Educação social: o uso dos Softwares Winplot, Geogebra e os Vídeos Didáticos no Ensino da Matemática.

Renilson Andrade Costa¹

 

 

1. INTRODUÇÃO

O estudo partiu da necessidade de a escola acompanhar os avanços tecnológicos para despertar o interesse dos alunos. O presente artigo vai tentar trazer uma nova vertente para o ensino da matemática nas escolas, deixando de lado, um ensino tradicional baseado na decoreba e exposto de forma superficial e abstrata. Assim, demostraremos como dois aplicativos e a incorporação das mídias didáticas no processo de ensino, podem se tornar peças fundamentais no ensino-aprendizagem da matemática da educação básica. Com isso, tentaremos mostra a importância desse novo tipo de ensino incorporado o uso das mídias didáticas no ambiente escolar.

 

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O ensino da matemática é regido de processos que deixam os conteúdos estudados sem significado para os alunos. Neste sentido, através de várias observações, percebemos que os alunos não conseguem compreender muitos assuntos relacionados á disciplina porque não conseguem visualizá-los no cotidiano. Assim, no desenvolvimento do presente artigo, ao qual será intitulado de “Educação Social: o uso dos Softwares Winplot, Geogebra e os Vídeos Didáticos no Ensino da Matemática”. Este título, nos leva a represar o ensino da matemática que vem sendo desenvolvido nas escolas de ensino básico.

A utilização das tecnologias no ensino da matemática pode proporcionar um ensino qualitativo que faça sentido para os alunos. Assim,

A tecnologia digital coloca à nossa disposição diferentes ferramentas interativas que descortinam na tela do computador objetos dinâmicos e manipuláveis. E isso vem mostrando interessantes reflexos nas pesquisas em Educação Matemática, especialmente naquelas que têm foco nos imbricados processos de aprendizagem e de desenvolvimento cognitivo nos quais aspectos individuais e sociais se fazem presente. (BONA et al, p.5-6)

Ao perguntar aos alunos por que a matemática é odiada por muitos, eles respondem que ela é uma disciplina de difícil entendimento, e seus conteúdos são abstratos e, somente as ilustrações trazidas pelos livros didáticos não é o suficiente para eles poderem compreender a teoria, ou seja, a essência de determinado conteúdo. É preciso compreende qual a origem do conteúdo e, o mais importante é compreender o conteúdo e para isso, é de suma importância uma visualização do mesmo, pois, tendo essa visão, o assunto torna-se menos complicado.

A escolha desse tema está fundamentada em todas essas inquietações que os alunos trazem sobre o aprendizado da matemática. “O ensino da matemática deve ser feito de forma com que os alunos sintam prazer em estudar, ou seja, uma forma que proporcione divertimento e desperte a curiosidade nesses educandos,”(CONCEIÇÃO Et al, p,76)

Ao pensa nessa perspectiva que o ensino da matemática promove em vários alunos, senti a necessidade de tentar amenizar as angústias desses alunos que estudam essa ciência e não conseguem compreender a necessidade de se estudar os assuntos matemáticos e, o pior, eles não conseguem compreender o assunto abordado pelo professor.

Com a incorporação desses softwares no processo de ensino, os alunos vão ter uma visualização do assunto, que poderá promover um ensino-aprendizagem significativo.

Em todo o curso de matemática que é ministrado na educação básica, os alunos veem o conteúdo de função em todas as etapas do ensino, mas, terminam o ensino médio e não conseguem entender o verdadeiro significado desse assunto que a base de qualquer curso de matemática do planeta.

O uso do software Winplot no ensino da matemática vai ajudar os alunos a compreender esse significado atribuído às funções, pois,

(...) atividades, no Winplot, ilustram o quanto o dinamismo do sistema de representação pode provocar raciocínios que levam à compreensão de conteúdos Matemática que usualmente não são trabalhados nas escolas – superfícies de revolução e funções de duas variáveis (...) (BONA e ET AL, p. 14)

Esse aplicativo vai mostra de forma divertida e curiosa o tratamento desse assunto, o que o tornará mais atraente. Assim, os alunos vão sentir prazer em estudar a matemática.

Mais, o que o Winplot faz realmente? O aplicativo desenha gráficos em duas ou três dimensões. A sua principal função é traçar gráficos dessas funções e efetuar algumas operações sobre elas.

