Resumo:  Alude à dimensão espiritual na política como item  filosófico.    

 

Eleições: esperanças remotas

 

Pouca gente comprou a briga do “mensalão”.

Pouca gente tomou as dores do “mensalão”.

Porque o “mensalão”, por mais que haja punições e prisões, deixa a sensação de que não julgaram todos os envolvidos. Uma frustração inarredável.  

O que aparece como expressão da justiça  destila o gosto amargo de uma patranha triunfante. O triunfo do poder político sobre a verdade.

Dito de outro modo: o triunfo da dimensão psíquica, sobre a espiritual. Do sombrio sobre o iluminado. Do impulso bruto sobre o logos, sobre a cultura prenhe de sentido. Um estágio, convenhamos, pouco evoluído.  

E por aí vai.

Com o ar assim contaminado, as eleições se aproximam.  A campanha já está na mídia. De um lado, a herança presumida da    dimensão psíquica.  De outro, remotas esperanças de uma candidatura espiritual.

Espiritual, vale a pena enfatizar, no sentido filosófico da palavra. Nada a ver com religião ou misticismo.

Seja lá como for,  remotas esperanças de um Brasil consciente.