ESCRAVO DA RAZÃO

Por ANTONIO PADILHA DE CARVALHO | 22/09/2011 | Geografia

ESCRAVO DA RAZÃO
Antônio Padilha de Carvalho


Para início de conversa, haveremos de indagar: A quem atende a nossa educação? Quem efetivamente são beneficiados pela estrutura educacional vigente em nosso país?

Somos sabedores que a massa de estudantes do ensino médio brasileiro, estuda sempre no período noturno, com carga horária reduzida e em estabelecimentos de ensino sem condições nenhuma para bem recebê-los.

Os chamados estudos "supletivos", longe de bem preparar os nossos jovens, acabam por apenas diplomá-los para uma máquina de escravidão branca, preparada para exploração da força intelectiva e de trabalho desse exército de reserva nacional.

A proposta de tecnificar o ensino médio mostra a efetivação dessa proposta, vez que os alunos são "educados" para atender as demandas das indústrias, comércios e serviços exploradores das forças juvenis do país.

Verdadeiramente, deveríamos preparar os estudantes buscando obter alunos emancipados, criativos, críticos da realidade vivenciada, leitores e capazes de pensar e bem fazer uso desses posicionamentos. Cadê a implantação do ensino politécnico previsto na legislação educacional?

Para que isso venha a acontecer, é primordial que a estrutura estatal, faça investimentos e mudanças na organização das escolas públicas, oferecendo de imediato, mais condições de trabalho para os profissionais da educação, melhorando de maneira substancial o piso salarial da classe, a fim de que haja por parte dos professores, um maior engajamento na política de melhoria do ensino-aprendizagem da nossa sociedade estudantil.

Eis o retrato fiel da nossa atual estrutura educacional:

Escravo da Razão

Homem-máquina que não pensa,
homem explorado;
Homem que maquina o pensar,
homem explorador,
homem que vive a maquinar.
Pensamento, máquina que busca explorar.