Este software também permite trabalhar com função no plano ou no espaço, destacando entre outros aspectos, encontrar raízes, fazer combinações entre funções, obter interseções, áreas, reflexões, rotações, comprimento de arcos, superfície de revolução. Existem recursos de formatar gráficos em cores e espessuras diferentes, redimensionamento de janelas, mudança de escalas nos eixos, exibição de linhas de grande, entre várias outras opções. Pode-se destacar neste programa um item onde o usuário pode “brinca” que é a seção adivinhar que é constituída por uma janela gráfica 2D especial, que mostra gráficos aleatoriamente e desafia os participantes a identificá-los.

Já o GeoGebra é um software matemático que trabalha com o estudo da geometria, da álgebra e do cálculo.

Por um lado, o GeoGebra é um sistema de geometria dinâmica. Permite realizar construções tanto com pontos, vetores, segmentos, retas, secções cônicas como com funções que podem se modificar posteriormente de forma dinâmica.

Por outro lado, equações e coordenadas podem estar interligadas diretamente através do Geogebra. Assim, o software tem a capacidade de trabalhar com variáveis vinculadas a números, vetores e pontos; permite achar derivadas e integrais de funções e oferece comandos, como raízes e extremos. Essas duas visões são características desse software: uma expressão em álgebra corresponde a um objetos concreto na geometria e vice-versa.

Portanto,

Os programas de geometria dinâmica, dentre eles o de GeoGebra, são ferramentas que oferecem régua e compasso virtuais, permitindo a construção de figuras geométricas a partir das propriedades que as definem. São ambientes que concretizam a geometria euclidiana plana, e diferem o mouse podemos manipular as figuras que estão na tela do computador daquilo que obtemos com lápis e papel e régua e compasso, pois com, ao aplicar movimento em pontos que são usados na construção. (BONA et al, p. 27)

Os vídeos por sua vez, darão uma maior compreensão para os alunos. Este sentido,

Moran (1995, 2002, 2009a, 2009b) incentiva o uso, na escola de vídeos e de outros meios de comunicação e informação atuais, como a televisão e a internet. Essa opção didática, certamente, não garante solução para todos os problemas de ensino e aprendizagem de Matemática, mais tem um grande potencial, pois combina a comunicação sensorial-cinestésica com a audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção com a razão. (BONA et al, p. 70) 

Quanto ao aprendizado adquirido pelos estudantes podemos citar a capacidade de ser expressar sobre conteúdos matemáticos relacionados a geometria através de uma vertente algébrica. Assim, os alunos conseguem perceber que podem utilizar conceitos geométricos para comprovar resultados algébricos. Essa perspectiva, faz com que o estudante tenha uma percepção de que um problema de matemática pode ser analisado a partir de vários ângulos, ou seja, o problema pode ser abordado de diversas maneiras.

Em meio aos diversos problemas enfrentados pela educação no campo da matemática, podemos citar a dificuldade de assimilação dos conteúdos pela maioria dos alunos, por diversos fatores: um dele é a falta de um bom planejamento escolar ou, ainda, sua execução de uma maneira equivocada, dentre outras. No entanto, os professores enquanto sujeito mediador do conhecimento devem procurar meios de ensino que ajudem a alcançar o objetivo maior da educação básica, que é a aprendizagem do aluno, de uma maneira significativa para eles, principalmente no ensino da matemática.

Para isso, devemos acreditar que, por meio de atividades atraentes, que despertem o interesse do discente para aprender os conteúdos da disciplina, eles poderão aprender mais e melhor. Assim, como ferramenta que pode ser eficiente na consolidação desse objetivo, citamos a utilização de objetos de aprendizagem e outras tecnologias da informação e comunicação (TIC). Apesar dos nossos alunos já terem nascido no ambiente do mundo digital, é notório que há pouco aproveitamento desses recursos em nossas salas de aula. Entretanto, os professores, devem tomar cuidados quanto ao uso educativo dessas ferramentas, pois não basta saber utilizar o computador e guiar o aluno para o laboratório de informática. Antes de mais nada, faz-se necessário ter um objetivo claro e bem definido de ensino e, é preciso ter conhecimento da ferramenta e dominar o uso dessas ferramentas. “As tecnologias digitais móveis desafiam as instituições a sair do ensino tradicional (…)” (MORAN et al, 2013, p. 30)

O ensino da matemática deve ser feito de forma com que os alunos sintam prazer em estudar, ou seja, uma forma de proporcionar divertimento e desperte a curiosidade nesses educandos. Entretanto “(…) se o aluno achar que nem todo mundo poder ser bom em matemática, desistirá mais facilmente dos esforços necessários para entender a matéria e entrar nas atividades intelectuais que ela requer (…).” (SILVA, 2009, p.57). Mais, podemos reverter esse quatro com a incorporação dos meios tecnológicos, nas salas de aulas de matemática que atuaram como uma ferramenta interativa no processo de ensino.

