Educação Profissional no Regime de Acumulação Flexível - FICHAMENTO TEXTUAL
Publicado em 30 de agosto de 2018 por Jean Carlos Neris de Paula
FICHAMENTO TEXTUAL
IDENTIFICAÇÃO
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GRABOWSKI, Gabriel; KUENZER, Acácia Zeneida. A produção do conhecimento no campo da Educação Profissional no regime de acumulação flexível. Holos , v. 6, p. 22–32, 2016.
TEMA
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A produção do conhecimento no campo da Educação Profissional no regime de acumulação flexível.
PROBLEMA
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Existe um campo epistemológico próprio da educação profissional?
TESE
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A educação profissional constitui-se como parte do campo da ciência da educação, com especificidades.
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A flexibilização do trabalho no regime de acumulação flexível destrói aos poucos os direitos conquistados da classe trabalhadora, analisando conforme a dialética marxista.
ARGUMENTOS
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Projetos de formação em um regime de acumulação do capital.
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Contradição entre projetos educativos de capital e trabalho.
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Novas formas de disciplinamento de trabalhadores e dirigentes: formação flexível , não a especializada, submissa, trabalhador multitarefa (adaptável), produtor/consumidor.
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Unir teoria e prática na educação geral.
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Para a classe dominante, o conhecimento em ciência e tecnologia passa a ser o diferencial.
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Conformação de subjetividades: desemprego estrutural, redução de salários, desmobilização sindical.
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Ampliam-se as demandas por escolarização: IFs e universidades.
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Dualidade: educação básica para os que vivem do trabalho (formação flexível); e específica para os que vão exercer o trabalho intelectual (elitizado).
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Inclusão excludente: certificação sem acesso desenvolvimento de autonomia intelectual, ética e estética.
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Relação entre conhecimento tácito (experiência) e conhecimento científico (sistematizado): não oposição e sim articulação entre ambos, com necessidade de formação mais complexa, multifuncional, explorada de modo mais intenso e sofisticado (Antunes).
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Trabalhadores mais presos a tarefas de pouca qualificação usam mais o conhecimento tácito.
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Caráter mediador da ação educativa articuladora de teoria e prática.
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Arranjos flexíveis de competências diferenciadas: não seguem modelos pré-estabelecidos, sendo definidas e redefinidas competitivamente dentro das necessidades do mercado, que busca sempre a maior lucratividade, num processo de construção e reconstrução, ora incluindo, ora excluindo, a partir de subcontratações e trabalhos temporários.
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Subjetividades disciplinadas: flexível força do trabalho, adaptabilidade, dinamicidade, instabilidade.
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Força de trabalho com qualificações desiguais e diferenciadas. Uns: o direito de exercer o trabalho intelectual; outros: atividades laborais simples e desqualificadas.
CONCLUSÕES:
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A flexibilização materializa o consumo predatório da força de trabalho.
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Subcontratação organizada: estratégia do processo de acumulação.
Responsável pelo fichamento: Jean Carlos Neris de Paula.