Navios, castelos...
Muralhas ao ar,
portos vazios
sem navios no mar.

Caminhos de areia
me ponho a traçar
entre o ganho e a perda
e as brumas no mar.

Nos meus portos vazios
sem navios a chegar
eu me canso a fio
sem nunca estar
na vida sonhada;
da quimera a estrada que eu quisera pisar.

E o que são estes portos,
oceanos,
tantos mares e navios?

Ah... esses portos são locais de chegada
e partida dessa nossa vida;
tão saudosa da chegada,
e da partida entristecida.