Outros grandes problema refere-se ao fato de que a matemática é frequentemente tratada como sendo uma área do conhecimento humano desligada da realidade e do cotidiano onde o indivíduo encontra-se inserido. Sendo assim, é comum ouvimos nossos alunos perguntarem: “para quer serve isso”? “onde vou utilizar aquilo”? Em muitos casos, tais perguntas não chegam sequer a ser respondidas. Como isso, teremos mais dúvidas, mais conflitos e mais fracassos estudantis. Assim, os alunos não conseguem aprender os conteúdos dessas disciplinas, por que o seu ensino, é feito de maneira abstrata. Neste sentido, os educandos não conseguem visualizar os assuntos matemáticos que eles estão estudando e, consequentemente, refletirá em um ensino insignificante que leva os alunos a entender que a matemática é muito difícil de ser entendida a acaba se tornando uma fobia escolar.

Conquanto, o professor é um dos grandes culpados de alguns problemas que podem ocorrer em salas de aula, por exemplos, o fato de que o ensino somente transmitido não toma muitas vezes os cuidados de verificar se realmente os alunos encontram-se preparados para enfrentar assuntos novos a serem transmitido pelo professor. Nestes casos, o acúmulo de dúvidas por parte dos alunos é quase que inevitável. Este problema, por um lado, também deve ao fato do professor utilizar a metodologia tradicional de ensino.

Os software voltado para o ensino da matemática vão romper um pouco com o paradigma de que a matemática é muito fácil. Com a incorporação desses software no processo de ensino, os alunos vão ter uma visualização de assunto abordado na sala de aula, por meios de aplicativos que podem ser facilmente instalados no computador. O ensino feito dessa forma pode promover um ensino-aprendizagem significado. Além disso, a utilização dos vídeos dar para o aluno um aspecto visual que facilitará a sua aprendizagem, ou seja,

Para romper com o conservadorismo, o professor deve em consideração que, além da linguagem escrita que acompanhar historicamente o processo pedagógico de ensinar e aprender, é necessário considerar também a linguagem digital. Nesse processo de incorporação, ele precisa propor novas tecnologias, buscando recursos e meios para facilita a aprendizagem (…) (MORAN, 2013, p.81)

Assim, os alunos disponibilizam de recursos para poderem estudar e o professor vai poder usar esses recursos dentro da sala de aula, no processo de ensino.

 

 

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para elaborar este artigo, foi feito uma pesquisa com alunos para descobrir quais eram as grandes dificuldades que eles enfrentam para aprender matemática. Também foi entrevistado professores de matemática, para descobri como eles ministravam suas aulas.

Depois de pesquisar essas questões, foi feito pesquisa de meios tecnológicos que poderiam ser utilizados dentro da sala de aula, para melhorar as deficiências encontrada pelos alnos e fazer com que os professores conseguissem encontrar  uma maneira de instigar a curiosidade dos alunos, além de promover um ensino com significados que não fosse tedioso e que melhorasse a qualidade da aprendizagem.

Portanto, de acordo com o que foi citado neste artigo, conclui-se, então, que apesar da grande avanço com a tecnologia atualmente, ainda poucos professores faz-se uso de aplicativo na sala de aula, para uma inovação e torna-se uma aula mais atrativa.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

CONCEIÇÃO, Creilson de Jesus; COSTA, Renilson Andrade; SOUZA, Helena Tavares de USANDO JOGOS CONFECCIONADOS COM MATERIAS RECICLADOS PARA ENSINAR MATEMÁTICA. Revista Saberes, 2016 p. 182.   <http://npu.faculdadeages.com.br/index.php/revistasaberes/issue/view/3> acesso em 02/01/2020.

LEMGRUBER, Frederico. Dicionário de Matemática. Curitiba: Base Editora, 2011.

MORAN, José Manoel; MASSETO, Marcos Tarcísio; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 21 ed. Campinas- SP: Papiros, 2012.

SILVA, Valeida Anahí. Porque e Para que Aprender Matemática?. SP: Cortez, 2009.

BONA, Aline Silva de; Et al. Curso de Especialização em Matemática, Mídias Digitais e Didática Para a Educação Básica Programa de Pós-Fraduação em Ensino de Matemática. - Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio Grande do Sul- Universidade de Aberta do Brasil.