ENSAIOS E RELATOS DE UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EAD


Flávio Rodrigues Andrade
Mestre em História Ibérica pela UNIFAL
Campus Alfenas - MG

 


RESUMO


Este trabalho é fruto da junção entre teoria e prática devido à maravilhosa oportunidade de realizar um curso de pós-graduação sediado pela Universidade Aberta do Brasil - UAB no polo de Franca-SP através da Universidade Federal Fluminense e do Laboratório de Tecnologias de Ensino - LANTE. O curso de Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância - PIGEAD foi baseado na pedagogia construtivista de Jean Piaget, as estratégias pedagógicas utilizadas pelos tutores no decorrer dos aproximados dois anos e meio de curso foram na maioria das vezes estimulantes e bem sucedidas. Durante todo o curso contamos com o auxílio dos tutores que nos davam um ótimo suporte pedagógico, tanto os tutores virtuais como a tutora presencial cumpriram bem os seus papeis. Além de contarmos com a Tecnologia da Informação e Comunicação - TC’s Tivemos muita liberdade na utilização de diversas interfaces, como: utilização de vídeos, músicas, imagens, textos e hipertextos. As atividades eram realizadas através de participação nos Fóruns e das postagens de tarefas (avaliações) digitalizadas pelos alunos e postadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA. O mais interessante e instigante era a liberdade de criação que nos era oferecida durante todo o curso, isso realmente nos incentivou muito, foi uma experiência singular, onde a liberdade de criar e de comunicar, se equiparava ao uso da tecnológica.
Palavras chave: Teoria. Prática. Pedagogia Construtivista.


ABSTRACT


This work is the result of the junction between theory and practice due to the wonderful opportunity to undertake a postgraduate course hosted by the Open University of Brazil - UAB in the center of Franca-SP through the Fluminense Federal University and the Teaching Technologies Laboratory - LANTE . The Distance Education Planning, Implementation and Management course - PIGEAD was based on the constructivist pedagogy of Jean Piaget, the pedagogical strategies used by tutors over the approximate two and a half years of the course were most of the times stimulating and successful. Throughout the course we had the help of tutors who gave us great pedagogical support, both virtual tutors and the on-site tutor fulfilled their roles well. In addition to relying on Information and Communication Technology - TC's We had a lot of freedom in using various interfaces, such as: using videos, music, images, texts and hypertexts. The activities were carried out through participation in the Forums and task postings (assessments) digitized by students and posted on the Virtual Learning Environment - AVA. The most interesting and exciting was the freedom of creation that was offered to us throughout the course, this really encouraged us a lot, it was a unique experience, where the freedom to create and communicate was equal to the use of technology.
Keywords: Theory. Practice. Constructivist Pedagogy.


1. INTRODUÇÃO


A maior parte deste trabalho é composta pelas próprias atividades que foram elaboradas durante o curso de pós-graduação em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância – PIGEAD realizado pelo próprio autor. O curso com carga horária de quatrocentos e vinte horas foi realizado com apenas três momentos presenciais contando com a defesa do trabalho de conclusão de curso – TFC.
Apesar de que, os encontros presenciais ter sido esporádicos eles não fizeram muita falta devido ao uso da ferramenta de aprendizagem; Fórum. O uso desta ferramenta ocorreu de forma bem planejada, com responsabilidade, foco e compromisso. Por isso a sua eficiência durante todo o período do curso foi impressionante e extremamente positiva.
Houve vários momentos de diversificação de atividades, elas eram realizadas individualmente ou em grupo dependendo da ocasião, todas as atividades tinham que estar em coerência com sua proposta, ou seja; obedecendo ao seu enunciado. No final de cada avaliação o tutor ou tutora enviava seu feedback que ao mesmo tempo em que ponderava as falhas do trabalho, apontava os acertos e fazia os comentários que motivavam muito o aluno.
Um fator que é muito motivador em um curso de EaD é a liberdade que o aluno tem para desenvolver sua autonomia e isso nos foi concedido desde o início do curso. Na utilização dos recursos tecnológicos éramos bem assessorados pelos tutores e pelos tutoriais que explicavam passo a passo como desenvolver nossos trabalhos.
Houve um cuidado para que o uso das tecnologias fosse compatível como os conhecimentos tecnológicos dos alunos, nada exagerado que exigisse um conhecimento de informática a nível superior, por exemplo. Isso foi fundamental para nosso desempenho durante o curso, pois dessa forma a execução das atividades usualmente denominadas de tarefas pelos tutores, seguisse seu fluxo sem entraves e com coerência.
Os tutores procuravam da melhor forma possível se comunicarem com os alunos, isso envolvia objetividade e clareza na escrita, já que não houve comunicação por vídeo-aulas dos próprios tutores ou de professores conteudistas. Mas, os fóruns foram suficientes para estabelecer uma boa comunicação entre tutores e alunos.
Havia o fórum de notícias, o fórum: fale com seu tutor, que era a comunicação direta com ele, havia o fórum Café Virtual que era um ambiente onde alunos e tutores poderiam se comunicar livremente tratando de diversos temas e compartilharem conhecimentos. O fórum temático que era pontuado, na maioria das vezes com o mesmo peso das tarefas, por isso a participação nele era maior.
A plataforma virtual utilizada para ministrar o PIGEAD foi à plataforma Moodle, o Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA era; bem organizado e prático, isso favorecia para que o aluno o operasse sem maiores dificuldades. Na disciplina de Sistema de Tutoria em Cursos a Distância tivemos a oportunidade de atuarmos como tutores mediadores na prática, em um fórum temático, onde tivemos uma experiência muito positiva.

