Cybelle Gomes de Souza, Cristiane Rodrigues de Carvalho, Fernanda de Lira Soares, Gina Araújo Martins Feitosa, José Edson da Silva, Lorena Aquino de Vasconcelos&Rosycleide Maria de Fontes Santana[1]

Prof.ª Dra. Jedida Melo[2]

Introdução

A metodologia e pesquisa no espaço universitário no que se refere aos processos de aprendizagem, por meio do estágio docente, têm-se tornado dinâmico haja vista está ultrapassando os limites físicos das instituições, e essa tendência enfatiza programa de pós-graduações, tendo como ponto chave o envolvimento do aluno com o estágio docente.Considerando como ponto de partida para essa reflexão, um estudo realizado no interior de Minas Gerais, em um programa público de pós-graduação em administração, possibilitando que tal conhecimento produzido supere os padrões já estabelecidos e seja utilizado para a melhora do estágio para o aluno, desenvolvendo atitudes de aprendizagem por situações concretas, ou seja, com o conhecimento real.O aprender não é um processo que dispense rotinas ou que ocorra de uma hora para outra, percebe-se que deve ser feito com uma metodologia aplicada a prática, elencando o real sentido do estágio docente.

Desenvolvimento

            A formação superior no Brasil se originou com a corte portuguesa no ano de 1808. As principais escolas de formação superior foram criadas com o intuito aos interesses da corte. Tais como Medicina, Direito e Engenharia. (Tobias,1972).

Foi criado o estágio em 1942 nas instituições de ensino brasileiras como uma complementação a formação teórica dos alunos. Em Decreto – Lei Nº4073, no artigo 47ª lei trazia a seguinte recomendação: consistirá o estágio em um período de trabalho, realizado por aluno, sob o controle da competente autoridade docente, em estabelecimento industrial.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei federal Nº 9.394, em 1996, embora trate de questões relativas à Educação no Brasil, não faz menção ao estágio na pós-graduação strictu sensu. Essa lei desvinculou a educação básica e a Educação Profissional.  A Educação profissional deixou de estar atrelada ao ensino médio.O artigo 82 da atual LDB ampliou a abrangência do estágio supervisionado na Lei Federal Nº6.497/77 (Brasil, 1977), em outras palavras seria função do estágio contemplar áreas muito mais abrangentes do que somente aspectos profissionais, o que não deveria ser diferente no processo da formação de professores.

Atualmente vem acontecendo no Brasil uma expansão do ensino superior e com isso a necessidade de professores de alta qualidade, aumentando dessa forma a demanda dos cursos de pós-graduação em formar profissionais competentes para a prática do ensino.O estágio de docência que ocorre nos cursos strictu sensu tem como objetivo preparar os futuros professores, porém existem várias indagações sobre a efetividade desse método, apesar desses cursos serem ainda considerados o meio principal e efetivo de formação do magistério em nível superior.

Observa-se uma preocupação com a produção científica e a pesquisa em detrimento a formação didático-pedagógica, onde há uma supervalorização da imagem do pesquisador, sendo por isso motivo de preocupação para o exercício do magistério.O estágio de docência como ferramenta de ensino aproxima o docente da prática profissional, porém entende-se que é necessária uma reformulação dessa metodologia, não sendo apenas uma mera substituição dos professores orientadores pelos alunos docentes nas aulas de graduação, mas que haja um processo de formação aliado a uma preparação pedagógica, evitando assim a precariedade na formação de professores com uma semi-formação o que refletiria na qualidade do ensino em geral.

Conclusão

Como os cursos de pós-graduação strictu sensu são a principal via de formação de docentes e a maior parte dos pós-graduandos são bacharéis e não possuem formação em licenciatura, é preciso adequar à disciplinaem termos práticos.

Nota-se que o estágio docente constitui uma ferramenta para aliar pesquisa e ensino, atraindo assim a formação de novos docentes. Ainda existem fatores limitantes a esse processo: como a falta de padronização do estágio e como ele tem sido conduzido, e o fato da política neoliberal que aumenta o número de discentes deixando de lado questões relativas à qualidade do ensino oferecido.

Os discentes veem no estágio uma possibilidade de aliar a teoria com a prática, o contato com a atividade de ensino tem sido uma das grandes motivações para os alunos. Sugere-se aprofundar as pesquisas a fim de que possa investigar e comparar se os resultados achados tem relação com a prática vivenciada.

Referência Bibliográfica

JOAQUIM, N. F., BOAS, A.A.V; CARRIERI, A.P. , Estágio docente: Formação Profissional, preparação para o ensino ou docência em caráter precário?.Educ. Pesqui. vol.39 no.2 São Paulo April/June 2013.

 

[1] Mestrandos em Ciências da Educação com Ênfase em Saúde – FICS

[2] Doutora em Educação – FICS