Escola de Qualidade

Wanderson Vitor Boareto

Graduado em História, Bacharel em Direito, Pós Graduado em História e Construção Social do Brasil, Docência do Ensino Superior e Educação Empreendedora.

Resumo

A educação brasileira passa por uma dos seus momentos de treva e de falta de estrutura de base. Os projetos de formação estão destruindo o que restou da formação humanistica e dando ênfase ao tecnico. Não para formar e sim para restruturar o mercado e as necessidades do capital.

Palavras Chaves

Educação, Capital, Formação, Tecnologia, Mercado

No Brasil e em toda América Latina se fala em escola e educação de qualidade. As mudanças com as metodologias de ensino e o avanço da tecnologia, acelera gradativamente a necessidade do manuseio da informação. Nos grandes centros e no interior o uso das redes sociais e a conecção da internet se tornaram “indispensável” na vidas dos jovens e dos adultos. A informação nunca foi tão fácil, rápida e manipulada como nos dias atuais.

“O educador, o filósofo, o pedagogo, o artista, o político tem e tiveram, historicamente, um papel eminentemente crítico: o papel de inquietar, de incomodar, de pertuba. Foi isso que fisseram, por exemplo, Lao – Tsé, Sócrates, Marx, Nietzsche, Freud, Mao Tsé – Tung, Gramsci, Freinet, Amilcar Cabral, Freire e outros grandes pedagogos da história antiga ou contemporânea.” ( GADOTTI, Pg 58)

A pergunda dentro deste senário deveria ser: o que é Educação? Existe muitas definições dentros das várias correntes pedagógicas, no entanto, uma que define  bem educação vem do jantropologo, jornalista e escritor Frei Betto: “ Educação é a capacidade de ler, interpretar, refletir e discutir qualquer acontecimento político, filosófico, literário e social”.

Neste sentido estamos muito longe de educação em nosso país, já que as informações  são manipuladas e entendidas dentro das necessidades de cada grupo social. A informação é usada individual e não coletivamente, servindo como moeda de troca e forma de poder social e político.

Mas qual seria o agente mestre do uso da informação para o ganho próprio? São vários os responsáveis. Se quisermos um culpado, é muito simples, basta olharmos no espelho. O grande professor Doutor Aristides Ribas de Andrade Filho ensina que: “A ética não é dizer a verdade, mas sim a maneira que se utiliza essa verdade”. As informações são utilizadas de forma deturpada devido a grande parte da população não ter a capacidade de dissernimento entre uma coisa e outra.

Isso é tão real no Brasil, que vai da simples conversa nas praças até as tribunas do governo, a falta de compromisso com o saber e com a verdade. Pessoas sem formação alguma ocupando cargos de destaque nas diferentes esferas de poder. O “achismo” tomando conta da vida dos brasileiros, as escolas se preocupando com números e com aprovação em massa. O sistema está falido, e o melhor termômetro é o aumento da violência e da desigualdade social.

“A prática consciente de uma pedagogia que na falta de palavras mais adequada eu chamaria de Pedagogia do Conflito, deveria criar uma certa linguagem na educação que leve o educador a reassumir o seu papel crítico dentro e diante da sociedade pela dúvida, pela suspeita, pela atenção, pela desobediência. (GADOTTI,Pg 59)

O Brasil passou pela ditadura militar investindo nos cursos tecnicos voltados para o mercado de trabalho e o crescimento economico do país. O governo Lula e Dilma estão repetindo esta politica educacional, com cursos de qualidade e gratuitos, lançando no mercado milhares de profissionais tecnicos a cada ano. Na esfera superior a Universidades estão investindo na educação a distancia, como uma metodologia avançada e preços convidativos. Existe ainda os chamados tecnológos que são cursos presenciais ou semi presencias com duração de dois anos e que tem valor no mercado de trabalho como ensino superior, dando ao cursista a opção de fazer  Pós Graduação, Mestrado e Doutorado. Além do Mestrado profissional que abre uma nova opção na formação.“Esse modelo seguramente salvaguarda a soberania nacional, mas de modo fraco, porque essa soberania é atravessada pelos interesses do capital que, na sua lógica, sempre busca primeiramente o seu e só depois considera o social.”(BOFF, Pg 65)

Todo este Market de educação de qualidade mascara uma realidade deprimente. As materias humanas estão se tornando secundárias. A educação de base desestruturada com sálarios vergonhosos e uma política educacional ultrapassada. Nunca se falou tanto em educação, mas na prática é bem diferente, a promoção direta dos alunos, a falta de compromisso das famílias e o auto nível de desinteresse são alguns dos problemas enfrentados em todo o território brasileiro.

As faculdades estão recebendo semi analfabetos, o nivvel dos cursos cada vez mais defazado, a mediocridade cada vez mais presente nos profissionais brasileiros. A arrogancia, os maus abtos comportamentais estão presentes em todos os seguimentos de nosso pais. A nossa realidade é deprimente, a familia não educa, a religião não catequiza, a sociedade não estrutura e a escola não da formação. É claro que existe exeções, mas o contexto geral estamos passando pelas trevas intelectuais, onde o culpado somos todos nós.“Para dar consistência ao projeto – Brasil, importa trabalhar sobre três eixos dialeticamente imbricados: a educação libertadora, a democracia integrada e o desenvolvimento social.” (BOFF, Pg 77)

Bibliografia

BOFF, Leonardo, Depois de 500 Anos Que Brasil Queremos? , Ed Vozes, 2000, Petrópolis, RJ;

HOLANDA, Sergio Buarque, Raízes do Brasil, Ed Companhia Das Letras, 1995, São Paulo, SP;

GADOTTI, Moacir, Educação e Poder Introdução à Pedagogia do Conflito, Ed Cortez, 1980, São Paulo, SP.