2. 1 OBJETIVO GERAL


Analisar a utilização da pedagogia construtivista na EaD verificando se realmente esta linha pedagógica contribui significativamente para o processo de ensino-aprendizagem.


2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

  •  Analisar a importância do trabalho de tutoria.
  • Explicitar a importância da utilização da ferramenta - fórum nos cursos de EaD.
  • Demonstrar a importância de estimular a autonomia do aluno.


3. METODOLOGIA


Assim como ocorreu no curso de pós-graduação em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância – PIGEAD baseado na linha construtivista. A antologia de artigos científicos utilizadas na composição desta obra também foi de viés construtivista.
A presente pesquisa se baseia através de uma metodologia analítica, qualitativa e investigativa procurando elucidar pontos importantes que podem contribuir significativamente para uma educação de qualidade. É importante destacar que; a parte empírica ajuda muito a orientar este trabalho. Construímos um bom relacionamento ao decorrer do processo de ensino-aprendizagem entre nós cursistas, nos encontros presenciais e principalmente nos Fóruns presentes no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e também com os Tutores.
Os ambientes virtuais de aprendizagem “são cenários que envolvem interfaces instrucionais para a interação de aprendizes. Incluem ferramentas para atuação autônoma e automonitorada, oferecendo recursos para aprendizagem coletiva e individual” [...]. (ARBEX; BITTENCOURT; 2007, p.2).
Conseguimos nos comunicar muito bem estabelecendo o diálogo e reflexões constituindo parcerias colaborativas, isso foi um ponto crucial no curso, conversamos não só através da plataforma do curso, mas também pelas redes sociais sendo elas: o Facebook e Whatsapp. Todo esse processo de comunicação e interação contribuiu muito para a construção coletiva e individual do conhecimento e isso obviamente reflete nesta pesquisa de forma muito positiva pelo motivo de vivenciarmos o resultado da junção entre teoria e prática, esses fatores atribuem maior a credibilidade a pesquisa.

4. DESENVOLVIMENTO


Atualmente temos o privilégio de escolher a forma de educação que nos convém. Logicamente a Educação a Distância não pode ser para uma pessoa indisciplinada, descompromissada ou uma pessoa que estuda bem em um curso presencial e mal em um curso a distância.
Por isso só devemos optar por um curso a distância se realmente percebemos que temos vontade de aprender suficiente e disciplina para isso. Eficiente sem dúvida o ensino a distância é, o tempo e os resultados já comprovaram isso. O que vai ser determinante para o sucesso ou fracasso do aluno vai ser o seu empenho no curso escolhido, isto é; o seu sucesso será do tamanho do seu empenho.


4.1 A Educação a Distância e a Vontade de Aprender


Obviamente devemos considerar que a Educação a Distância hoje oferece inúmeros recursos tecnológicos que além de prazerosos facilitam a aprendizagem, mas tem também suas limitações dependendo dos casos. Não se pode aplicar a Educação a Distância em pessoas muito jovens, por exemplo, pois ainda não tem maturidade suficiente para realizar um curso que não seja presencial.
Vejamos os motivos que contribuíram para a escolha do curso em PIGEAD:
Motivações externas; 1ª pelo fato de o curso ser na área da educação que no caso complementa minha graduação que é de Bacharel, e Licenciatura em História, 2ª a habilitação para atuação profissional no ensino superior, 3ª devido à qualidade do ensino ser ótima e pelo fato de que a reputação da Universidade Federal Fluminense provavelmente poder abrir portas durante minha carreira profissional e acadêmica.
Motivações internas; 1ª tem haver com a realização pessoal e profissional (autorealização e autoestima), 2ª valorizar a educação e ser valorizado por ela no plano do desenvolvimento intelectual tendo o privilégio de estar em constante aprendizado e fazer parte do aprendizado dos outros, o status social e a questão econômica é consequência, o ambiente escolar é diferenciado de todos os demais ambientes de convívio social onde dialogamos, aprendemos, interagimos e trocamos experiências produzindo conhecimento e nos preparando para a vida em todos os sentidos, adquirimos não só conhecimento, mas também sabedoria.


