Escola: a bela e a fera no mesmo personagem Qualquer escola pode ser boa ou péssima. Tudo depende do ponto de vista a partir de onde estamos olhando e das condições ali presentes. Olhando imagens de escolas e ambientes escolares, na Internet, podemos visualizar imagens maravilhosas e outras retratando o caos na educação. Essa mesma situação pode ser observada em nossa escola. Em alguns aspectos estamos indo muito bem. Em outros estamos derrapando. Temos recursos infotecnovirtuais à nossa disposição, mas, por exemplo, temos dificuldade com a internet. Por isso podemos dizer que estamos à frente de algumas escolas, mas atrás de outras. Talvez a partir disso é que possamos entender o dito popular: “Nada é tão bom que não possa melhorar nem tão ruim que não possa piorar”. Essa melhoria ou não depende, em grande parte não dos recursos, mas dos agentes da ação. Existem escolas em regiões periféricas e nos “grotões” em que o nível de aprendizado é melhor do que em escolas centrais e vistas como “de elite”. Esse aprendizado, em muitos casos, não depende dos recursos infotecnovirtuais, mas dos agentes do processo. Os melhores recursos nas mãos de profissionais desinteressados fazem menos efeito do que a sucata para o profissional criativo. Por outro lado existem realidades ou situações que estão presentes em praticamente todas as escolas. Exemplo disso é a violência. Uma realidade que ultrapassa o ambiente escolar, mas que o perpassa, deixando suas marcas. A escola pode trabalhar essa problemática tentando minimizá-la, mas essa permanece sendo uma realidade que vai além do “poder” da escola, pois se trata de uma realidade estrutural. Neri de Paula Carneiro Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador Rolim de MOura - RO