ESTRUTURA PRODUTIVA E COMERCIAL DO MELHORAMENTO GENÉTICO...

ESTRUTURA PRODUTIVA E COMERCIAL DO MELHORAMENTO GENÉTICO NO BRASIL 

Autores: Rodollf Augusto Regetz Herold Altisonante Borba Assumpção-Robertha Augusta Vasconcelos Garcia-Nathan Silva Carvalho

Resumo

 O trabalho em questão visou analisar a importância do melhoramento genético no Brasil, como também sua relação comercial e produtiva com as atividades agrícolas do país. Para tal analisou-se 15 artigos científicos provenientes das plataformas de pesquisa Scielo e Scopus. Neste trabalho foram realizados a análise das técnicas de melhoramento genético do gado de corte e de leite, tanto no tratante aos aspectos econômicos e sociais, como no inerente a estrutura comercial e produtiva do melhoramento genético no Brasil, ainda são poucos os estudos subsequentes à esta área no Brasil, por meio deste se vê a necessidade de mais estudos.

1. INTRODUÇÃO

O melhoramento genético é uma ciência que visa o aprimoramento de espécies por meio de seleção, para tal, efetuam-se cruzamentos em determinada população, e através desta, pode-se diminuir ou aumentar a frequência dos genes desejáveis ou indesejáveis (ELER, 2014, p. 241). No Brasil a bovinocultura tem grande importância, isso se dá ao fato de que a história do Brasil é vinculada a criação de gado, seja para força de trabalho ou produção de carne e leite, sendo estes remetentes a colonização, quando ocorre a introdução de espécimes ibéricos (FILHO, 2009, p. 621).

Mesmo com os avanços em tecnologia referentes a melhoramento de reprodutores, o Brasil ainda pode evoluir seu quadro de pesquisas no que se diz respeito à produtividade relacionada com avanços na área da genética (FERRAZ & ELER, 2010, p. 218). Mediante as necessidades do mercado e da sociedade, cada vez mais competitiva, no termo de tempo de produção e qualidade do produto, tem-se a buscado por um animal com maior aptidão comercial. E para que ocorra a melhoria de uma espécie, diversos métodos são aplicados como avaliação das características genéticas mensuráveis por meio de modelos matemáticos e avaliações visuais proeminente da experiência do ser humano (CAMPIDELLI & JOSAHKIAN, 2011, p. 148).

A história da bovinocultura se remete aos primórdios da colonização, quando houve a infusão do boi de corte por meio da introdução de espécimes bovinos originários da península Ibérica. Tal fator, é responsável por fazer que o gado de corte se torne parte integrante do agronegócio Brasileiro (FILHO, 2009, p. 621). A bovinocultura possui um papel fundamental, pois é responsável por 29,9% do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao agronegócio, dos quais 80% do efetivo bovino é constituído por zebuínos (LOPES et al., 2012, p. 363).

As ferramentas que são utilizadas no melhoramento genético, são voltadas a benefícios produtivos, para tal se desenvolvem mecanismos que trazem retorno econômico através da eficiência produtiva (ARTMANN, 2014, p. 02). De modo comercial, observa-se que o mercado está mais exigente no quesito de qualidade de carne e caracteres desejáveis a um bovino, sendo este de grande importância para o melhoramento genéticos dos mesmos (FERRAZ & ELER, 2010, p. 217).

No melhoramento genético são diversas as ferramentas que se utilizam para a obtenção de um animal mais qualificado a demanda do mercado, tais como análise de modelos matemáticos ou mesmo avaliações visuais advindas da experiência do ser humano, ambas são importantes (CAMPIDELLI & JOSAHKIAN, 2011, p. 149). Nestes termos, podemos observar que o mercado é exigente atualmente, por este motivo necessita-se de trabalhos que visam o aprimoramento genético de espécimes bovinas, fazendo estas mais adaptadas as necessidades do consumidor. (CAMPIDELLI & JOSAHKIAN, 2011, p. 148).

Observa-se que são poucas às obras que avaliam a importância do melhoramento genético para o Brasil, assim como são escassos os materiais que analisam a produtividade e beneficies comerciais advindas destes, este trabalho tem por objetivo analisar as técnicas de melhoramento genético, tanto no tratante do gado de corte, como também ao leiteiro, com base nos seus aspectos econômicos e sociais, visando um melhor esclarecimento a respeito da estrutura comercial e produtiva do melhoramento genético no Brasil.

2. MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa é de natureza bibliografia desenvolvida em duas etapas: a primeira a partir da pesquisa bibliográfica e a segunda pesquisa exploratória, a partir da utilização de livros, artigos científicos.

Gil (1991, p. 59) afirma que pesquisa bibliográfica é aquela materializada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, imagens, manuscritos, etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo.

Para a aquisição de tais dados analisou-se a taxa de desenvolvimento de bovinos com a infusão do melhoramento genético, tanto no referente à produção de leite, em qualidade e quantidade espaço de tempo para a produção de determinada quantidade do produto em questão, como também no que se inferiu ao gado de corte, no quesito de ganho de massa, qualidade do exemplar, características físicas desejáveis e tempo para abate. Assim, foram ressaltadas as técnicas fitossanitárias adequadas para a execução dos termos de melhoramento genético do gado de corte e de leite.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

A respeito do melhoramento genético, tem-se a importância de investimentos em projetos de desenvolvimento de bovinos que possuem características genéticas favoráveis à demanda do mercado, tanto no gado de corte como no leiteiro (FILHO, 2009, p. 620).  Neste meio tem-se como necessidade a união das iniciativas pública e privada. Sabe-se que apesar do Brasil ter evoluído no setor, é visível a necessidade de aprimoramentos ainda latentes no campo de investimento de pesquisas, que normalmente são frutos de aplicações da iniciativa privada. Assim, quando se alcança a homogeneização desses dois campos, obtém-se um quadro de evolução gênica comercial onde todos se beneficiam (FERRAZ & ELLER, 2010, p. 216).

Em se tratando de investimentos, constata-se que mão de obra qualificada é fundamental para o correto desenvolvimento de atividades de melhoramento. Para tal, é necessário o investimento em tecnologia e capacitação de pessoal, o que se mostra de extrema importância a participação da iniciativa privada, visto que os materiais e meios de pesquisa nessa área são onerosos (ARTMANN et al., 2014, p. 01). Com o devido investimento, pode ser alcançada uma evolução no plano de melhorias da espécie bovina, especialmente no que se refere à maciez da carne ou então resistência a patologias (FILHO, 2009, p. 620).

Seguindo-se tais premissas a produtividade é ampliada, e se tratando do mercado atual, sabe-se que a utilização de ferramentas para melhoria genética é de grande valor sendo estas responsáveis por criar um sistema comercial intensivo e competitivo, que aborde a gama de melhoria animal sendo por meio de seleção, heterose e cruzamento de exemplares bovinos (ARTMAN et al., 2014, p. 02).

Quando se discute sobre tecnologia e métodos de avaliação de matrizes melhoradas, apesar dos modernos meios empregados nos dias de hoje, não se pode menosprezar os métodos de avaliações visuais (CAMPIDELLI & JOSAHKIAN, 2011, p. 149). A preponderância entre métodos de avaliação visual e genética pode-se impor em uma avaliação do exemplar bovino por meio da taxonomia zootécnica, através da avaliação de características qualitativas de um exemplar bovino. As avaliações genéticas baseadas em modelos matemáticos e estatísticos são importantes no que se diz respeito à seleção animal, porém para que um avaliador obtenha um resultado ainda mais valoroso é necessário atribuir os métodos de avaliação visual. Quando encontrado o equilíbrio entre estes dois, tem-se um exemplar animal que se adapta as necessidades do sistema produtivo (CAMPIDELLI & JOSAHKIAN, 2011, p. 149).

Segundo Cardoso et al.  (2004, p. 116), em certas matrizes, o período pós desmama pode ser considerado como um marcador para avaliações de aptidão em quesitos de peso, escores de avaliação visual, comparação entre período pré desmama e pós desmama e herdabilidades e correlações genéticas. Tais qualidades são de muita importância para saber se a carne advinda da matriz em questão, tanto em porte de acabamento de gordura na carne, ganho de peso, tamanho, taxa muscular e qualquer outro escore considerado como correlacionado a produtividade do bovino, se dá devido à proximidade da fase de produto final do animal. Analisando o prospecto de seleção de um bovino adequado à demanda do consumidor, vê-se a necessidade de análises de padrões de melhorias de raça com o decorrer dos cruzamentos (VAZ et al., 2013, p. 167).

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