4.2 Autonomia do aluno e criatividade na EaD


Ser aluno de um curso a distância atualmente, já de início significa romper as barreiras do ensino tradicional em que as atenções estão voltadas ao professor. O aluno passa a ser o sujeito de seu próprio aprendizado ganhando mais autonomia na construção de seu conhecimento isto é; o aluno não só é o agente da construção de seu conhecimento, mas também o produtor dele, isso ocorre com auxílio de um mediador (o Tutor).
Estudos realizados têm demonstrado a necessidade de ser desenvolvida uma prática pedagógica que não privilegie apenas a aquisição de conteúdos curriculares, como tem acontecido na maioria das instituições de ensino. No dizer de Galeffi (2001, p. 23) “precisa potencializar a educação humana do sujeito social autônomo e inventivo”. (SILVA, 2004, s/p.). É obvio que a Educação a Distância (EaD) instrumentaliza o aluno para que haja a quebra de paradigmas tradicionais referentes ao ensino tradicional Brasileiro. Os avanços da tecnologia midiática contribuíram muito para isso no sentido de amplitude das formas de se obter informações, de trocar experiências, dialogar e produzir conhecimentos possibilitando uma construção do saber em ritmo acelerado e amplo com ajuda de profissionais especializados da educação.
A Educação na modalidade a distância mais do que nunca, é impulsionada pelo desenvolvimento destas tecnologias, e pelo anseio dos estudantes de associarem conhecimento ao desenvolvimento tecnológico (ALMEIDA, 2000. Nesse contexto, a modalidade a distância tem ganhado destaque, principalmente por incorporar os avanços proporcionados pelas TIC’s, bem como por deslocar a figura do professor na educação tradicional de mero detector do saber para mediador da aprendizagem. (SOARES; MASSENSINI, 2011, p. 1). Mas isso não quer dizer que no ensino presencial não se possa fazer uso das tecnologias e utilizar se de inovações metodológicas também, isso dependerá muito do Docente e de suas propostas pedagógicas. “O Termo Educação a Distância nos condiciona a ideia imediata de ausência do professor e aluno em um ambiente convencional denominado sala de aula”. (SILVA, 2004, s/p.). Porém é preciso ressaltar que de nada adiantará ser um aluno da Educação a Distância se o aluno não for disciplinado, interessado, comprometido, tiver acesso à internet e a um bom computador que facilite seus estudos, além das mudanças pedagógicas e abordagens metodológicas que rompam com a forma tradicional de ensino. Ou seja; evitar a transposição do ensino tradicional para o ensino a distância.


4.3 Aprendendo a ensinar


Inatismo: esta teoria já é antiga, desde a antiguidade na Grécia, Platão (427-347 a.C.) já afirmava que conhecer era recordar, e segundo ele; a pessoa já nascia portadora de certos conhecimentos hereditários. Platão acreditava que a alma antecedia o corpo anteriormente a encarnação e que, os conceitos, conhecimentos e habilidades eram transmitidos hereditariamente.
Há um rejeição da informação sensorial (por ser limitada e sujeita ao “engano”) e um privilegiamento da razão (por ser precisa e rigorosa) como caminho para se chegar ao conhecimento. Pois, o homem ao nascer traria consigo, um determinado "pacote de conhecimentos" (herança gentética ou "dádiva divina") que poderá ser aberto e atualizado se lhe forem oferecidas as condições apropriadas. (PRETI, s/d, p.3).
No inatismo o aluno já é propenso ao aprendizado o foco central está sobre ele e a responsabilidade de aprender também. O exercício do aprender aperfeiçoa o aluno em seus conhecimentos, conceitos, habilidades etc.
Porém, é preciso ressaltar que o aluno que tem dificuldade de aprendizado, ou aprende em ritmo mais lento pode ser prejudicado em seu aprendizado, acaso o professor adote a teoria Inatista pura em sua metodologia de ensino. Esse aluno corre o risco de ser deixado de lado pelo professor não absorvendo os conhecimentos que seus colegas de classe “inatistas” absorveram. “A instituição, a escola ou o professor têm como função criar condições para despertar e apoiar o que o aluno já tem dentro dele”. (PRETI, s/d, p.3).
Vamos falar um pouco sobre empirismo, as ideias de Aristóteles (384 – 322) se oporam as de Platão, para Aristóteles as pessoas nasciam com capacidade para aprender e não com conhecimentos prévios desde o nascimento. O aprendizado se dava pelos sentidos de fora para dentro, ou seja; do externo para o interno através das experiências apreendidas. […] “corrente favorável a um ensino pela imitação – na escola, as atividades propostas são as que facilitam a memorização, como a repetição e a cópia”. (SANTOMAURO, 2010, p.1).
O empirismo puro como metodologia de ensino é complicado, pois defende ideias inadequadas para obter-se uma boa aprendizagem. O conhecimento começa após a experiência sensível, razão e a verdade são adquiridas pela experiência, o sujeito é passivo na produção do conhecimento.
“Nos séculos 16 e 17, em plena Idade Moderna, essa perspectiva ganha força com filósofos como Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679) e John Locke (1632 - 1704)”. (SANTOMAURO, 2010, p.1). No empirismo a mente dos seres humanos é percebida como uma tábua rasa, por exemplo: o sujeito quando criança recém-nascida possui uma mente vazia e com o acúmulo de experiências ao decorrer da vida vai sendo preenchida, é como um pluviômetro enchendo com a água das chuvas, só que de forma bem mais lenta.
Porém, o empirismo possui partes boas como as de experimentos que vão se aperfeiçoando, como foi o caso da informática, do carro, do avião entre muitas outras invenções, que foram criadas e aperfeiçoadas ao passar do tempo, proporcionando os avanços tecnológicos que temos hoje.
Vamos conhecer agora uma corrente de pensamento muito cogitada nos séculos XX - XXI. A teoria construtivista.
De acordo com essa linha, o sujeito tem potencialidades e características próprias, mas, se o meio não favorece esse desenvolvimento (fornecendo objetos, abrindo espaços e organizando ações), elas não se concretizam. (SANTOMAURO, 2010, p.1).
Jean Piaget (1896 - 1980) criou a nomenclatura construtivismo comparando à aprendizagem a construção de uma casa e as condições materiais somadas às ações das pessoas para realizá-la. “Embora seus estudos não tenham sido feitos para aplicação em sala de aula - por isso, é um equívoco falar em método construtivista de ensino”. […] (SANTOMAURO, 2010, p.1).
No construtivismo o professor é atuante em tomar decisões, realizar diagnósticos de aprendizagem e propiciar as ferramentas adequadas para cada tipo de aluno desenvolver da melhor forma possível suas habilidades e competências, o professor cria situações de aprendizagem, aprende e ensina. O construtivismo é uma forma interessante que pode ser utilizada no processo de ensino aprendizagem, apesar de não ser criado com finalidade pedagógica em ambiente escolar.


