Pátria amada.

Quem é esse homem.

Preso a uma Pátria.

Sem Pátria.

É como uma mãe.

Que não consegue.

Amar seus filhos.

Quis ter vários  deles.

Com objetivo de escravizá-los.

A Pátria é a Terra.

Amo o Brasil como solo.

E não a instituição.

Mas não nego o seu  valor.

Na sua natureza política.

Sou contrário apenas.

A  forma em que foi estabelecida.

Sou profundamente admirador.

Da instituição.

Quando deixa a Pátria.

Ser a Pátria dos próprios filhos.

Como pode ser Pátria.

Quando o objetivo.

É extorquir o povo.

Na Idade média.

O servo trabalhava.

Dois dias para o senhor feudal.

E três dias para si mesmo.

Essa lógica funcionava.

No Antigo Regime.

No novo Regime.

No liberalismo econômico.

Brasileiro.

Cada dia trabalhado.

Em dois dias.

Um dos dois dias.

Pertence a Pátria.

Se um individuo ganhar.

Mil reais.

Quinhentos reais.

Tem que doar a Pátria.

Nas mais diversas formas.

De impostos.

Essa lógica.

Em toda história da humanidade.

É o maior regime de escravidão.

Estabelecido historicamente.

Nem mesmo na sociedade.

Escravagista.

Tinha tal proporção.

De exploração.

Isso porque os escravos.

Tinham comida.

Onde dormir.

E roupa para proteger do frio.

E milhões de brasileiros.

Não tem nem mesmo água.

Para tomar.

O mundo contemporâneo.

Estabeleceu.

Na pátria amada.

A verdadeira escravidão.

Acontece que a Pátria.

É uma entidade metafísica.

Por detrás da Pátria.

Estão os políticos.

Eles não deixam a Pátria.

Pertencer.

A todos os filhos da Pátria.

Como pode um carro Honda.

Produzido nos Estados unidos.

Ser vendido.

Por vinte oito mil reais.

No Brasil.

Noventa mil reais.

Que Pátria é essa?

Se a mesma multinacional.

Produz o carro lá.

E aqui.

Com uma diferença fundamental.

O trabalhador que fabrica o carro.

Estando nos Estados Unidos.

Ganha oito vezes mais.

Que o mesmo trabalhador.

Que está no Brasil.

Em nossa Pátria amada.

Existe algo de errado.

O custo do celular.

No seu uso cotidiano.

No Brasil.

Chega ser dez vezes.

Maior.

Que em diversos lugares.

Do mundo.

Poderia citar mil exemplos.

Citarei dois outros.

O Brasil é praticamente.

A quinta economia do mundo.

Quase quarenta por cento.

Da sua população.

Vive em estado de miséria.

A Dinamarca não faz parte.

Nem mesmo vigésima.

 Economia do mundo.

Portanto, estatisticamente.

É uma Pátria pobre.

Mas seus filhos ganham.

Em média.

Cinco mil euros por mês.

Se um brasileiro.

Chegar a um restaurante.

Na Dinamarca.

E encontrar um médico.

Um deputado.

E um motorista de caminhão.

E tentar diferenciá-los.

Pela roupa que usam.

Pelo carro que tem.

Não saberá compreender.

Quem é quem entre eles.

Como pode um país.

Comparativamente.

Ser pobre.

E os filhos da Pátria.

Não serem pobres?

A Dinamarca é capitalista.

O Brasil também é capitalista.

A china é praticamente.

O primeiro país do mundo.

Porque sua economia já está.

Superando a economia americana.

Oitenta por cento da sua população.

Vive na miséria.

A china é um país socialista.

E será brevemente a primeira.

Economia do mundo.

Então o socialismo.

Deveria ser o sistema político.

Correto.

O capitalismo o sistema errado.

Mas a questão fundamental.

Não é exatamente essa proposição.

Qual é a proposição.

A única que evita os filhos.

Serem escravo da própria amada.

Muito simples.

A política econômica formulada.

Pela Dinamarca.

Desenvolvimento econômico.

Com desenvolvido humano.

A economia pode ser capitalista.

Mas a produção da riqueza.

Tem que ser socialista.

Então filhos da Pátria amada.

O desenvolvimento de  uma nação.

Tem que ter uma proposta política.

Correta para eliminar a pobreza.

Pelo o que conheço.

Das ideologias dos nossos políticos.

Eles não têm a perspectiva.

Do desenvolvimento da Dinamarca.

Quanto ao povo.

Prepare-se para ser.

Eternamente pobre.

Ou procure conhecer.

O mecanismo do desenvolvimento.

Econômico das nações.

Ou será sempre um idiota.

Pagador de imposto.

Escravo da nação.

 A burguesia,

Institucionalizou a Pátria amada.

Apenas para ela.

Os políticos são seus funcionários.

De extrema confiança.

Pobre povo servo.

Da Pátria amada.

Edjar Dias de Vasconcelos.