O Debate em Rede Social: A Palavra: “Presidenta” e o Machismo; Acompanhando o Poema “Equinócio: Questões Semânticas”

 

            Preliminar sobre Possíveis Erros de Português (Ortografia): O nosso trabalho redacional é sempre pautado em obras de consulta já atualizadas pelo Acordo Ortográfico de 1990, visando evitar erros grosseiros; inclusive, obras editadas em Portugal, dentre elas, citamos as seguintes: a) ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL). [VOLP] Vocabulário ortográfico da língua portuguesa. 5. ed. (1ª Reimpressão, 2009) [Versão revista, corrigida e ampliada - 2010] São Paulo: Global, 2009. b) DEPARTAMENTO DE DICIONÁRIOS DA PORTO EDITORA (PORTUGAL). Dicionário da língua portuguesa: Acordo Ortográfico. Edição Revista e Atualizada. Porto: Porto Editora, 2009.

 

            Em relação ao debate, que está logo abaixo, foi mantida a ortografia original, para não descaracterizar o texto inicial; caso contrário, se perderia a sua identidade; inclusive, contextual: foram criados vocábulos inexistentes na Língua Portuguesa, visando a ilustração dos respectivos argumentos. A identidade do outro debatedor não foi revelada por questão ética. Nós o identificamos, apenas, pelo nome de “Internauta discordante”. 

 

            A expressão: "a presidente" é mais a questão de MACHISMO do que o critério linguístico-gramatical. Porque o vocábulo: "PRESIDENTA" existe, sim, na língua portuguesa. Está registrada no VOLP da ABL, na página 674, na quarta coluna de palavras; também, nos mais importantes dicionários editados no Brasil e em Portugal. Além do apoio bibliográfico citado, existe, ainda, a Lei nº 2749/1956 (não é decreto-lei) que versa sobre o assunto. Antes de nós nos manifestarmos, devemos pesquisar sobre o tema versado, para atuarmos com autoridade moral e intelectual, ou seja, com base filosófica. Sábio é todo aquele que busca, incessantemente, o conhecimento e a sabedoria; e, quanto mais aprende, mais descobre que não sabia QUASE nada .

Jonas Monteiro de Andrade A PRESIDENTA Dilma e o PRESIDENTE Lula são os mais honestos de todas as autoridades do País. Eu tenho certeza eterna, certeza inequívoca, certeza viva, certeza transparente, certeza fiel, certeza absoluta, certeza limpa, certeza moral, certeza jurídica, certeza filosófica, certeza antropológica, certeza anticorrupta, certeza infinita, certeza sociológica, certeza perfeita, certeza honesta, certeza verdadeira, certeza ética, certeza eficaz, certeza concreta, certeza real, certeza ideológica, certeza subjacente, certeza histórica, certeza biológica, certeza artística, certeza psicológica, certeza política, certeza humana, certeza linguística, certeza lógica, certeza numérica, certeza educativa, certeza probatória, certeza financeira, certeza universitária, certeza laboral, certeza governamental, certeza administrativa, certeza documental, certeza internacional, certeza pura, certeza poderosa, certeza publicitária, certeza pública, certeza religiosa, certeza ecológica, certeza imagética, certeza livresca, certeza fraterna e certeza processual da INOCÊNCIA do PRESIDENTE Lula e do GOLPE no Governo da PRESIDENTA Dilma.

Internauta discordante: Jonas Monteiro de Andrade, concordo plenamente com você quanto à inocência de Lula e Dilma nos casos sob investigação pela Lava-jato, contudo, discordo com a sua afirmação de que o termo presidenta seja correto. A razão para isso é que o substantivo "presidente" designa a pessoa que está encarregada de presidir algo, portanto, está estritamente ligado ao exercício dessa função. Quanto aos registros de ocorrência, inclusive em Portugal, limito-me a comentar que, estes, normalmente, não adentram ao debate sobre acerto ou erro do uso de determinado termo, chegando ao máximo, quando muito, a analisar eventuais afrontas à norma culta predominante na época de tal registro. Trago como exemplo dessa lógica a palavra "motorista" que é aplicada àquela pessoa que conduz um veículo de no mínimo 04 rodas (pois para motos e assemelhados utiliza-se o termo "piloto") sem distinção quanto ao sexo da pessoa que está a exercer a função de dirigir um veículo com essas características. Caso fossemos aplicar a lógica do sexo da pessoa poderíamos desejar que a forma "motoristo" se aplique aos homens e "motorista" apenas às mulheres, o que, a princípio não feriria de morte a norma culta vigente em nossos dias.

