Educação Pela Paz: Uma Ação Pedagógica Construída Na Família E Na Escola E Na Sociedade
Por rosely poletto | 07/06/2008 | EducaçãoExistem inúmeras definições sobre o que é educar. Inúmeros estudiosos
sobre educação publicam teses, trabalhos e projetos educacionais na
tentativa de captar o sentido da educação, tanto familiar quanto
escolar, que nos dois sentidos vão resultar na educação social. Quero
ater-me primeiramente sobre o contexto escolar, onde centro minhas
observações cotidianas. O espaço das unidades educacionais que temos e
que chamamos de escolas nada mais é de que um misto de organização
curricular e seus conteúdos desenvolvidos em ambientes fechados, que
obedecem à mesma engenharia ao longo dos tempos. Para ensinar “educar,”
nós educadores valemo-nos de conhecimentos específicos utilizando
dinâmicas de trabalho planejado a partir de elementos inovadores ou
não.
Os conteúdos selecionados para cada ano escolar são comumente
trabalhados em aulas expositivas, lousa, giz, livros didáticos,
cadernos, lápis, borracha, canetas, réguas. Também se utiliza como
recursos o uso de data shows, vídeos e internet. Todos estes esforços
ocorrem no sentido de educar da melhor forma possível os nossos alunos.
Para a educação escolar são válidos e tem garantido a absorção dos
conhecimentos necessários para o prosseguimento dos estudos em outros
níveis de ensino. Tem garantido também, através do conhecimento
cientifico o respeito pela vida. A educação familiar é imediatamente
reconhecida no espaço escolar, pois a criança naturalmente mostra
através de seu comportamento os hábitos, costumes e valores de cada
família. Esta percepção se faz ainda mais clara nos encontros e
reuniões de pais. Muitas vezes, chamamos de “reuniões de avós”. Mas
este não é o foco dos meus questionamentos. A educação integral e total
de uma criança, adolescente ou adulto requer a reunião de todos os
segmentos da sociedade num esforço conjunto de todas as pessoas que se
preocupam com educação no mundo.
A educação tem que promover o
conhecimento sim, mas acima de tudo deve servir para plantar a paz,
arrancar as raízes da violência e promover o amor entre todos os seres
vivos. O homem deve ser educado desde a infância para observar,
respeitar e compreender o mundo; nele é inerente à compreensão sobre a
vida dos animais. O episódio do sacrifício de cães de uma determinada
raça vem depondo contra todas as formas de se promover esta educação
que o mundo necessita urgentemente busca encontrar sentido. Enquanto,
como educadores buscamos incansavelmente encontrar o caminho do
conhecimento de todas as ciências e do aperfeiçoamento social mais
justo humanamente, trabalhando com conteúdos, atitudes e valores
antiviolência, fomos bombardeados pelos jornais locais, internet, sites
de relacionamentos que clamam pela vida destes animais em Campinas, que
mesmo caracterizados como violentos, são inocentes.
O poder público
necessita cumprir também o papel de educador social e implantar
programas educativos quanto à posse responsável, a importância da
esterilização como meio de combate ao abandono de qualquer raça de
animais. O poder público e os responsáveis pelos órgãos não
governamentais devem ser nossos parceiros na educação contra a
injustiça e todas as formas de violência. Devem proteger os animais e
serem parceiros na educação integral de um povo. Em tempo: Não
compartilho das últimas notícias de que são as comunidades,
especialmente as carentes, abandonam seus animais. Isto ocorre em
qualquer classe social e em qualquer local do mundo, por mais
desenvolvido que seja. Acredito que atitudes desumanas e violentas têm
suas razões pautadas nos objetivos que temos e que queremos para a
educação de um povo.