4.4 AVA, tutoria e avaliação


Na modalidade de Ensino a Distância – EaD o Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA é de fundamental importância para a interação entre tutores e alunos. Obviamente o AVA precisa ser instrumentalizado de acordo com a proposta pedagógica e o que se pretende alcançar e o Tutor é um importante colaborador nesse processo.
O processo educacional vem tomando diferentes formas em seu modo de disseminar o conhecimento. As formas tradicionais de educação, cada vez mais vão sendo substituídas em função das novas tecnologias, onde se apresenta a relação aluno-professor no processo de aprendizagem como um novo paradigma educacional. (ARBEX; BITTENCOURT, 2007, p. 1).
O Tutor é o responsável por mediar e orientar guiando os alunos na busca pelo conhecimento e por um aprendizado de qualidade. Ao mesmo tempo em que se busca uma eficiência na aprendizagem, cabe ao tutor entre suas múltiplas responsabilidades, suavizar as jornadas de estudo dos alunos, até por que, estudar é trabalhoso, mas isso não quer dizer que não se tem momentos agradáveis e prazerosos durante a aprendizagem.
O uso das interfaces é fundamental para uma boa comunicação, permitem a visualização ilustrada de uma imagem que poderá falar por si mesma, ou vir acompanhada de texto escrito, por exemplo: charges ou histórias em quadrinhos. Podem ser utilizadas outras mídias como: vídeos, músicas, filmes, desenhos, documentários, hipertextos etc.
Todos esses recursos didáticos citados precisam ser organizados estrategicamente pelo Tutor de forma que respondam as questões propostas em um Fórum, tornando a aprendizagem mais interessante aos olhos dos alunos. Podem surgir alguns questionamentos do tipo: mas, os que postam em um Fórum um vídeo ou outro tipo de mídia retirada da internet, não estão recorrendo a respostas prontas? A resposta seria que não, neste caso os alunos estão pesquisando as respostas e automaticamente aprendendo muito sobre o assunto através da pesquisa, este é o proposito deste tipo de atividade, isso se chama estratégia pedagógica, os alunos precisam relacionar as “respostas prontas” com o que está sendo solicitado em uma atividade, isso além de incentivar a pesquisa mais ampla não ficando restrita somente a leitura, estimulando a parte cognitiva dos alunos e o desenvolvimento da autonomia e ao diálogo.
Um dos maiores desafios dentro deste contexto é estabelecer formas e critérios de avaliação que envolve todo processo de ensinoaprendizagem de maneira mais abrangente lavando em consideração os aspectos visuais que não podem ser considerados fatores de distração ou de sobrecarga cognitiva”. (ARBEX; BITTENCOURT, 2007, p. 4).
O AVA deve ser o palco de ações de aprendizagem colaborativas entre os seus atores, como no Circo de Soleil em um grande espetáculo de um grupo de dança acrobática, onde um dançarino colabora com o outro na execução de coreografias precisas e belíssimas. Da mesma forma que um dançarino precisa do outro para executar seus movimentos, ele também dá sua contribuição para que o outro execute os seus movimentos também, e assim se constrói o espetáculo. É nesse sentido que os alunos devem construir seus conhecimentos e desenvolverem suas habilidades e competências, contribuindo uns com os outros.
O Tutor deve desenvolver estratégias que motivem os alunos não só na execução de tarefas, mas na interação entre os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, estimulando o diálogo e propiciando um ambiente colaborativo. Na EaD o aluno não somente tem o contato com o material didático, ele também produz material didático que poderão ser reaproveitados pela Tutoria se tratando das práticas pedagógicas, já que os próprios alunos as fornecem.
São informações valiosas que mesclam vivência escolar com a teoria pedagógica que podem ser de grande serventia para o Tutor e para os próprios alunos. “Ele analisa, ao mesmo tempo, o processo de aprendizagem do aluno que se expressa na sala virtual e a sua própria prática pedagógica”. (GUSSO, 2009, p. 63).
Vale aqui ressaltar que quanto mais o aluno desenvolve sua autonomia, mais ele melhora sua performance em todos os sentidos, inclusive se arrisca mais na demonstração de suas habilidades. Ele sai da condição de agente passivo do conhecimento e vai para a condição ativa, pois, recebe conhecimento, mas também o produz, passando a criar e inovar. Vai aqui uma crítica à pedagogia Tradicional no sentido de frear a autonomia e o desenvolvimento do aluno.
Deve-se, serem levados em conta os diferenciais da EaD e o perfil do aluno que procura um curso nesta modalidade de ensino. Geralmente são alunos que não desprendem de muito tempo ou dinheiro para realizarem um curso presencial. É importante frisar bem esses aspectos para que não sejam esquecidos durante a elaboração de um planejamento pedagógico, lembrando de que as necessidades dos alunos devem ser atendidas.
De acordo com SCHLOSSER (2010) os alunos procuram a Ead por causa da flexibilidade do tempo que permite a ele se organizar melhor para estudar, outro fator é o do deslocamento constante até a Universidade, isso envolve tempo de locomoção e despesas com transporte, estudando em casa pelo computador o aluno economiza tempo e dinheiro o que torna possível o acesso dele ao ensino superior. Isso sem contar as diversas formas de aprendizagem que por intermédio das Tecnologias da Informação e da Comunicação - TCs é oferecida e que torna o aprendizado mais interessante e muitas das vezes prazeroso, como já dito anteriormente.
