A educação tem potencial para transformar o mundo, desde que todos os sujeitos estejam comprometidos e dispostos em fazer que seja efetiva na vida de todos os indivíduos.

Na constituição de 1988 no artigo 205, diz que: “é dever do Estado e da família fornecer educação de qualidade”, entretanto, se o Estado for omisso nos investimentos nos espaços escolares e na remuneração dos profissionais de educação, a mesma continuará prejudicada; do mesmo modo, se a família (ou responsáveis) não se importar com o desemprenho do educando, não acompanhando o seu desenvolvimento, essa educação está fadada ao fracasso.

Os professores junto com os educandos precisam trabalhar na direção da construção do saber, sendo esses sujeitos fundamentais para causar mudanças nas condições sociais de desigualdade. Podendo os filhos do pobre, ter acesso ao ensino superior público podendo concorrer com os filhos dos ricos em situação de igualdade, tendo para tanto uma educação de qualidade para todos.

Fazer a educação existir em qualidade, é reduzir a criminalidade nas periferias; a violência social; o tráfico de drogas; o desemprego e melhorar a qualidade de vida e saúde pública do país. A pergunta que surge é: só a educação será capaz de mudar o mundo? De maneira alguma, mas um dos elementos fundamentais para transformação social.

O Brasil em séculos de colonização, não pensou a educação como um direito pertencente a todos, mas como privilégio de alguns; uma forma de dominar, não como forma de emancipar os indivíduos, levando-os a pensar o mundo de maneira transformadora.

No século XX o Estado brasileiro se preocupava de maneira gradual atingir toda a população, isso depois de quase 400 anos de formação da nação brasileira, chega ao século XXI, com mais de 500 anos, o país não conseguiu formar uma cultura de educação, fundamentado no hábito de estudar, pesquisar, construir conhecimento e tecnologia. Pelo contrário, recebemos a cultura do não estudo, onde estudar é um fardo.

O Brasil é um país em que se investe mais em segurança pública (Construção de presídios, manutenção de apenados, combates violentos de policiais de traficantes), do que em educação (mais escolas, salários dignos para professores, tecnologia, ampliação de vagas em universidades públicas). Em 2015 a presidente Dilma Rousseff disse que o novo slogan do seu mandato era: Brasil, pátria educadora. Que pátria educadora que reduz os investimentos em educação, que atrasa salários de professores e que não prioriza o desenvolvimento tecnológico e social por meio das universidades.

Sendo assim, a educação pode transformar a sociedade, desde que todos os responsáveis (Estado, família, alunos, professores) estejam articulados, pois, se um desses falhar, o Brasil continuará entre os mais fracassados, quando o assunto for à educação dos seus cidadãos/as.