EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA PERSPECTIVA DE MUDANÇA NO ÂMBITO ESCOLAR

Por Sandra de Oliveira | 21/02/2022 | Educação

RESUMO

Analisar a escola como organização, direção e gestão é, de certa forma, um desafio pela complexidade que se apresentam às discussões dos problemas no setor educacional, que faz parte de um sistema produtivo mais amplo, justamente por seu poder regulador. A preocupação com a educação que considera as relações entre as pessoas dentro de uma escola é ainda, no contexto que está inserida, não é nenhuma novidade pedagógica da qual se devam vangloriar seus educadores que enxergam a escola como uma organização responsável por uma função social, a qual deve cumprir seu verdadeiro papel: a formação do cidadão. Sendo assim, percebe-se que apesar de existir propostas para as mudanças para construção de uma escola autônoma (principalmente no papel), no real vivido, essa construção ainda não existe, ou pouco existe, e que o que se pode observar são propostas instituídas por decreto, o que descaracteriza a verdadeira autonomia da escola. Est a análise resulta de um esforço e de uma tentativa de exame destes problemas, que certamente não excluem outras possibilidades de análise. Palavras-chave: Inclusão. Autonomia. Comunidade educativa.

1. INTRODUÇÃO

Neste mundo caracterizado pelas inúmeras exigências de um sistema predominantemente mais forte a outros diversos subsistemas que, procuram à medida do possível, readaptar aos avanços que são frutos da procura incessante de desenvolvimento e afirmação de poder, torna-se preocupante, de modo especial, estas exigências que são colocadas pelo sistema dominante (o capitalismo) ao setor da educação. Isso se faz emergir discussões, reflexões, a respeito da qualidade do ensino, da organização, direção e gestão da escola, que são imensamente interessantes para uma contribuição na busca de uma escola que ao desempenhar sua função social, o faça, com critérios envolvendo uma totalidade que a cerca, desde os integrantes considerados como funcionários da escola, até membros que às vezes não são considerados como integrantes ou como atores do desenvolvimento do processo educativo, no caso, todos os elementos que estão ligados ao contexto da escola – as comunidades. Nesse sentido, procurou-se situar primeiramente a escola como organização e comunidade educativa. A escola tem sua função social, tem o seu papel que é a formação do cidadão através de uma pedagogia que considera o outro, ou seja, a pedagogia da alteridade. Sobre escola inclusiva e inclusão social, como diz Morin (1999), há uma incessante necessidade de a escola construir seu próprio projeto educativo e considerar a realidade em que está inserido, considerar os direitos das pessoas, considerar o humano. A escola como organização que aprende, precisa estar atenta aos pilares da educação (relatório da UNESCO) e os saberes citados por Morin (1999), para uma educação do futuro em que a busca maior é a realização do ser humano. Por fim, este estudo aborda a questão da desconcentração que coloca a administração mais perto das escolas, a descentralização que ajuda na democratização da escola através da construção do projeto educativo, e a autonomia que é tão significante, já que é a escola que vive o seu cotidiano, seus problemas e seus sonhos. [...]

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