Agora chegou o momento de falarmos da avaliação, a tão temida avaliação. A avaliação não pode ser vista como uma ferramenta de punição ou de seleção apenas. A avaliação vai muito, além disso, através dela é possível direcionar e redirecionar o processo de ensino-aprendizagem de maneira mais abrangente que atenda melhor o aluno e seu desenvolvimento.
Para ser eficaz é recomendado que, a avaliação deixe seu caráter autoritário e conservador passando a serem diagnóstica identificando as dificuldades e potencialidades dos alunos, como também as estratégias pedagógicas que funcionam melhor e as que não funcionam tão bem. “A avaliação serve, também, como um instrumento motivacional ao
aluno, para que ele acompanhe seu progresso e perceba as dificuldades a serem superadas”. (GUSSO, 2009, p. 59).
Para GUSSO (2009) a avaliação deve ser coerente, pois é através dela que se harmoniza a teoria com a prática, o Tutor vai usar os dados percebidos na avaliação, sejam eles positivos ou negativos, para refletir e direcionar ou redirecionar o processo de ensino-aprendizagem. Esta é uma abordagem construtivista que visa o desenvolvimento dos alunos como prioridade.
Sobre a avaliação formativa ela deve ocorrer em uma sequência, com critérios bem definidos e conteúdos relevantes evitando o engessamento da avaliação, por isso ela deve ser bem planejada. Sobre os conhecimentos que os alunos adquirem deve ser conectados nessa sequência avaliativa, como tecer uma rede de pesca, para que o que aprenderam numa etapa anterior não seja esquecido. Através da própria avaliação é possível construir uma aprendizagem significativa. “[...] a avaliação formativa é aquela que procura acompanhar o desempenho do aluno no decorrer do processo de aprender”. (GUSSO, 2009, p. 62).
Já a avaliação somativa avalia o que foi aprendido no decorrer do processo é aquela que revela se o aluno foi aprovado ou não, ela também mostra a média das notas obtidas pelos alunos. Neste tipo de avaliação ficam mais evidente os desempenhos dos alunos através das notas obtidas por eles, nos resultados satisfatórios os alunos passam de fase, ou seja, para outro módulo. Nesse momento tem se uma perda da dinâmica do processo, mas também é o momento em que o Tutor verifica se os alunos responderam de uma forma geral as estratégias e práticas pedagógicas utilizadas. “A avaliação, neste processo, se apresenta de maneira mais pontual, por meio de instrumentos e resultados numéricos e estatísticos”. (GUSSO, 2009, p. 62).
Vamos ver o que Cipriano Carlos Luckesi diz a respeito da avaliação da aprendizagem:
A avaliação da aprendizagem não é e não pode continuar sendo a tirana da prática educativa, que ameaça e submete a todos. Chega de confundir avaliação da aprendizagem com exames. A avaliação da aprendizagem, por ser avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva, diversa dos exames, que não são amorosos, são excludentes, não são construtivos, mas classificatórios. A avaliação inclui, traz para dentro; os exames selecionam, excluem, marginalizam”. (LUCKESI, 2000, s/p.).
Avaliar é antes de tudo acolher os alunos e trazê-los para dentro do processo de ensino-aprendizagem, os Tutores deverão tirar as pressões que a avaliação autoritária e punitiva impõe aos estudantes. Para isso deve-se associar o planejamento de avaliação com as ferramentas do AVA e as ações de Tutoria, dentro de uma gama de formas de formular e aplicar vários modelos de avaliação basta o Tutor saber conduzir estes recursos tecnológicos de forma planejada e organizada concomitante com as práticas avaliativas e seus objetivos.
Não se deve fazer julgamento prévio do aluno e nem excluí-lo, o que se deve fazer é criar condições para o desenvolvimento de seus conhecimentos e habilidades e depois sim, ele estará em condições de ser avaliado ou reavaliado, assim como as práticas pedagógicas, que deverão ser conduzidas e revistas conforme a necessidade de adequação dos alunos. Nesse sentido podemos dizer que o olhar diagnóstico do Tutor em relação à avaliação assegura da melhor forma possível que sejam criadas as tais condições para um melhor desempenho desse aluno. “Não é possível uma decisão sem um diagnóstico, e um diagnóstico, sem uma decisão é um processo abortado”. (LUCKESI, 2000, s/p.).
A avaliação institucional também é uma forma de diagnosticar fraquezas e potencialidades da Universidade ou polo. Nesse tipo de avaliação é possível compreender questões socioeconômicas, político-administrativas, pedagógicas, estruturais, físicas etc. Tanto é possível conhecer a instituição escolar, como é possível conhecer os alunos, suas necessidades e expectativas em relação à instituição.
Segundo BRANDALISE (2010) a avaliação institucional ajuda a refinar a metodologia utilizada na avaliação da aprendizagem, pois ela traz um contraponto e uma visão crítica da realidade fornecendo informações para que ocorra a ressignificação do processo educacional. A avaliação institucional pode ser interna ou externa, porém somente a interna na perspectiva da autoavaliação está sendo tratada aqui nesta pesquisa, obedecendo ao recorte temático e os objetivos propostos da mesma.
A conexão entre a avaliação e gestão institucionais, assim como a utilização de métodos quantitativos e qualitativos, mostraram-se fundamentais para a devida análise e tomada de decisões nas instituições de ensino. A harmonia destas ações parece ser a mais adequada para que a avaliação se realize de modo contínuo, transparente e participativo. (PAIVA, 2011, p. 140).