Jonas Monteiro de Andrade Internauta discordante: Lendo a sua explicação, chego a conclusão que sua formação acadêmica não é pelo Curso de Letras; percebo profundo MACHISMO; e, também, plena falta de pesquisa bibliográfica. Porque sua explicação não tem fundamento linguístico-gramatical: a ABL, através do VOLP, e os DICIONARISTAS, é que, são as autoridades competentes para determinar quais são as palavras da língua portuguesa (o léxico português). Você explica o vocábulo: PILOTO, e desconhece a existência do seu feminino: PILOTA, que existe, sim. Você cita a palavra: MOTORISTO, que não existe o seu registro em nem uma das obras bibliográficas mencionadas. O meu comentário, que você criticou, está fundamentado bibliográfica e juridicamente. Então, você teve PREGUIÇA MENTAL para não realizar a competente PESQUISA indispensável, a qual lhe levaria a não fazer uma crítica tão descabida. Siga o conselho que eu citei no meu texto. O seu comentário é repleto de, apenas, suposições ideológicas criadas pela sua imaginação. PESQUISE NOS DICIONÁRIOS TODAS AS ESPECÍFICAS PALAVRAS QUE ESTÃO NESTA "DEMANDA", AUMENTANDO O SEU CONHECIMENTO.

 

Internauta discordante: Jonas Monteiro de Andrade, o senhor é agressivo em seu comentário. Eu só posso atribuir tal atitude ao típico comportamento dos que não possuem sólidos argumentos. Primeiro: o senhor me chama de MACHISTA, porém, não dá a menor indicação de onde estaria o meu suposto "profundo machismo". Segundo: o senhor desconhece o sentido do termo "autoridade competente", primeiro, porque demonstra não entender o sentido do termo "autoridade" e, da mesma forma, do termo "competente". No meu entendimento, há iniciativas individual dos dicionaristas e institucional da ABL para realizar o levantamento das palavras ocorrentes no léxico português-brasileiro, iniciativa que pode ser perpetrada por qualquer pessoa ou entidade, como eu e o senhor, por exemplo. Terceiro: a referência ao vocábulo PILOTO que fiz foi para esclarecer sobre a denominação dada ao indivíduo (será que existe o vocábulo indivídua???) que dirige/conduz/pilota veículo de até três rodas (considerando que não se está a falar de pilotos de prova) e não quanto à variação do gênero em masculino e feminino. Quarto: Não "citei" a palavra "MOTORISTO", até mesmo porque, como o senhor muito bem disse, tal palavra não existe e, portanto, não poderia ser citada. O que fiz foi utilizar em relação a esta palavra a mesma lógica do que se tem visto em relação à palavras como "PRESIDENTA" e "PILOTA", ou seja, fiz uma comparação inversa, quer isto dizer, no caso da palavra motorista, que poderia ser entendida por designativa da pessoa do sexo feminino que exerce a função de conduzir um veículo (de 04 rodas ou mais) apenas por terminar com a vogal "a" mas que, contudo, é aplicável a ambos os sexos, porém, poderia perfeitamente receber a vogal "o" no final para designar apenas os condutores do sexo masculino caso esses passassem a sentir-se ofendidos e reclamassem tal mudança como medida de atenção a esse sentimento. Quinto: quanto aos fundamentos bibliográfico e jurídico de seu comentário, tenho a dizer quanto ao primeiro, que, com certeza, o senhor buscaria referências bibliográficas para apoiá-lo em seu ponto de vista (assim como qualquer um), portanto, tal fundamento não possui valia; quanto ao segundo (jurídico) digo-lhe que a existência de uma lei definindo como a denominação de um cargo público deve variar de gênero a depender do sexo da pessoa que o ocupe, é, no mínimo, mais uma das milhares de leis estúpidas e idiotas que existem nesse País. Ou o senhor já ouviu alguém mencionar o cargo de Superintendenta da Polícia Federal (já que estamos nesse tempo de estranha popularidade desta instituição)? Por fim, sugiro que o senhor tente pensar mais em termos linguísticos e menos em termos ideológicos ou demagógicos, porque, a grande verdade é que essas variações inexistentes (por pura falta de lógica) não sobrevivem ao tempo e não se firmarão na língua porque não são naturais, ou seja, não são fruto do falar da população, antes, decorrem da histeria de certos grupos que vêm fantasmas onde não existem e lutam por "mudanças" que no final não mudarão coisa alguma. Da mesma forma, sugiro que o senhor aprenda a lidar melhor com as discordâncias e tente travar debate sem agredir seu interlocutor. Por fim, sugiro que senhor busque tratamento, pois o senhor distorceu completamente o sentido de meu texto, isso demonstra que o senhor padece de dislexia. Até a próxima!

