Podemos constatar que muitos são os problemas encontrados na tentativa de proporcionar uma oportunidade de escolarização a crianças com problemas de desenvolvimento.

Considerar como avanço o direito de matricular crianças  com necessidades especiais em salas de aula do ensino regular sem que haja uma pratica pedagógica coerente para que esta criança possa “aprender” o que a escola se propõe a “ensinar” não  parece muito melhor que o oferecido pelas “ classes especiais” que por sua vez não os favoreciam na questão da inclusão social . No entanto a  proposta  da “Educação Terapeutica”  embora ainda recente e restrita parece trazer novas esperanças para o futuro destas crianças que ate o momento só vivenciaram a “inclusão simbólica”

Se por um lado temos hoje um acervo infindável de estudos científicos, seculares apontando os melhores caminhos a seguir por outro a impressão é de se ter  um exercito  formado por burocratas alienados  determinados a garantir que o acesso de educadores, pais, psicólogos e especialistas não ultrapasse os limites da mera observação para fins acadêmicos.

Desta forma,  supor que os problemas atuais   ,  possam se resolver sem que haja uma efetiva interação do trabalho psicanalítico e educacional, seria no mínimo uma demonstração de incompetência , ou pior ainda,  forte indício de improbidade

Enfim, apesar de confortante ser o saber de que ainda podemos contar com a determinação de estudiosos como os autores dos artigos citados em dar voz aqueles que de fato deveriam centrar os objetivos primeiros de um sistema comprometido com a saúde mental e as questões emocionais de seus educandos, continuamos expostos ao absurdo de ter que lidar diariamente com o fato de que, salvo os abençoados pela sorte de contar com profissionais realmente comprometidos em ajuda-los,  irão frequentar as aulas até que seus pais ou elas próprias se convençam de que insistir em algo que de nada vale é pura estupidez

Afinal, como já dizia Einstein “ Somos todos geniais. Mas se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em árvores, ele passará sua vida inteira acreditando ser estúpido.”