EPISTAXIS: UM GUIA DE REFERÊNCIA PARA URGÊNCIAS

Autores:

Kiangebeni Ndombasi "Manuel" ¹

Palmira Essenge Kuatoko²

Silvina Ndossa Manuel³ 

RESUMO

Este artigo tem como objectivo fornecer aos profissionais de urgências um guia de referência que contribua para o diagnóstico e tratamento adequado de pacientes com sangramentos nas fossas nasais e cavidades associadas (Epistaxis). Portanto, foi realizado um método bibliográfico, analisar e fazer um balanço das principais informações da bibliografia consultada, tais como livros, dicionários e artigos científicos sobre o tema em estudo, bem como os confrontos das ideias. Alcançar o objectivo de melhorar a qualidade na prática clínica requer, inevitavelmente, disponibilizar aos profissionais as ferramentas apropriadas que facilitem o desempenho de suas funções e como tomar as decisões. Entre ditas ferramentas se encontra o Guia de Referência para urgências, que visa melhorar a eficácia, a eficiência e a segurança das decisões clínicas, contribuindo, além disso, para reduzir a variabilidade injustificada na prática clínica.

O guia de referência é um conjunto de "recomendações desenvolvidas de forma sistemática para ajudar profissionais e pacientes a tomar decisões sobre os cuidados de saúde mais apropriados e seleccionar as opções diagnósticas ou terapêuticas mais apropriadas para lidar com um problema de saúde ou condição clínica específica ".

Além disso, o guia de referência tem o potencial de reduzir a variabilidade e melhorar a prática clínica.

Trata-se de um acidente banal e inócuo, mas muitas vezes será uma epistaxis que destaca algum outro processo mais sério que pode até mesmo colocar em risco a vida do paciente se não for tratado prontamente e rapidamente de forma Eficaz. É denominada epistaxis todos os fenómenos hemorrágicos originados nas vias nasais, podendo ocorrer tanto em crianças quanto em adultos, com maior incidência entre 10 e 13 anos, e na população acima de 50 anos. A epistaxis continua sendo uma das urgências mais frequentes no campo da otorrinolaringologia e a que mais causa alarme em pacientes, familiares e nas salas de urgências.

Palavras-chave: Epistaxis, Guia, Referência e Urgências.

INTRODUÇÃO

A epistaxis é um sinal clínico extremamente frequente e uma preocupação constante para o médico nos serviços de urgências, com alta incidência e grande impacto social, mas a grande maioria dos episódios é autolimitada. A importância é decorrente de sua frequência e potencial gravidade, pois pode levar a alterações hemodinâmicas, que demandam até hospitalização. Daí a necessidade de conhecer a irrigação nasal e os diferentes métodos para inibir todos os tipos de sangramento. Também é importante tentar encontrar a causa que a produz para garantir um tratamento eficaz.

A característica principal da vascularização nasal é a presença de anastomose entre os sistemas carótidas internas e externas que determinam a correlação clínica e anatómico que devem ser considerados no diagnóstico e tratamento da epistaxis.

CONTEÚDO DO GUIA REFERENCIAL ESCRITO.

Este guia contém uma descrição dos passos a seguir para realizar um estudo de análise e melhoria da Assistência de Médicos nas urgências de pacientes com epistaxis.

1. Você conhece a definição da epistaxis?

Epistaxis é um quadro otorrinolaringológico conhecido desde a antiguidade. O termo epistaxis limitado a hemorragias nasais foi introduzido pelo inglês Cullen em 1785 e pelo francês Pinel em 1818, depois generalizado na linguagem médica. A palavra epistaxis vem do grego e significa fluir gota a gota. É definido como a saída de sangue para o exterior por via anterior ou posterior, de origem endonasal, retro nasal ou extra-nasal, causada pela ruptura dos elementos.

2. Você conhece a epidemiologia da epistaxis?

A verdadeira incidência da epistaxis é desconhecida porque muitos episódios são autolimitados e de etiologia diversa. Se dispõe de escassa informação relacionada com esta entidade em infantes. [...]