Estudo da glicemia de jejum e do colesterol total de 20.144 indivíduos em demanda aberta no município de Natal-RN.
Por Antônio Rabello | 20/04/2009 | Saúde*ANTÔNIO ROBERTO DE SOUZA RABELLO
MAGDA FABIANA DANTAS.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL-RN.
INTRODUÇÃO:
O Diabetes Mellitus e a hipertensão arterial são
as principais causas de mortalidade e
hospitalizações no Brasil além de
estarem relacionados com a insuficiência renal
crônica, cegueira e amputações de
membros inferiores. Nesse estudo foram realizadas em demanda aberta,
20.144 dosagens séricas de glicemia de jejum e do colesterol
total em indivíduos adultos divididos em duas faixas
etárias: até 50 anos de idade e acima de 50 anos
de idade.
MATERIAL E MÉTODO: Foram coletadas 20.144 amostras
sanguíneas em tubo coletores à vácuo
com gel separador e ativador de coágulo. Utilizamos
aparelhos automatizados HUMASTAR 300 para analisar 13.686 amostras
(67,94%) e aparelhos semi-automatizados BIO PLUS - 2000 para as outras
6.458 (32,06%).
RESULTADOS: As amostras analisadas apresentaram uma
média de 23,96% com glicemia de jejum acima de 99mg/dl e de
25,82% com colesterol total acima de 239mgdl. A média da
glicemia de jejum acima de 99mg/dl e do colesterol total acima de
239mg/dl para indivíduos com mais de 50 anos de idade foi,
respectivamente, 27,16% e 33,68%, e para indivíduos
até 50 anos de idade, 19,76% e 17,98%. De todos os
indivíduos examinados, 10,2% apresentaram glicemia de jejum
acima de 99mg/dl e colesterol total acima de 239mg/dl. A
população dos dois distritos
sanitários de maior poder aquisitivo, apresentaram as
médias mais elevadas para o colesterol total acima de
239mg/dl (31,7% e 35,2%), e também, entre os
indivíduos com glicemia de jejum acima de 99mg/dl e do
colesterol total acima de 239mg/dl (12,1% e 15,2%).
CONCLUSÃO: Diante da fragilidade dos serviços
públicos de saúde e das tendências
apresentadas, se faz necessário o desenvolvimento de
políticas que permitam aos gestores
ações e programas integrados em toda rede de
atendimento, priorizando, a prevenção, a
automatização da rede laboratorial facilitando o
acesso da população e uma gestão
rigorosa dos recursos na aquisição de
medicamentos que possibilite a inclusão de todos os
diabéticos e hipertensos no hiperdia. Assim, seria
possível evitar e/ou minimizar os graves problemas sociais,
psíquicos e econômicos decorrentes do
desenvolvimento dessas doenças.