Jonas Monteiro de Andrade Internauta discordante O senhor possui argumentos surpreendentes e fantásticos para sustentar os fatos ERRADOS que para o senhor são considerados corretos. O seu profundo MACHISMO está comprovado no fato do senhor não aceitar a forma feminina de palavras, onde elas existem. Nós não somos perfeitos. Todos nós somos passíveis a erros. Eu entendo o senhor; eu já tive este tipo de comportamento; mas, mudei, porque fui corrigido por um aluno meu. Fui humilde, pesquisei e descobri que o meu aluno tinha razão. Agora, não sustento nenhum ponto de vista, sem pesquisar profundamente sobre o tema em questão. Devemos procurar o equilíbrio entre as nossas opiniões e as opiniões dos outros: o que existe de frágil e de sólido entre ambas as opiniões, ou seja, PESQUISAR. Eu já pesquisei exaustivamente que o feminino de PRESIDENTE é PRESIDENTA. Está registrada em todos os dicionários que eu pesquisei. Por fim, peço-lhe desculpas, pois a minha intenção não era ofender o senhor.

 

Internauta discordante: Caro Jonas Monteiro de Andrade, não fiquei ofendido, mas de todo modo, desculpas aceitas. Antes de tudo, gostaria de agradecer ao elogio que você fez quanto à qualidade dos meus argumentos. Obrigado. Com relação ao meu suposto "profundo machismo" por não aceitar as formas femininas de certas palavras, peço-lhe permissão para discordar. Na minha visão não se trata de machismo mas de defesa da naturalidade da língua, pois, está é um fenômeno sociológico e não ideológico. tomemos como exemplo o vocábulo PRESIDENTA: esta forma, acredito eu, e peço que corrija-me se estiver errado, se era existente (e talvez até fosse mesmo em Portugal) nem era considerada como existente aqui no Brasil, antes da eleição da Presidente Dilma Roussef. Apesar do grande avanço em elegermos pela primeira vez uma mulher para Presidente da República (e acredito sinceramente que ela só foi derrubada por ser mulher) o fato é que essa variação só surgiu em nosso contexto linguístico em decorrência do fato político, não da eleição de uma mulher mas, sim, de essa mulher eleita, fazer questão de afirmar essa forma feminina do substantivo. A prova de que a apresentação dessa variação decorreu da atuação política de Dilma Roussef em afirmá-la e não espontaneamente no seio da população é que, depois do impeachment, praticamente só os simpatizantes de Dilma ainda usam essa variante de gênero, ou seja, caso não surja outra mulher que empenhe-se tanto em afirmá-la novamente, num cenário de influência nacional, como, por exemplo os cargos de chefia dos Poderes da República (lembre-se que as duas mulheres que ocuparam a presidência do STF e a própria Senadora Gleisi Hoffmann que ocupa cargo desta estatura no PT, uma não se comportou (Ellen Greice) e as outras duas não se comportam assim e seguem sendo chamadas de Presidente), provavelmente essa variação do vocábulo desaparecerá. Quanto aos registros dos dicionários, não há efeito legitimador intrínseco pois são feitos por variadas razões, desde o mero registro da ocorrência até por razões políticas, não sendo raros os casos de exclusão de certos termos por desuso. No mais caro Jonas Monteiro de Andrade, agradeço o debate pois este é um tema que, apesar de não ter formação em Letras, muito me interessa. Um grande abraço e fique na Paz!!!

