A princípio é uma palavra já bem definida no mercado cujo significado não está sendo desenvolvido ao público-alvo que se destina. Os clientes internos de uma empresa (funcionários, fornecedores, acionistas, revendedores) ainda não estão na ponta da pirâmide, mas sim em sua base. Muitos administradores acreditam que por pagarem um salário tudo está resolvido e manda quem pode, obedece quem puder.

 

Existe ainda certo mito que prata da casa não tem valor; que bons colaboradores devem ser contratados no mercado externo. Por um lado a última frase está certa porque quando encontramos um excelente colaborador, o mínimo é convidá-lo para às nossas fileiras, enquanto devemos criar uma gestão formada no enkomarketing, o qual deve estar apoiado por um brilhante setor de treinamento e aperfeiçoamento, capacitando as pessoas que, ávidas por oportunidades, não conseguem mostrar, quanto mais fazer o que sabem.

 

Fico preocupado quando pacotes são criados e os principais atores deixados de lado; vem a decisão unilateral e se não houver o comprimento, cabeças são decepadas, porque jamais assumem os administradores os seus erros: sempre será da equipe de vendas que não soube comprar a idéia.

 

Desenvolver ações junto aos colaboradores é primordial para a implantação de qualquer produto ou serviço. Se todos não comprarem a idéia, caminhando na mesma direção e com comprometimento, não existirá empresa sólida o suficiente para agüentar as bancarrotas que enfrentará, tal qual o vento corta o granito, erros na administração quebram empresas.

 

Conheço muitas empresas que deixam seus colaboradores de lado, esquecendo que outros precisam saber quem são e o que fazem. Já fui contratado por uma empresa e quando fui assumir ninguém sabia quem eu era e imagine o caos. Por outro lado já recebi ordens de pessoas que nem sabia quem eram e o que faziam.

 

Desenvolver atitudes com todos fortalece o relacionamento, cria raízes, desenvolve grandes idéias e dá oportunidades à prata da casa, cujos resultados valem ouro. Uma simples confraternização, onde participam desde o porteiro até o presidente de uma organização e desde que não hajam barreiras e nem diferenciações quer no receber, no servir e no presentear, alavanca resultados incríveis, colocando esta organização no topo das mais desejadas, porque cliente-interno satisfeito produz mais e sem ser preciso pedir, quanto mais mandar.

 

Existem empresas transacionais que adotam colocar o nome do colaborador na sua mesa e na porta de seu escritório; parece algo banal, mas não é, porque isto valoriza o indivíduo e ele passa a ser mais um colaborador, deixando de ser um número dentro de uma organização. Também, desenvolver treinamentos e aperfeiçoamentos, colocando a realidade empresarial a todos os envolvidos, cria mecanismos de defesa (cuidar melhor do patrimônio empresarial) e de ataque (melhora a produção e a venda) e isto custa muito pouco, quase nada.

 

Um administrador não pode ser o dono do campinho e da bola; ele deve escolher e deve dar oportunidades iguais a todos os que contribuem para o seu crescimento. Usar a prata da casa tem valor decisório, com um custo menor; trazer vendedores águias para dentro da organização custa muito e nem sempre a produção vai compensar esta nova despesa, sem contar que será criada uma desmotivação pelo não aproveitamento da prata da casa, indo contrariamente ao que se propõem no endomarketing, que busca fortalecer o relacionamento empresa/clientes-internos.

 

Oscar Schild, vendedor, gerente de vendas e escritor.

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