Ensaio sobre a filosofia de tchilar

Por Daniel Alexandre Ngovene | 28/04/2020 | Filosofia

A filosofia de tchilar é a busca do verdadeiro sentido da vida, que se prende na diversão, curtição. “o homem alegrou-se ainda muito pouco desde que há homens: só isto, meus irmãos, é o nosso pecado original” (NIETZSCHE, 2008: 81).

Nos últimos dias, as sociedades actuais têm frequentados muitos desafios no que tange a vida, a preocupação  agora é como garantir uma sociedade, onde os jovens cultuam os bons hábitos, regras e ao pé da letra a vida dos seus antepassados. Ora, muitos fogem do que se diz o hoje, a favor de um futuro ideal ou a favor de uma vida ideal. Desejar, conquistar e  cobiçar, esses três conceitos penso que séria a preocupação das sociedades contemporânea, isto é, incutir nos jovens o conceito de conquista, os jovens devem saber desde cedo, que a vida só pode ser vivida ou sentida tendo em conta as conquistas de cada um. Nunca se pode dizer que alguém viveu a vida, cobiçando e desejando na vida. É sempre melhor insinuar aos jovens a conquistar o hoje e o presente. Schopenhauer afirma que ninguém viveu o passado, e ninguém viverá o futuro. 

Aos responsáveis pela educação da juventude, deveria observar, isto é, Nietzsche afirma que o passado deve ser olhado de uma forma crítica, isto é, nós todos somos chamados  a julgar até condenar os actos dos nossos antepassados, nunca se pode olhar o passado como modelo perfeito para o hoje, ou o hoje como modelo perfeito ao futuro. A nossa sociedade preocupa-se muito em manter (cultuar) a cultura a identidade e etnia, se os nossos antepassados desenvolveram uma cultura é óbvio que nós também podemos desenvolver a nossa cultura. É importante que fique claro para todos que,  não estou enfatizar o  desprezo pelos feitos dos nossos antepassados, fizeram muito pela raça humana, mas enquanto nós nos limitamos a louvar os feitos deles, tornar-nos-emos inúteis a raça humana. E no futuro seremos julgados pelos erros dos nossos  antepassados, o que se vai dizer pela nossa época? As futuras gerações irão chamar-nos dos bons conservados dos bons costumes. Nietzsche chama isso do espírito do camelo, onde o camelo limita-se a obedecer os bons hábitos dos seus antepassados, só assim é que o camelo vive a vida, e sente-se orgulhoso por isso, estes degenera a raça humana, um exemplo concreto os que crucificaram jesus cristos, foram os bons conservadores dos hábitos da lei de Moseis. Um outro exemplo os que envenenaram Sócrates, foram os bons conservadores dos costumes da Atena. Vivemos numa sociedade de medíocres, onde quando alguém tenta trazer uma outra realidade daquilo que  não existe no nosso mundo, pensamos que este está a destruir os bons valores, além de tentar ver se conseguimos enquadrar está nova realidade ao nosso mundo.          

Nietzsche afirma que os bons destruíram a raça humana, razão pela qual na boca de Zaratustra, chama o leão para ver se esse, acaba com o bom conservadorismo dos bons hábitos. Mas este tem rancor com o teu passado ou ele não está preparado para libertar a raça humana. Por essa razão, Nietzsche recorre as últimas instância na tenta de salvar a raça humana, é necessário o espírito da criança, aqui temos a fase da inocência, onde este tem a vontade do poder pela vida, vê o passado como se fosse um modelo que tem que ser apreciado por ela, e não como  um modelo a seguir, para ela não existe o amanhã, não existe esta palavra para ela. Irmão só com o espírito da criança que podemos viver o amor fati, e por fim preparar-se-á o surgimento do super-homem, que terá como missão libertar a raça humana da universalização dos valores tradicionais, cristãos etc.  e de  tudo o que é contra a vida.

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