ESTÁGIO DOCENTE: VISÃO DO DISCENTE QUANTO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL VOLTADO PAR O ENSINO
Publicado em 30 de julho de 2018 por Jedida Melo
Cybelle Gomes de Souza, Cristiane Rodrigues de Carvalho, Fernanda de Lira Soares, Gina Araújo Martins Feitosa, José Edson da Silva, Lorena Aquino de Vasconcelos&Rosycleide Maria de Fontes Santana[1]
Prof.ª Dra. Jedida Melo[2]
Introdução
A metodologia e pesquisa no espaço universitário no que se refere aos processos de aprendizagem, por meio do estágio docente, têm-se tornado dinâmico haja vista está ultrapassando os limites físicos das instituições, e essa tendência enfatiza programa de pós-graduações, tendo como ponto chave o envolvimento do aluno com o estágio docente.Considerando como ponto de partida para essa reflexão, um estudo realizado no interior de Minas Gerais, em um programa público de pós-graduação em administração, possibilitando que tal conhecimento produzido supere os padrões já estabelecidos e seja utilizado para a melhora do estágio para o aluno, desenvolvendo atitudes de aprendizagem por situações concretas, ou seja, com o conhecimento real.O aprender não é um processo que dispense rotinas ou que ocorra de uma hora para outra, percebe-se que deve ser feito com uma metodologia aplicada a prática, elencando o real sentido do estágio docente.
Desenvolvimento
A formação superior no Brasil se originou com a corte portuguesa no ano de 1808. As principais escolas de formação superior foram criadas com o intuito aos interesses da corte. Tais como Medicina, Direito e Engenharia. (Tobias,1972).
Foi criado o estágio em 1942 nas instituições de ensino brasileiras como uma complementação a formação teórica dos alunos. Em Decreto – Lei Nº4073, no artigo 47ª lei trazia a seguinte recomendação: consistirá o estágio em um período de trabalho, realizado por aluno, sob o controle da competente autoridade docente, em estabelecimento industrial.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei federal Nº 9.394, em 1996, embora trate de questões relativas à Educação no Brasil, não faz menção ao estágio na pós-graduação strictu sensu. Essa lei desvinculou a educação básica e a Educação Profissional. A Educação profissional deixou de estar atrelada ao ensino médio.O artigo 82 da atual LDB ampliou a abrangência do estágio supervisionado na Lei Federal Nº6.497/77 (Brasil, 1977), em outras palavras seria função do estágio contemplar áreas muito mais abrangentes do que somente aspectos profissionais, o que não deveria ser diferente no processo da formação de professores.
Atualmente vem acontecendo no Brasil uma expansão do ensino superior e com isso a necessidade de professores de alta qualidade, aumentando dessa forma a demanda dos cursos de pós-graduação em formar profissionais competentes para a prática do ensino.O estágio de docência que ocorre nos cursos strictu sensu tem como objetivo preparar os futuros professores, porém existem várias indagações sobre a efetividade desse método, apesar desses cursos serem ainda considerados o meio principal e efetivo de formação do magistério em nível superior.
Observa-se uma preocupação com a produção científica e a pesquisa em detrimento a formação didático-pedagógica, onde há uma supervalorização da imagem do pesquisador, sendo por isso motivo de preocupação para o exercício do magistério.O estágio de docência como ferramenta de ensino aproxima o docente da prática profissional, porém entende-se que é necessária uma reformulação dessa metodologia, não sendo apenas uma mera substituição dos professores orientadores pelos alunos docentes nas aulas de graduação, mas que haja um processo de formação aliado a uma preparação pedagógica, evitando assim a precariedade na formação de professores com uma semi-formação o que refletiria na qualidade do ensino em geral.
Conclusão
Como os cursos de pós-graduação strictu sensu são a principal via de formação de docentes e a maior parte dos pós-graduandos são bacharéis e não possuem formação em licenciatura, é preciso adequar à disciplinaem termos práticos.
Nota-se que o estágio docente constitui uma ferramenta para aliar pesquisa e ensino, atraindo assim a formação de novos docentes. Ainda existem fatores limitantes a esse processo: como a falta de padronização do estágio e como ele tem sido conduzido, e o fato da política neoliberal que aumenta o número de discentes deixando de lado questões relativas à qualidade do ensino oferecido.
Os discentes veem no estágio uma possibilidade de aliar a teoria com a prática, o contato com a atividade de ensino tem sido uma das grandes motivações para os alunos. Sugere-se aprofundar as pesquisas a fim de que possa investigar e comparar se os resultados achados tem relação com a prática vivenciada.
Referência Bibliográfica
JOAQUIM, N. F., BOAS, A.A.V; CARRIERI, A.P. , Estágio docente: Formação Profissional, preparação para o ensino ou docência em caráter precário?.Educ. Pesqui. vol.39 no.2 São Paulo April/June 2013.