4.4.1 Aprendendo na prática


Os trechos abaixo denotam a interação do aluno Felipe comigo de acordo com a proposta da atividade do 1º Fórum Temático da disciplina: Desenvolvimento de Curso com Foco no Aluno. “Ação: cite dois traços da especialização em Planejamento, Implementação e Gestão de EaD que poderiam ser relacionados a duas teorias pedagógicas diferentes, especificando quais seriam essas;” [...]. (FÓRUM - PIGEAD, 2014). A intenção por trás dos tópicos ação e réplica obviamente é a de movimentar as discussões nos fóruns temáticos. Além de esse tipo de fórum valer pontuação o que estimula maior interação entre os alunos o ambiente motivacional e cordial é de fundamental importância e ressaltado em muitos momentos do curso. Réplica; comente a opinião de um de seus colegas, dando razões para concordar ou discordar da associação proposta entre os traços do curso citados por ele e as teorias pedagógicas que foram relacionadas aos mesmos. (FÓRUM - PIGEAD, 2014, grifo do autor). Observemos abaixo o momento em que identifiquei que a tutora poderia fazer uma intervenção assim como foi proposto no enunciado da tarefa 5 da disciplina; Desenvolvimento de Curso com Foco no Aluno: Felipe: Olá Flávio, Réplica: Não entendi a separação que você fez em duas teorias para o curso. Quando pensamos em uma proposta pedagógica pensamos nela como um todo, não a dividimos. A partir de uma teoria devemos elaborar quais serão as medidas educacionais para o curso que se pretende formular, desde o corpo docente e administrativo até as formas de avaliação e revisões necessárias para se alcançar os objetivos do PPP. (FÓRUM - PIGEAD, 2014). Este é o momento exato que identifico que Felipe viola as máximas na discussão do Fórum 1 da disciplina de Desenvolvimento de Curso com Foco no Aluno conforme o que solicitava a tarefa 5. Flávio: Réplica: Olá Felipe! não se trata de separação e sim de complementação uma complementa a outra, o cognitivismo é para diagnóstico do conhecimento prévio dos alunos, também identificando como melhor se desenvolvem, o construtivismo é para construírem o conhecimento juntos com a interação de todos, o Tutor atua na mediação usando o diagnóstico para da melhor maneira guiar as atividades de aprendizagem favorecendo um bom desempenho de todos. Espero ter esclarecido. (FÓRUM - PIGEAD, 2014). Como se pode observar nos trechos citados a cima, percebemos que o aluno Felipe se confundiu sobre o que foi proposto para atividade. Felipe viola as máximas pela insistência dizendo o contrário que eu estava tentando explicar e criou uma separação para as duas teorias, coisa que eu não dizia. A tutora poderia mediar esse diálogo explicando a proposta da atividade1 para o aluno Felipe e esclarecendo as diferenças e afinidades entre construtivismo e cognitivismo, que não são teorias idênticas, mas que não necessitam de serem usadas separadamente. A nota individual obtida nesta atividade foi 10,00/10,00 pontos, atendendo com êxito ao enunciado e comprovando o que foi aprendido em teoria na prática. O enunciado da atividade abaixo é referente à Tarefa 4 da disciplina de Desenvolvimento de Curso com Foco no Aluno solicitando que a primeira questão fosse elaborada na forma de múltipla escolha com gabarito comentado e o valor da pontuação totalizava 5 pontos. A segunda questão devia ser elaborada em caráter discursivo com resposta comentada a ser colocada em pop-up. Porém, apenas simulada em pop-up, totalizando 5 pontos de forma que a soma das duas era de 10 pontos no total.
Marque com um x, a alternativa correta:
 Qual Ferramenta do AVA permite a discussão e troca de ideias entre alunos, tutores e professores e que contribui para o aprendizado coletivo na construção do conhecimento?
a). ( ) Moodle.
b). ( ) Pop up.
c). ( x ) Fórum.
d). ( ) Questionários.
Resposta correta:
1 A proposta da Tarefa 5 era identificar o trecho em que as máximas conversacionais foram violadas e demonstrar como o tutor poderia ter ajudador a corrigir o problema.
Letra c.
Resolução: o fórum é uma ferramenta disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) dos cursos de EAD, que permite a interação e troca de ideias entre alunos, tutores e professores possibilitando um melhor rendimento rumo à construção coletiva do conhecimento e também possibilita o aprimoramento do desenvolvimento individual.
 Defina o significado de Chat na EaD:
Clique aqui para ver a resposta.
