EMPRESA SEGURA = EMPRESA COMPETITIVA

È inegável que o advento da globalização trouxe diversas mudanças para o mercado de trabalho.

È visível, por exemplo, o crescente fortalecimento da economia de serviços e da utilização de novas tecnologias de informação e de comunicação em todos os setores de atividade, bem como o desenvolvimento e a implementação de novas formas de organização do trabalho.

Como consequência de todas essas mudanças, acentuam-se riscos profissionais de diversas naturezas, como ambientais (ruído excessivo, temperaturas altas ou baixas demais, poeiras nocivas, vírus etc.); ocupacionais (decorrentes da função exercida no trabalho, do equipamento operado, como por exemplo, choques elétricos, esmagamento de mãos, explosões etc.); riscos gerais e ergonômicos (postos de trabalho inadequados, posturas incorretas, trabalho monótono e repetitivo, ausência de formação adequada dos trabalhadores, inobservância de condições de segurança e saúde nos locais de trabalho etc.); e também os riscos de natureza psicossocial, como o stress.

Para os especialistas em proteção e segurança industrial, toda essa problemática constitui um desafio para as indústrias que devem desenvolver novas estratégias preventivas caso queiram sobreviver no cenário altamente competitivo da globalização. Nos últimos anos, tem-se notado uma crescente preocupação não só das autoridades, como da sociedade civil, profissional e empresarial com relação ao assunto.

Hoje, grande parte do empresariado brasileiro já se conscientizou de que o bom desempenho da sua empresa também passa por proporcionar a seus colaboradores boas condições de trabalho e um excelente nível de segurança, higiene e saúde laboral.  Trata-se de uma chave para incrementar a produtividade e potencializar lucros, tornando a empresa muito mais competitiva.

Prova desta conscientização soa os investimentos das indústrias de praticamente todos os segmentos, em programas de prevenção e diminuição de doenças ocupacionais, na aquisição de EPIs eficientes, máquinas e equipamentos mais seguros; com dispositivos que evitam acidentes e paradas de produção; postos de trabalho ergonômicos, meios de proteção coletiva e individual adequados, bem como investimentos na educação e formação de seus colaboradores e na diminuição dos riscos de intoxicação e acidentes ambientais.

Aqueles que apostam de maneira séria e profissional na questão da segurança em suas empresas estão, ao mesmo tempo, contribuindo para diminuição dos custos. A redução da rotatividade e da “perda” de profissionais treinados pela empresa (onde se investiu recursos em treinamentos específicos da sua profissão); de indenizações cíveis muitas vezes milionárias, além do aumento da satisfação, do controle do stress, da produtividade e eficiência do posto ou unidade de trabalho, são apenas algumas das visíveis vantagens para aqueles que investem em segurança.

Empresas mais seguras e, portanto, muito mais rentáveis e competitivas.  

Nádia Januário

Bacharel Administração com Habilitação em Marketing

Especialista em Gestão de pessoas

Pós - Graduação em Sociologia