7ª Edição de Festival de Talentos da Universidade de Mogi das Cruzes lota o Teatro Manoel Bezerra na última segunda (21) e tem tema de abertura inspirado no filme “O Rei do Show"

Evento desenvolvido pelo professor Hércules Moreira contou com diversas atrações, mas a abertura foi com toda certeza um dos pontos altos do evento.

 

No último dia 21, a Universidade de Mogi das Cruzes recebeu a 7ª edição do “Festival de Talentos" ou somente FDT, fundado em 2012 pelo professor Hércules Moreira. A atração que deixou alguns convidados de pé no teatro Manoel Bezerra (Bezerrão), reuniu mais uma vez um time de alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda para a confecção dos cenários, além de toda a pré-produção e cobertura do evento que contou com uma transmissão em tempo real nas páginas das redes sociais do próprio festival.

Houve diversas atrações boas no palco do Bezerrão, apresentações de dança de rua, a participação da Drag Aquamarine, consultoria de imagem, a apresentação do clássico “Hallelujah" na voz de Lucas Cavalcanti e etc. Um dos pontos altos do evento foi logo no começo, a abertura.

Inspirada no grande filme recém-lançado “O Rei do Show", a abertura contou com uma pegada mais de interpretação, foram quatro músicas selecionadas e performadas por vários alunos dos cursos de Comunicação Social, entrevistamos um deles, Ian Pietro de Andrade e ao ser perguntado se abertura tinha o agradado ele nos confidenciou o seguinte: “... Em comparação ao que estava planejado, eu achei que poderia ter sido mais, entende? E infelizmente a abertura não foi tudo aquilo que ela poderia ser…”. Ao contrário de Ian, a plateia toda ficou efervescida com a apresentação da abertura, podem-se ouvir vários comentários do tipo: “Nossa, a melhor abertura de todas as edições”, “Bem melhor do que a do ano passado” e “A abertura foi maravilhosa, nunca vi algo parecido”, perguntamos para Gabriel Alencar dos Santos, estudante de psicologia da umc, que estava presente na plateia, o que ele tinha achado da abertura e Gabriel nos respondeu assim: “Meu Deus, a abertura foi sensacional, fiquei arrepiado, foi ótima. Espero que as atrações seguintes sejam tão boas quanto”.

Entrevista completa com Ian Pietro:

Por qual(s) motivo(s) você decidiu fazer a audição para a abertura do Festival de Talentos?

No Festival do ano passado eu já tinha participado do teste para a abertura, infelizmente não obtive resultado positivo, contudo, não desisti deste sonho. Tenho vontade de participar de tudo que for possível em relação ao curso de Comunicação, então falei com uns amigos veteranos na produção do evento e eles disseram que iriam me ajudar a entrar para a abertura.

Apesar do empurrãozinho, fiz a audição como todos os outros que pretendiam participar e é claro que se eu fosse tão ruim assim, eles não me aprovariam.

Como foi a audição?

A audição foi bem dinâmica, envolveu um pouco de tudo do campo da Arte, dança, atuação, cantoria e é claro alguns micos e vergonhas alheias (risos).  Eu gostei bastante, foi bem maneira.

Qual foi a sua reação ao descobrir que tinha passado no teste?

Eu fiquei muito feliz quando soube do resultado da audição, logo de cara pensei: “Opa! Eles não me deixaram no vácuo desta vez”. Pois na primeira, eles não me deram nem resposta, acho que isso contribuiu também na minha persistência em participar da audição. Retomando a primeira pergunta, o motivo pelo qual eu decidi fazer a audição novamente é basicamente superação (risos).

Como foram os ensaios?

Os ensaios estavam indo muito bem. A dificuldade era o curto prazo de tempo que tínhamos para criar e ensaiar as coreografias. Nós tínhamos que fazer quatro danças em dois meses, então a gente começou com “This is Me” e depois passamos para “The Greatest Show”, essa foi a que realmente todos da abertura participaram. As outras duas poucas pessoas fizeram, uma foi mais interpretação e a outra foi coreografada com um pouco mais de pressa, com isso resolvemos não utilizar a todos.

Então, os ensaios estavam sendo muito divertidos, os passos estavam bem simples, porque a maioria das pessoas não manjava, não tinham histórico de dança, dança mesmo, sabe? Tinha gente que manjava e outras não, então tinha que ser equilibrado, foi bem legal, desenvolvemos bem até.

Aconteceu um acidente com você no ensaio né? Como foi?

Sim, ocorreu em um ensaio da primeira semana. Nós estávamos dançando “This is Me” e eu estava fazendo um passo super simples, mas sedentário que eu era, aconteceu o deslocamento do meu joelho para a direita. Eu estava dançando e fui girar, não foi exatamente um giro, foi um meio giro e eu deixei a perna reta, nisso o joelho saiu do lugar... Doeu muito, muito mesmo. Um dos meus colegas achou que fosse câimbra e puxou minha perna, graças a Deus, porque aí meu joelho voltou para o lugar.