Os Chats são viabilizados através ferramentas de mensagens instantâneas que permitem a comunicação síncrona possibilitando a comunicação em tempo real entre alunos, tutores e professores. Resolução: além de permitir a interação em tempo real entre alunos, tutores e professores, os Chats permitem que os participantes se conheçam um pouco mais e também dinamiza as discussões, desde que os envolvidos tenham a consciência das finalidades pedagógicas a serem atingidas através dessa ferramenta. Novamente o desempenho individual obtido nesta atividade foi de 10,00/10,00 pontos, mais uma vez comprovando o que foi aprendido em teoria na prática. Agora chegou a hora de constatar o desempenho no quesito mais interessante do curso, que é o de atuar como tutor – mediador. “O desafio desta etapa é criar um fórum em que vocês serão mediadores por três dias. Observem as orientações descritas no fórum “Fale com seu tutor”, no tópico “Ciranda da Mediação””. (FÓRUM - PIGEAD, 2015). O tema do fórum mediado por mim tratava sobre o sistema de ensino-Massive Open Online Course (MOOC) e foi de livre escolha conforme o enunciado da atividade. Vejamos a seguir alguns trechos do Fórum Temático 5 mediado por mim. Serão utilizados apenas os trechos entre eu e o cursista João Crisóstomo dos Santos Neto como demonstração, respeitando a necessidade de um trabalho de edição para preservar a própria estética do texto, e também o momento que a tutora da disciplina Sistemas de Tutoria em Cursos a Distância participa como aluna no fórum. Comentário do tutor:
Olá prezados alunos! Vamos iniciar nosso Fórum Temático. Sobre o sistema de ensino - Massive Open Online Course (MOOC) apontem pontos negativos e positivos, embasem suas argumentações de acordo com as fontes. Comentem no mínimo duas postagens dos colegas. (FÓRUM - PIGEAD, 2015).
Clareza na forma de se comunicar, empatia, cordialidade, compromisso, respeito são quesitos fundamentais para motivar a participação dos alunos nos fóruns. De nada adianta o tutor dominar o conteúdo se ele não tem clareza no momento de articular e expressar suas ideias, argumentos, análises, conclusões etc.
João Crisóstomo dos Santos Neto:
Olá Flávio e colegas, bom dia! De acordo com Mattar (2012), os MOOCs têm contribuído para uma melhor definição de curso online e a relação entre alunos e professores, uma vez que a responsabilidade pelo ensino fica distribuída entre todos os envolvidos, não apenas nas mãos do professor. Acredito que esse seja uma dos pontos fortes desse tipo de curso, tendo em vista que o aluno tem uma maior participação e maior envolvimento para com o curso, já que o aluno pode escolher o que e quando quer aprender e de quais atividades ele quer participar, ou seja, ele tem uma maior autonomia e responsabilidade sobre o seu processo de ensino aprendizagem. Abraços. (FÓRUM - PIGEAD, 2015).
Tutor:
Bom dia João e demais cursistas. Obrigado por iniciar nosso Fórum João. Isso mesmo João, os MOOCs proporcionam um ambiente de aprendizagem colaborativo onde os próprios alunos se tornam professores adquirindo maior autonomia. (FÓRUM - PIGEAD, 2015).
João Crisóstomo dos Santos Neto:
Olá Flávio, bom dia! E em virtude dessa autonomia dos alunos que julgo muito importante a presença do tutor nesse tipo de curso, para orientar de forma correta o aluno para que ele possa aproveitar ao máximo o curso que a ele é oferecido. Abraço. (FÓRUM - PIGEAD, 2015).
Vejamos agora o momento que a tutora; Patrícia Gomes da Silva participa no fórum como aluna se colocando como tal. Esse momento é extremamente interessante e admirável pela ética e pelo profissionalismo da tutora.
Olá Tutor Flávio,
Vejo a colaboração como um aspecto positivo, boa parte do conteúdo, de acordo com Mattar (2012), "é produzida, remixada e compartilhada por seus participantes durante o próprio curso, em posts em blogs ou fóruns de discussão, recursos visuais, áudios e vídeos, dentre outros formatos". O importante é que os colaboradores contribuam de forma responsável, para que as informações sejam válidas e fundamentadas. Abraço. Patrícia (FÓRUM - PIGEAD, 2015, grito do autor.).
Obviamente as discussões no fórum não pararam por aí, pois foram três dias de mediação e este fórum foi o mais comentado do nosso grupo de 6 cursistas com 153 postagens. O maior objetivo deste fórum foi discutir a viabilidade dos MOOCs para seus participantes, já que não possui o trabalho de tutoria, e é realizado em massa atendendo um grande numero de alunos em seu ambiente virtual e também não oferece certificação.
Feedback:
Flávio, Você mediou o fórum com comprometimento, dedicação, gentileza, cortesia, cumpriu os prazos, trouxe um questionamento interessante que fomentou a discussão, enfim, executou com sucesso a tarefa. Parabéns! Patrícia. (FÓRUM – PIGEAD, 2015).
A nota individual obtida pela mediação deste fórum foi de 20,00/20,00 pontos superando minhas expectativas e mais uma vez comprovando o que foi aprendido em teoria na prática. Esta parceria entre teoria e prática foi fundamental para que os cursistas se sentissem mais confiantes ao observarem ao decorrer do curso que a pedagogia construtivista e tecnologia são excelentes aliadas e que o trabalho que estava sendo ali realizado era de ótima qualidade.

