Educação para todos

 

                A crise econômica mundial coloca em risco as metas da Unesco e portanto, o planeta pode andar para trás nos próximos anos. Milhões de crianças mais pobres do mundo correm o risco de ficar fora dos bancos das escolas em conseqüência da crise financeira mundial. Com milhões de crianças ainda sem acesso à educação, a desaceleração do crescimento econômico, somada ao aumento da pobreza e das pressões exercidas sobre os orçamentos públicos dos países, pode comprometer os progressos realizados no âmbito da educação ao longo da última década.

                Infelizmente apesar dos altos investimentos, a qualidade da educação no Brasil ainda é baixa, principalmente no ensino básico. Apesar da melhora apresentada nos últimos anos, o índice de repetência no ensino fundamental é o mais elevado da América Latina e fica expressivamente acima da média mundial. O alto índice de abandono nos primeiros anos de educação também alimenta a fragilidade da educação no Brasil. Cerca de 13,8% dos brasileiros largam os estudos no primeiro ano de ensino básico. O país só fica a frente da Nicarágua na América Latina. Se as tendências confirmarem, milhões de crianças e adolescentes em idade escolar permanecerão fora da escola nos próximos três anos, sendo 54% aproximadamente do sexo feminino.

                Serão necessários ainda mais de dez milhões de professores a mais no mundo para que a universalização do ensino primário seja atingida, isso daqui a mais de uma década. Apesar dos esforços, poucos incentivos foram satisfatórios para reduzir à metade o número de adultos analfabetos. Mas se pensar no melhoramento do acesso à educação, ou mesmo torná-la economicamente acessível pode reverter o quadro, talvez. Assegurar que as crianças marginalizadas tenham acesso fácil a um ensino de qualidade, oferecendo estímulos aos professores que trabalham em regiões rurais e nas zonas urbanas desfavorecidas. Integrar estratégias de educação e programas mais gerais de combate à marginalização, poderão atenuar bastante esses dados catastróficos, talvez assim, tenhamos uma chance. Não saberemos se não tentarmos, só sabemos ao certo que uma educação para todos e de qualidade ajuda e muito a um indivíduo a se reconhecer e ser reconhecido na sociedade e isso é fato!