Universidade de Brasília – UnB

Instituto de Psicologia – IP

 

Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano – PED

Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde - PGPDS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REGIANE CRISTINA LEANDRO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A VISÃO DOS EDUCADORES SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE BARRA DO BUGRES-MT

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar, do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano – PED/IP – UnB/UAB.

 

Orientadora: ELIZIANE NAVARRO

 

 

 

BRASÍLIA/2019

 

 

TERMO DE APROVAÇÃO

 

 

 

 

 

REGIANE CRISTINA LEANDRO

 

 

 

 

 

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A VISÃO DOS EDUCADORES SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE BARRA DO BUGRES-MT

 

 

 

 

 

 

 

 

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de

 

Especialista do Curso de Especialização em Desenvolvimento Humano, Educação e.

 

Inclusão Escolar – UnB/UAB. Apresentação ocorrida em _16__/__03__/2019.

 

Aprovada pela banca formada pelos professores:

 

 

 

 

 

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ELIZIANE NAVARRO

 

 

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LUIZ MARTINS

 

 

 

 

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REGIANE CRISTINA LEANDRO

 

 

BRASÍLIA/2019

 

 

DEDICATÓRIA


 

 

Dedico este trabalho, à minha mãe, Ana Rodrigues e ao meu pai Augusto Leandro. Dedico também a minha filha Amanda, e minha amiga companheira Lucilene, que tolerou as minhas ausências durante os anos da minha formação na especialização em Desenvolvimento Humano. E dedico, também, aos demais familiares e amigos, enfim, a todos os que sempre acreditaram em mim.

 

 

 

 

 

AGRADECIMENTOS

 

Os meus agradecimentos, em primeiro lugar, ao criador (Deus), por ter me concedido mais uma vitória.

Ao meu pai Augusto Leandro que sempre orientou os seus filhos em relação à importância de ir em busca dos estudos para conseguir alcançar os objetivos, através de dedicação. A minha mãe Ana Rodrigues de Meireles que me ensinou a não fraquejar, mesmo nos momentos mais difíceis. Minha mãe, mulher de fé e guerreira.

 Agradeço à minha irmã Roseane Cristina Leandro pela compreensão e pela paciência durante todos esses anos. À minha filha Amanda Cristina Leandro Silva, por ser o motivo pelo qual quero sempre ir em frente, sem fraquejar e sem desistir, e a todos os parentes que sempre me incentivaram e aprovaram as minhas escolhas.

Agradeço as minhas colegas de curso e as minhas professoras Patrícia e Eliziane Navarro, pois passamos por momentos de tensões e dificuldades juntas, mas também compartilhamos momentos maravilhosos. Foram anos de muito aprendizado, por isso agradeço ainda aos membros dos grupos de estudos (socialização via fórum SKYPE), aos professores e coordenadores do curso de especialização, em especial a minha orientadora Eliziane Navarro.

 

 

RESUMO

A educação inclusiva escolar é um paradigma a ser quebrado. O presente trabalho tem como objetivo uma reflexão com base em uma pesquisa que foi realizada na Escola Municipal São Benedito, localizada na zona rural do município de Barra do Bugres-MT, acerca de como é a visão dos educadores dessa escola sobre o processo de ensino aprendizagem da educação inclusiva escolar, tendo como foco a sala do sexto ano, onde os mesmos atendem uma aluna com deficiência (Retardo Mental Moderado, paralisia cerebral quadriplégico espatica). Para isso, optamos por nos debruçar na visão dos educadores em relação ao tema proposto, levando-se em conta a importância desses professores na relação da educação inclusiva escolar. A metodologia utilizada foi à pesquisa qualitativa, através de entrevista com sete perguntas estruturadas para cinco professores do sexto ano, observação da aluna e uma análise reflexiva acerca dos apontamentos dos professores, coordenador, Diretor da escola como um todo, visando compreender os desafios e as deficiências desse sistema de ensino-aprendizagem.