Jonas Monteiro de Andrade Internauta discordante Como o senhor me permitiu vou lhe corrigir. O dicionário Aurélio lançado pela editora Nova Fronteira em 1975 (em plena ditadura militar, como tão criticada, o termo MACHISMO para os militares, ainda seria pouco) traz o verbete da palavra PRESIDENTA, isto mesmo; ainda mais, EM SEPARADO; contendo as seguintes INFORMAÇÕES SEMÂNTICO-GRAMATICAIS: "Presidenta. [Fem. de presidente.] S. f. 1. Mulher que preside. 2. Mulher de um presidente." Verifique que não foi o contexto político que fez o DICIONARISTA incluir o verbete PRESIDENTA; neste tão conceituado dicionário. O seu comentário me ajudou muito. Porque a ideologia influencia, sim, e muito, o uso corrente de uma língua. O MACHISMO é uma ideologia, e daquelas que têm muita força. O pior MACHISMO é o das MULHERES. O mais vivo e eficaz exemplo de tudo isto, até aqui falado, é o uso forçado e machista da expressão: "a presidente"; em desfavor do termo mais correto (linguístico-gramaticalmente): PRESIDENTA. O senhor mesmo sabe (e disse) que a PRESIDENTA Dilma foi deposta por ser MULHER. Acredito que pelo contexto linguístico-histórico do uso do termo PRESIDENTA, este nunca mais vai deixar de existir na língua portuguesa; é o mais grave, ainda, passará (ou melhor) já está no USO CORRENTE DO NOSSO IDIOMA. Pois o vocábulo PRESIDENTA já existia há mais de 50 (cinquenta) anos na língua portuguesa do BRASIL. Também, passou a ser usado, como o senhor disse, recentemente. Ainda, com uma MULHER eleita, legitimamente, pela vontade popular, para a Presidência da República. Acredito que MULHERES (não MACHISTAS) continuarão sendo eleitas para este cargo. Neste contexto linguístico, ideológico e histórico, a palavra PRESIDENTA, a partir de então, NUNCA mais deixará, não só, a língua portuguesa; como, também, O USO CORRENTE DO NOSSO IDIOMA. Muito obrigado! Aprendi demais com o senhor!

Internauta discordante: Caro Jonas Monteiro de Andrade, bom, na verdade, eu até já sabia da existência prévia do vocábulo PRESIDENTA, apesar de acreditar que este foi praticamente ressuscitado por Dilma. Devo admitir que costumo pensar que certas variações de gênero de alguns substantivos me parecem um pouco como "forçação de barra", como o exemplo da palavra PILOTA que tanto falamos. Meu maior problema com esse tipo de vocábulo é quanto à eventual confusão com a forma verbal na terceira pessoa do singular no presente do indicativo, como nas seguintes frases: O piloto Fulano de Tal pilota com muita prudência e A pilota fulana de Tal pilota com muita impulsividade. Veja que a segunda frase com a variação de gênero parece apresentar algum vício ... (veja que isso não ocorre com o vocábulo PRESIDENTA). Como o senhor disse, e acredito, este termo na forma feminina (PILOTA) deve existir no nosso léxico, porém, talvez, acredito, esse tipo de problema pode explicar porque é tão desconhecido pelas pessoas (inclusive por mim, confesso). De todo modo, vou procurar rever meu conceito de machismo (profundo ou não), principalmente, mas não somente, no aspecto linguístico. Obrigado senhor Jonas Monteiro de Andrade, agradeço a "conversa" que tivemos. Também aprendi muito com o senhor e fico feliz que diga que também aprendeu comigo. Abraço!  

 

Equinócio: Questões Semânticas

 

Estações: romantismo provocado!

Originadas, translação (movimentado)

Sol, deslocamento aparente;

Luz igualmente incidente.

 

Noite, dia surgido!

Rotação terrestre (“perpendiculado”).

Localizações momentâneas vindouras,

Exatas doze horas.

 

Equador, fenômeno persiste.

Outono, hemisfério norte;

Sul, setembro, primavera.

 

Língua latina identificadora;

Significado: noite igual.

Equinócio, quase sobrenatural.

 

Microvocabulário Literário Exclusivo deste Poema

  Soneto com Poesia Geocientífica

 

Estrofe: conjunto de versos.

Poema: texto formado por versos e estrofes.

Poesia: conteúdo textual que provoca os sentimentos, as emoções ou a sensibilidade do leitor.

Quarteto: estrofe composta por quatro versos.

Questões semânticas: conjunto de significados ou de ideias que uma palavra pode expressar, dependendo de seu uso na frase ou no texto.

Soneto: composição poética formada por dois quartetos e por dois tercetos.

Terceto: estrofe constituída por três versos.

Verso: cada linha do poema.

 

 

            Nós produzimos este poema (soneto) para “homenagear” uma das mais importantes atrações turísticas, da cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá, o Monumento Marco Zero do Equador.

            Através deste monumento, é possível que turistas apreciem o fenômeno natural e geográfico chamado de Equinócio. Este ocorre duas vezes no ano; por isso, temos o Equinócio das Águas (março) e o Equinócio da Primavera (setembro). O Equinócio indica que houve mudança das estações do ano entre o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul. Na cidade de Macapá, no Brasil, é possível, a visualização deste fenômeno; porque é a única cidade brasileira cortada pela Linha Imaginária do Equador.

            O Equinócio caracteriza-se pela incidência exata da luz solar no círculo superior do Monumento Marco Zero do Equador (obelisco); fazendo a projeção da sombra, no horário determinado, refletir em cima da Linha do Equador. Há interesse, também, pelo Equinócio, de pessoas que gostam da Astronomia.