Amplamente discutido no plano acadêmico, o corpo encontra na mídia um espaço onde representações a seu respeito são amplamente construídas e reproduzidas. O discurso da propaganda, em seu aspecto mais geral, vai se empenhar em demonstrar as vantagens utilitárias da boa aparência e de um corpo saudável o que seria um atributo natural passa, pela ótica publicitária, a ser considerado um pré- requisito essencial para o êxito econômico e social. A sociedade contemporânea assiste deslumbrada à passagem dos “corpos perfeitos”, que invadem progressivamente todos os espaços da vida moderna. No âmbito dessa discursividade, práticas contemporâneas de modelagem e modificação dos corpos assumem centralidade. Assim, os discursos da promoção da saúde, articulados a uma série de outros discursos como o publicitário, o familiar, o educacional e o do senso comum, parecem estar produzindo condições para que os jovens de nosso tempo possam pensar, viver e falar, de determinados modos, sobre as relações que estabelecem com seu corpo. Diante desta problemática. O estudo optou-se pela Teoria das representações sociais relações sociais. Os resultados apontam que há um fenômeno crescente e exagerado de culto à beleza corporal, que aparece nas representações sociais de jovens como uma imposição ou um padrão social: Os métodos para a inserção do indivíduo no padrão estético social são ilimitados porém nem sempre benignos. A bulimia, anorexia e o uso de drogas para o aumento muscular, diminuição do peso e os mais diversos fins são apenas algumas consequências de quadros agravados podem levar à morte. Conclui-se que o contingente de adeptos a esse mercado apenas cresce, dia após dia, e a beleza torna-se a base excepcional da felicidade. Os reais valores dos indivíduos são gradativamente esquecidos e substituídos pela ânsia da beleza física.

Palavras-chave: Beleza, saúde, cirurgia plástica e bem estar.

INTRODUÇÃO

Amplamente discutido no plano acadêmico, o corpo encontra na mídia um espaço onde representações a seu respeito são amplamente construídas e reproduzidas. O discurso da propaganda, em seu aspecto mais geral, vai se empenhar em demonstrar as vantagens utilitárias da boa aparência e de um corpo saudável o que seria um atributo natural passa, pela ótica publicitária, a ser considerado um pré- requisito essencial para o êxito econômico e social.
Como apontam diferentes estudos e autores em que vivemos um tempo em que meios de comunicação de massa como revistas, jornais e programas de televisão produzem e veiculam toda uma discursividade sobre e para o corpo, contemplando, entre outras coisas, modos de vestir, comer, exercitar-se, maquiar-se ou divertir-se. Todas essas práticas corporais constituem um conjunto de relações de saber-poder que produz nossas múltiplas formas de ser e de estar no mundo.
Essa visibilidade que o espaço de anúncios publicitários, textos jornalísticos, fotos e ilustrações na televisão, na internet e na mídia impressa veiculam discursos, vozes sobre o corpo e sobre como ele é visto, desejado, vendido. A televisão e o cinema exploram as modificações da aparência corporal; a mídia impressa, por intermédio das revistas femininas, também explora a fórmula. SIQUEIRA, et al (2007).
A sociedade contemporânea assiste deslumbrada à passagem dos “corpos perfeitos”, que invadem progressivamente todos os espaços da vida moderna. A expectativa de corpo das pessoas em relação a esses padrões de beleza é o que provavelmente interliga uma variedade de fenônemos cada vez mais comuns, como a maior incidência de bulimia2 e anorexia3, as malhações desenfreadas, uso indiscriminado de anabolizantes e as cirurgias plásticas estéticas. No âmbito dessa discursividade, práticas contemporâneas de modelagem e modificação dos corpos assumem centralidade.