FICHAMENTO TEXTUAL

IDENTIFICAÇÃO

  • GRABOWSKI, Gabriel; KUENZER, Acácia Zeneida. A produção do conhecimento no campo da Educação Profissional no regime de acumulação flexível. Holos , v. 6, p. 22–32, 2016.

TEMA

  • A produção do conhecimento no campo da Educação Profissional no regime de acumulação flexível.

PROBLEMA

  • Existe um campo epistemológico próprio da educação profissional?

TESE

  • A educação profissional constitui-se como parte do campo da ciência da educação, com especificidades.

  • A flexibilização do trabalho no regime de acumulação flexível destrói aos poucos os direitos conquistados da classe trabalhadora, analisando conforme a dialética marxista.

ARGUMENTOS

  • Projetos de formação em um regime de acumulação do capital.

  • Contradição entre projetos educativos de capital e trabalho.

  • Novas formas de disciplinamento de trabalhadores e dirigentes: formação flexível , não a especializada, submissa, trabalhador multitarefa (adaptável), produtor/consumidor.

  • Unir teoria e prática na educação geral.

  • Para a classe dominante, o conhecimento em ciência e tecnologia passa a ser o diferencial.

  • Conformação de subjetividades: desemprego estrutural, redução de salários, desmobilização sindical.

  • Ampliam-se as demandas por escolarização: IFs e universidades.

  • Dualidade: educação básica para os que vivem do trabalho (formação flexível); e específica para os que vão exercer o trabalho intelectual (elitizado).

  • Inclusão excludente: certificação sem acesso desenvolvimento de autonomia intelectual, ética e estética.

  • Relação entre conhecimento tácito (experiência) e conhecimento científico (sistematizado): não oposição e sim articulação entre ambos, com necessidade de formação mais complexa, multifuncional, explorada de modo mais intenso e sofisticado (Antunes).

  • Trabalhadores mais presos a tarefas de pouca qualificação usam mais o conhecimento tácito.

  • Caráter mediador da ação educativa articuladora de teoria e prática.

  • Arranjos flexíveis de competências diferenciadas: não seguem modelos pré-estabelecidos, sendo definidas e redefinidas competitivamente dentro das necessidades do mercado, que busca sempre a maior lucratividade, num processo de construção e reconstrução, ora incluindo, ora excluindo, a partir de subcontratações e trabalhos temporários.

  • Subjetividades disciplinadas: flexível força do trabalho, adaptabilidade, dinamicidade, instabilidade.

  • Força de trabalho com qualificações desiguais e diferenciadas. Uns: o direito de exercer o trabalho intelectual; outros: atividades laborais simples e desqualificadas.

CONCLUSÕES:

  • A flexibilização materializa o consumo predatório da força de trabalho.

  • Subcontratação organizada: estratégia do processo de acumulação.

Responsável pelo fichamento: Jean Carlos Neris de Paula.