técnicas de natureza filosófica, expressamente as técnicas de dedução e indução. E, por serem vias primárias de investigação científica, sistematizou-se os conhecimentos trazido nesta pesquisa, dando um sentido mais logico da existência da ética económica e financeiro, aclarando mais uma vez os indicadores de maturidade económico-financeiro das pessoas, sendo estes agentes ativos de todo o processo de produção, consumo e distribuição de bens e serviços.

É, deste modo que os aspetos genéricos do problema foram analisados usando a radicalidade, interdisciplinaridade e rigor. E, partindo do geral, os casos foram delimitados, condizendo ao domínio particular.

Toda a via, os aspectos do contexto mais particular, foram devidamente tratados até serem trazidos ao bom censo do bordo geral.

A opção destas técnicas deveu-se no facto de serem de maior amplitude analítico dos problemas e fenómenos de natureza científico.

Com as técnicas tidas na perspetiva de analisar os dados, a pesquisa identificou os aspetos mais comuns, particulares e intrínsecos no âmbito da ética económica e financeira. 

Assim, foi possível buscar uma narrativa histórica do fenómeno, aclarando-a partindo do geral ao particular. E, do especifico ao geral, vice-versa.

Feita a análise do fenómeno, o estudo foi mais específico em apresentar ilações conclusivas que a partir destas conclusões a pesquisa apresentou as devidas sugestões que serviram de opinião e contribuição do autor face ao problema identificado de forma empírica.

  1. Apresentação dos resultados da pesquisa: análise e discussão

Os resultados deste estudo mostram que a ética económica e financeira é uma das vias mais seguras para a moralização e conscientização das sociedades face ao maior senso de estímulos instigantes ao acto do uso irracional de bens e serviços.

Para isso, a pesquisa explica claramente que o exagero no consumo, a compra direcionada de bens de natureza económica passiva, tais como: carro, moto, casa, álcool, incluindo frequências em festas de maratona constituem sinais de imaturidade económica e financeira.

Deste modo, quem que por acaso queira desenvolver em si a ética económica e financeira, prime em cultivar-se e orientar-se em educação fundada por valores. Pois, os principais sinais de maturidade económica e financeira, consistem em regular o comportamento, podendo assim as pessoas de modo geral evitar o consumismo, no momento das despesas. Devem as pessoas singulares e a sociedade em geral, evitar fazer gastos em bens do consumo passivo e que primem em adquirir bens do caracter económico activo, visto que os activos constituem o investimento útil para gerar riqueza.

Para além de existir a ética económica e financeira, as lições deste magno conteúdo, são quase abstratos, por serem lidos e explicados no vazio, onde os agentes económicos que seriam os objectos materiais deste saber, ainda tendem a viver guiados através do bom sabor da ignorância.

Na ignorância, todas as práticas do consumismo e de exageros nos actos de aquisição dos bens de consumo, são bem-vindos.

O homem moderno ignora o perigo de correr ao risco de emergir na pobreza até chegar ao ponto de generaliza-la. Assim, apesar das crises, sofrimento e generalização de técnicas de dominação de homem pelo homem, ainda sim, pouco ou nada se demonstra sinais de maturidade económica e financeira.

Pelo que nas famílias, grupos sociais e na sociedade em geral, permanece o senso do consumismo e desperdício do capital financeiro. E, isto explica exatamente o quão as pessoas tendem a não desenvolver em si, sinais de maturidade financeira.

 

 

  1. Conclusões

Depois de um longo processo de estudo e análise de dados colectados, finalmente a pesquisa conclui o seguinte:

  • A ética económica e financeira, é um factor de educação em valor que ensina os bons usos, hábitos e costumes, regulando o comportamento da pessoa enquanto um sujeito activo nos processos de produção, consumo e distribuição de bens e serviços. Ao passo que os sinais de maturidade económica e financeira, são elementos que determinam o quanto as pessoas tendem a melhorar as suas atitudes e afirmações dentro da génese do desenvolvimento da psicologia do dinheiro.
  • Demostra sinais de maturidade económica e financeira, aquela pessoa que tem inteligência, capacidade de gerir suas finanças, detetar oportunidade de empreender e aproveita-la da melhor maneira até conseguir obter o melhor proveito.
  • Apesar de existir um vasto conteúdo de educação financeira que orienta sistematicamente a ética económica e financeira, as pessoas tendem a ser implacáveis em tentativas de mudanças relativamente melhoradas ao nível do comportamento regulado no âmbito do consumo de bens e serviços.
  • Continuam cada vez mais nas sociedades, a haver práticas de uso irracional de bens e serviços. E, deste modo, as pessoas geralmente não estão preocupadas com hábitos de criação de riquezas.
  • É, mais visível a necessidade de procura de emprego e salários mais altos. E, quando se tem o dinheiro, as pessoas preferem fazer gastos em bens depreciáveis e de consumo passivo, nada se quer fazer para investir. E, isto constitui uma demonstração clara que as pessoas não estão aprendendo os conceitos da ética económica e financeira. Por isso, não mostram sinais de maturidade económica e financeira.
  • Os hábitos de consumismo e ambições desmedidas estão colocados em primeira instância do dia-a-dia das pessoas. E, isto tem causado uma sucessão de insatisfação, crises, pobreza extrema e miséria que vão tomando conta de todas as sociedades. 
  1. Sugestões
  1. Que os profissionais em economia e gestão, juntos dos técnicos em finanças, que continuem a produzir e disponibilizar conteúdos da ética económica e financeira, por ser um factor educativo que consiste em ensinar os bons usos, hábitos e costumes que regulam o comportamento da pessoa enquanto um sujeito activo nos processos de produção, consumo e distribuição de bens e serviços.
  2. Que os agentes económicos (famílias, empresas e o estado), sejam activos, humildes e interessados em aprender e assimilar os conhecimentos da ética económica e financeira, pois, só assim pode ser possível desenvolver em cada pessoa a ética económica, e demostrar sinais de maturidade económica.
  3. Que haja nas famílias e na sociedade em geral, sinais claros capazes de demonstrar o quanto as pessoas tendem a melhorar as suas atitudes e afirmações dentro da génese do desenvolvimento da psicologia do dinheiro.
  4. Que possa emergir em cada pessoa a inteligência financeira, capacidade de gerir finanças, detetar oportunidade de empreender, aproveita-la da melhor maneira até conseguir obter desta oportunidade o melhor proveito.

 

Bibliografia

Baggio, A. F., & Baggio, D. K. (2014). Empreendedorismo: Conceitos e Definições. IMED, 14.

Hayashi, P. (1 de Julho de 2022). Amor ao Trabalho. A folha do Vale, 1.

Olivieri, A. C. (17 de Janeiro de 2024). Ética - História. PESQUISA ESCOLAR.

Resende, M. D. (23 de Junho de 2017). https://administradores.com.br. Obtido de Administradores: https://administradores.com.br/colunistas/marciaresende

Silva, P. (2007). Manual do empreendedor. Instituto Politecnico de Leiria: Gabinete do Projecto IPL.

Soares, C. (28 de Outubro de 2018). O Papel da ética no sistema economico-financeiro. Catolíca Bisines school.