Foi uma correria, né, porque deslocar o joelho dói muito, então logo em seguida já chamaram o pessoal, tanto é que eu iria para o hospital de samu, porém, com a demora, acabei pegando carona com uma amiga que tinha carro.

Quando você estava no hospital, chegou a pensar que não iria mais participar do Festival? Como se sentiu?

No hospital, o clima ficou bastante pesado, porque conforme doía muito e eu não conseguia firmar o pé no chão, realmente achei que eu não fosse dançar e tudo mais.

Com tudo isso, eu fiquei desmotivado, falei comigo mesmo que não iria mais fazer parte da abertura, até mesmo pelo trauma, falei não, não vou mais voltar, vou ficar na produção. Mas o pessoal, insistiu, falou que eu conseguiria e que não era para eu desistir.

Como foram os ensaios para você após a recuperação?

Eu me recuperei totalmente uma semana antes do FDT, então, ensaiei com dor, sem dor, mas usando sempre a joelheira para dar firmeza ao joelho e fazendo os alongamentos com cuidado, para que a lesão não piorasse e eu pudesse participar da abertura tranquilamente.

A respeito da recuperação, você achou fácil ou difícil?

Eu achei a recuperação moderada digamos assim, ela teve seus pontos altos e baixos, era complicado porque eu não conseguia pisar firme no chão, no começo era difícil para andar, para tudo na verdade, a minha perna estava muito sensível. Mas uma ou duas semanas depois, comecei a ensaiar alguns passos, fui voltando aos poucos, com o tempo, mas foi bem difícil até uma semana antecedendo o evento.

Como foi manter o suspense sobre a abertura para seus colegas?

Manter o suspense não foi uma coisa muito difícil, porque na verdade, a ideia de “O Rei do Show” já estava muito aberta para todos, as pessoas só não sabiam muito o que iria acontecer. Claro que minha vontade era sair gritando para todo mundo o que era, mas conforme podíamos falar algumas coisas, foi bem suave até, achei bem divertido.

A ideia de relacionar a abertura com “O Rei do Show”, foi coletiva ou surgiu de alguém específico?

A ideia de relacionar a abertura com “O Rei do Show” surgiu do Professor Hércules, ele e o pessoal antigo do FDT foram ao cinema assistir “O Rei do Show”, lembrando que cada um pagou o seu próprio ingresso. Quando acabou o filme, ele falou: “Olha, eu quero que a abertura seja parecida com isso”.

Foi muito incrível essa sacada que ele teve, porque é um musical, então você tem a questão da interpretação sem ser aquela coisa mais pesada e, partindo do Hércules, nós só abraçamos e fomos com tudo.

Sem ser parcial, o que você achou da abertura, atendeu suas expectativas?

Olha, em comparação ao que estava planejado, eu achei que poderia ter sido mais, entende? E infelizmente a abertura não foi tudo aquilo que ela poderia ser, mas em contra partida, o resultado foi satisfatório levando em consideração os dois meses que tivemos para nos preparar e também toda a questão da dificuldade das coreografias.

Você gostou da escolha das músicas utilizadas na abertura?

As músicas foram muito bem selecionadas, usamos “Million Dreams”, “Come Alive”, “This is Me”, “The Greatest Show” e ficou excelente. Ótimas escolhas de músicas, sinceramente.

Você também deu uma palhinha como apresentador do Show, qual foi a sensação, ficou nervoso?

Quando estamos apresentando um programa de variedades é normal ficar nervoso, ao subir no palco a coisa toda acontece naturalmente, mas sim, eu fiquei muito nervoso no backstage, porque ocorreu troca na ordem de apresentadores, problemas com o microfone, com o telão, então estávamos todos muito nervosos e eu ainda por cima não havia participado das marcações de palco... Resumo da ópera: meu coração estava a mil, eu tinha acabado de sair da abertura e já ia logo em seguida apresentar, mas valeu a pena, porque foi muito bom apresentar o Lucas, foi uma coisa surreal, realmente eu não esperava que a atração fosse tão boa, a plateia toda interagiu, foi sensacional!

E a sensação de estar naquele palco como apresentador, como “O Rei do Show”, coordenando tudo por alguns minutinhos, é inexplicável, foi incrível.

Você pretende trabalhar no evento na próxima edição?

Pretendo continuar sim no Festival de talentos, foi uma experiência maravilhosa, eu adorei!

Mas você gostaria de experimentar novas áreas ou permanecer na abertura e seguir como apresentador?

Em partes, eu gostaria de continuar na abertura e provavelmente continuarei, mas é claro, se o Hercules me der a oportunidade, com certeza eu quero apresentar novamente, experimentar a produção, mas uma área que eu tenho muita vontade de integrar é a equipe de fotografia do evento.

Muito obrigada pela entrevista Ian, foi um prazer saber um pouco mais sobre a sua participação no Festival.

Imagina, eu que agradeço. Alias o prazer foi todo meu, não só de conceder essa entrevista para vocês, mas também de ter participado desse maravilhoso evento que é o Festival de Talentos.