1. INTRODUÇÃO

A escolha do tema justifica-se pela leitura de alguns livros sobre administração financeira no Iles Ulbra de Itumbiara, por meio dessas leituras aumentou-se o interesse sobre esse assunto e fez com que fosse feita uma pesquisa mais a fundo sobre a temática. Dessa maneira o tema reúne uma série de fatores, conceitos, críticas e fatos que possibilitam ao leitor um maior entendimento sobre qual seria a melhor maneira de estruturação de capital, levando-se em consideração as possíveis formas de obtenção dos recursos, com o intuito de obter um melhor desempenho financeiro da empresa. De acordo com esses fatos, apresenta-se o seguinte problema: Existe relação entre estrutura de capital, alavancagem financeira e desempenho empresarial quando analisados os diferentes níveis de governança corporativa? Nesse contexto, estabeleceu-se como hipótese: Por ser uma decisão bastante importante para uma empresa e necessitar de uma análise ampla dos profissionais do setor financeiro, torna-se necessário obtenção de informações que propiciam ao administrador fazer uma escolha, levando em consideração os possíveis ganhos e riscos que a empresa possa vir a sofrer diante da decisão escolhida, optando por preencher a estrutura de capital com recursos próprios ou com de terceiros. Assaf Neto e Guasti Lima (2011) mostram que a estrutura de capital pode ser composta de duas partes, o capital de terceiros que é oriundo de investidores externos que aplicam seu dinheiro com intuito de conseguir retorno futuro, e capital próprio que são constituídos pelos recursos investidos por seus proprietários ou acionistas. O livro é uma referência para quem deseja saber sobre administração financeira. ¹ Discente do curso de administração do ILES/ULBRA - Itumbiara Dentro desse contexto, apresenta-se como objetivo geral: averiguar se existe relação entre estrutura de capital, alavancagem financeira e desempenho empresarial quando analisados os diferentes níveis de governança corporativa. Determinar o que é estrutura de capital e identificar como são as possíveis maneiras de obter seus recursos. Expor conceitos e características da alavancagem financeira e identificar os possíveis impactos com a implantação dessa fórmula. Investigar o que é desempenho empresarial e qual sua importância dentro da organização. Analisar os diferentes níveis de governança coorporativa. Essa pesquisa contribuirá para o aumento de conhecimento sobre a formulação de uma estrutura de capital, mostrando quais as possíveis formas de obtenção de recursos e os impactos que as decisões podem tomar. Além disso, essa pesquisa abordará aspectos que influenciam diretamente no cenário econômico e financeiro dentro da empresa. Portanto, esse estudo será feito com o intuito de investigar quais as possíveis escolhas, deixando claro quais os possíveis riscos e quais os possíveis ganhos que cada escolha possa proporcionar para a empresa. Groppelli e Nikbakht (2010) expõem que uma estruturação de capital por meio de endividamento é benéfica para a empresa, pois através desse método é possível reduzir os juros pagos no imposto de renda e consequentemente obter maior lucro, essa ferramenta é chamada de alavancagem financeira. No entanto, quanto maior for a dívida da empresa, maior será o risco, pois a mesma pode não ser capaz de pagar suas obrigações. Por isso é necessário que o administrador financeiro faça um estudo sobre os possíveis riscos e ganhos antes de implementar a alavancagem financeira na organização.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Esta parte do projeto pretende evidenciar os autores que escreveram sobre administração financeira, capital e sua estrutura, bem como alavancagem financeira pautandose em livros secundários que promoveram a base teórica para este projeto. 2.1 Administração financeira A análise financeira tem como objetivo ajudar nas tomadas de decisões além de analisar quais investimentos devem ser feitos, considerando quais são mais vantajosos, entendendo os possíveis riscos que tais atos podem ter. Para desempenhar uma boa função, os administradores financeiros devem estar sempre atualizados em relação às mudanças que ocorrem no mundo das finanças, devem ter um grande grau de conhecimento de mercado e saber tudo o que se passa no ambiente interno e externo da empresa. (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010). Um fator importante para um bom desenvolvimento financeiro da empresa é obter informação, quanto mais informações (precisas e confiáveis), maior será a probabilidade de a decisão estar correta, a internet é um meio capaz de transmitir a informação com maior rapidez, além de conseguir mostrar para o investidor como está o desenvolvimento de seus ativos. A empresa deve investir em áreas que atraiam a atenção de seus investidores, pois através do possível crescimento futuro de suas ações conseguem-se mais pessoas que queiram aplicar seus recursos na organização. (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010). Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos e financeiros para maximizar a riqueza ou o valor total de um negócio. Mais especificamente, ao usar o valor presente líquido (fluxo de caixa futuro, descontado o valor presente menos os custos originais) para medir a rentabilidade, uma empresa maximiza a riqueza investindo em projetos e adquirindo ativos cujos retornos combinados produzem os lucros mais altos possíveis com menores riscos. (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010, p 3). É necessário entender finanças, pois através dela consegue-se fazer uma análise da real situação da empresa, fazendo com que os tomadores de decisões tenham mais facilidade na hora de fazer suas escolhas e ter uma ideia melhor sobre quando e onde se deve investir ou se não deve gastar. Para conseguir ser uma empresa competitiva, os administradores financeiros devem analisar os ambientes internos e externos da organização, através dessa análise consegue-se tomar as melhores decisões para obter melhores investimentos e aumento do lucro. Os administradores financeiros trabalham bem quando entendem como reagir eficazmente às mudanças na oferta, na demanda e nos preços (microfatores relacionados à empresa) e também aos fatores econômicos mais gerais e abrangentes (macrofatores). Ao aprender a lidar com esses fatores, obtemos ferramentas importantes para a elaboração de um planejamento financeiro eficaz. (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010, p 10). Dentro desta nota explicativa Groppelli; Nikbakht (2010) ensinam que para conseguir vender com um preço baixo e competitivo, o custo do produto deve ser baixo, ou seja, se o valor para fabricar um produto ser baixo, automaticamente o preço final do produto poderá ser baixo também. Em contrapartida, se o custo do produto for alto, o preço final do produto será maior e ficará difícil competir com os concorrentes, caso a empresa que tenha o custo alto abaixe o preço para se igualar no preço com seus adversários, consequentemente a margem de lucro diminuirá, e a empresa terá assim dificuldades de pagar suas obrigações, portanto, é necessário ter um bom maquinário e pessoas que desempenham boa função na área de produção da empresa. Groppelli e Nikbakht (2010) caracterizam que outro aspecto que deve ser realizado para precificar o produto e aumentar ou não a produção, são as condições do ambiente econômico, as pessoas têm uma noção sobre a economia por meio de jornais e ouvindo notícias, quando o ambiente está favorável para o consumo, com baixa taxa de juros e com a tributação baixa, o consumidor tende a comprar mais, por outro lado, caso o ambiente não esteja propício para fazer novas despesas, o cliente tende a economizar e comprar menos, portanto, também é dever da administração financeira tomar decisões levando-se em conta o ambiente externo da empresa. “Para a Administração Financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedade por ações ou sócios de outros tipos de sociedade)”. (HOJI, 2004, p. 21). Ainda conforme Hoji (2004), todo proprietário de alguma empresa almeja que seu investimento tenha retorno, seja pelo lucro ou pelo crescimento no valor de sua empresa/ação. O lucro e caixa da empresa são os fundos que a entidade consegue para cumprir com suas obrigações, além de possibilitar que sejam feitos novos investimentos em determinados setores. A empresa possui diversos funcionários, para diversas funções, esses colaboradores têm a função de desempenhar suas atividades (em troca de uma remuneração) para conseguir resultados econômicos e financeiros, esse resultado por sua vez remunera os acionistas que fizeram o investimento. As atividades empresariais podem ser divididas em operações, investimento e financiamento. Também Hoji (2004) indica que as atividades de operações têm o objetivo de proporcionar o retorno para seus investidores, essa atividade é feita através da compra e venda de mercadorias, prestação de serviços, compra de matéria-prima e fabricação de seus produtos, dentre outros. As atividades de investimentos dão suporte para as de operações, elas podem ser representadas pelas aplicações financeiras, compra de máquinas, entre outros. As atividades de financiamentos estão relacionadas à forma com que são feitos os financiamentos das atividades de operações e de investimentos, podem ser integralização de capital da empresa, captação de empréstimos, entre outros. Toda função tem grande importância dentro de uma empresa, desde o chão de fábrica, até os diretores. Cada colaborador faz suas determinadas atividades e ajudam para os resultados da empresa, quanto maior o cargo, maior a responsabilidade. [...]