O relevante papel da Educação no desenvolvimento dos indivíduos e das sociedades amplia-se ainda mais no despertar desse novo milênio e aponta para a necessidade de se construir um currículo voltado para a inclusão de Pessoas com Deficiência – PcD, como cidadãos responsáveis e participativos. Vive-se numa época marcada pela competição, onde os progressos científicos e tecnológicos definem o futuro das pessoas no mundo do trabalho. Tal demanda leva a pensar na inserção dos alunos com qualquer deficiência no ensino comum. De que forma vem acontecendo à inclusão educacional diante deste contexto?

O pensar pedagógico ante a Educação Especial e sobre tudo a inclusão, leva aos diversos questionamentos. Entende-se, contudo, que a Educação Especial não é mais concebida como um sistema educacional paralelo, mas como um conjunto de medidas que a escola comum põe a serviço de uma resposta adaptada à diversidade dos alunos.

Segundo Leontiev (1978), neste cenário, surge a necessidade de se pensar num currículo, onde estejam implícitas as adaptações curriculares que são consideradas estratégias e os critérios de atuação dos docentes nesta interligação do deficiente com o mundo acadêmico, admitindo decisões que oportunizam adequar a ação educativa escolar às necessidades particulares de cada um.

A implementação da Educação Inclusiva não é tarefa fácil (CANDAU, 2001), pois o professor precisa garantir o aprendizado dos demais, no âmbito das atividades diárias da sala de aula e do planejamento para esta turma. As adaptações curriculares propriamente ditas, no processo de inclusão do deficiente, são objetos das discussões, pois se sabe que a realização destas, é o caminho para o atendimento das necessidades específicas de aprendizagem dos alunos.

Neste diasapão de observação há a nova formatação de currículo para PcD, a linguagem curricular na conjuntura da educação e aplicação de novas dinâmicas curriculares para PcD, compreendendo a aplicabilidade do currículo adaptado e suas flexibilizações no Projeto Curupira,  para os alunos deficientes inclusos no ensino comum da rede pública, com o propósito de estimular o processo de uma aprendizagem significativa. Vale destacar a importância do professor enquanto mediador da aprendizagem no contexto da escola inclusiva, assim como discutir conceitos e metodologias a serem utilizados pelo docente a fim de fundamentar sua prática pedagógica.