5. CONCIDERAÇÕES FINAIS


Como podemos perceber curso em PIGEAD priorizou a comunicação assíncrona favorecendo a flexibilidade do tempo que aluno dispõe, valorizou o trabalho de tutoria, visto que os tutores sempre procuraram; auxiliar e motivar os estudantes. O curso ofereceu um bom suporte pedagógico, contou com um ótimo design didático, tutoriais. Mostrou a necessidade de renovar as estratégias pedagógicas conforme as circunstâncias e também de um olhar estratégico sobre o ato de avaliar. A demonstração da necessidade da avaliação diagnóstica foi algo importantíssimo.
Desde o início do curso nas próprias atividades é possível identificar o objetivo dos tutores em conhecer os alunos. As informações passadas pelos alunos através dos fóruns e das tarefas permitem ao tutore conduzir o processo de ensino aprendizagem com maior eficácia. Os cursistas tiveram a oportunidade de presenciar na prática como os tutores exploraram o Ambiente Virtual de Aprendizagem-AVA e como utilizavam suas estratégias pedagógicas. Isto favoreceu o desempenho desses alunos no Fórum em que atuaram como tutor mediador. Apesar de a presente pesquisa não conter todas as etapas em detalhes do curso, vale salientar que tivemos uma visão panorâmica da EaD e que ele não se resume ao trabalho de tutoria, estudamos muitos fatores dentro desta modalidade de ensino. Aprendemos que o comprometimento, a dedicação, a pontualidade, o respeito, a transparência, a cordialidade, a empatia, entre outros quesitos são vitais para a conciliação da pedagogia, tecnologia e aprendizagem, valorizando o profissionalismo do tutor e o aprendizado direcionado e significativo de todos os envolvidos.
Afinal, o ato de educar é intencional, assim como no final do curso foi constatado que o construtivismo é muito importante para que o aluno tenha maior autonomia e criatividade, esta posição é mantida neste trabalho destacando também a importância do trabalho do tutor no AVA que exerce papel fundamental nos rumos da aprendizagem. A ferramenta-fórum se mostrou extremante eficiente se utilizada adequadamente, é preciso saber explorá-la para obter bons resultados. O fórum é um excelente espaço virtual para se promover um ambiente colaborativo de aprendizagem. É possível constatar que o ensino a distância ao decorrer de décadas encontrou na tecnologia um suporte muito importante que permite a comunicação dinâmica, desde que, se tenha a infraestrutura e a estrutura adequada que vai desde um bom computador, uma internet de qualidade, passando pelo perfil do aluno até a instituição de ensino e seu comprometimento com a qualidade do ensino. Realmente é um trabalho colaborativo literalmente e que oferece meios de aprendizagem extremamente diferenciados.
 

 

REFERÊNCIAS

 

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