 

Palavras- chave: Professores. Zona Rural. Educação Inclusiva.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

RESUMO

1.    APRESENTAÇÃO.. 1

2.    FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.. 3

3.    OBJETIVOS. 6

3.1 OBJETIVO GERAL. 6

3.2OBJETIVOS ESPECÍFICOS. 6

4.    METODOLOGIA.. 7

4.1PARTICIPANTES. 8

4.2 MATERIAIS: 8

5.            INSTRUMENTOS (Impressões de campo) 8

6.    RESULTADOS. 9

6.1 A ESCOLA E A MÁRCIA.. 9

6.2 OS PROFESSORES E A MÁRCIA.. 13

7.    CONSIDERAÇÕES FINAIS. 15

8.    REFERENCIAS. 16

APÊNDICES. 18

ANEXOS. 21

 

 

  1. APRESENTAÇÃO

O presente estudo teve como finalidade observar, através de uma pesquisa de campo que foi realizada na escola Municipal São Benedito, localizada na zona rural do município de Barra do Bugres-MT, como é a visão dos educadores dessa escola sobre o processo de ensino aprendizagem da educação inclusiva escolar, tendo como foco a sala do sexto ano, onde os mesmos atendem uma aluna com Retardo Mental Moderado, paralisia cerebral quadriplagico espatica, levando-se em conta a importância desses professores na relação da educação inclusiva escolar.

Ser professor é transmitir conhecimentos e criar meios e possibilidades que facilitem a aprendizagem e inclusão do aluno, para que essa inclusão ocorra, a escola tem que ser composta por um grupo de educadores unidos com objetivos voltados ao desenvolvimento e formação de alunos para a sociedade. O educador então deve visar diferentes caminhos nas relações de ensino aprendizagem, contando com a contribuição do espaço escolar na construção e inclusão dos alunos, por isso ele tem que ir além à busca de uma mediação qualitativa que possibilite formar estudantes participativos, éticos, crítico e que saibam seus direitos e deveres perante a nossa sociedade.

Portanto, um dos motivos da realização dessa pesquisa é refletir sobre a forma como acontece a inclusão escolar, pois a educação inclusiva constitui em um paradigma a ser quebrado por todos nós educadores. Dessa forma, nada mais inerente do que pensar nesse processo de forma a auxiliar o professor na construção do conhecimento.

A escolha do tema de investigação foi educação inclusiva no contexto escolar de uma escola municipal em Barra do Bugres. A escola São Benedito, campo de observação e entrevista tem como entidade mantenedora, Prefeitura Municipal de Barra do Bugres, o documento que configura a identidade desta unidade escolar é o PPP e o Regimento interno.

Optei pela pesquisa qualitativa, pois ela se caracteriza como sendo um estudo detalhado de um determinado assunto, sendo assim, um método eficaz para se obter informações do assunto realizado. O aporte teórico consiste nos estudiosos: Bronfrenbrenner (1999), Vygotsky (1998), Kelman e Amparo (2005).

 Foi utilizado para coleta de dados, uma pesquisa através de observação e entrevista com sete perguntas estruturadas por meio de questionário na Escola Municipal São Benedito, com uma breve analise nos documentos norteadores da escola como regimento interno e o Projeto Político Pedagógico (PPP), observação dos registros da aluna, laudo identificando as patologias CID F71, Retardo mental moderada menção de ausência de comprometimento mínimo do comportamento, CID G800 Paralisia cerebral quadriplagico espatico, e análise tanto da interação da aluna com os professores e os outros alunos, como também com o ambiente escolar como um todo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

Quando olhamos para o passado, sabemos que as pessoas com algum tipo de deficiência passaram por muitas lutas para conquistar os seus direitos. Porém com o passar do tempo surgiram leis que garantem às pessoas com deficiência, o direito de se inserir no meio social, inclusive através do acesso às escolas.

A Política Nacional de Educação Especial foi apresentada pelo Ministério da Educação em janeiro de 2008, como uma tentativa de acompanhar os avanços do conhecimento e de lutas sociais, visando construir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os estudantes. Embora haja leis com garantias, essa inclusão muitas vezes se faz só no papel.

Fato que a Constituição Federal (1988, Art. 205) coloca, “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, sabemos que ainda se vê alunos que se dizem inclusos, e na verdade estão no ensino regular como se fosse parte daquele lugar por ter os seus direitos assegurados por lei, porém, não estão sendo incluso de fato.

A formação dessas pessoas com algum tipo de deficiência está ligada de um modo geral a escola e suas metodologias, a família e a escola ligados em um só objetivo de formar cidadãos e de incluir essas pessoas em nosso meio social.

Desta forma: Pulino (2001) diz que:

 

Se uma bate na outra, o/a educador/a explica que não se deve fazer isso, que dói, e tenta resolver o conflito que desencadeou a agressão. Enfim, agindo conforme as regras da escola e seus conhecimentos é esperado que o/a educador/a cumpra sua função de mediador/a, de representante da cultura ao mesmo tempo em que cuida do desenvolvimento afetivo-cognitivo e social de cada criança, a qual se constitui como pessoa no seio dessa cultura  (PULINO, 2001, p. 418).

 

Um dos objetivos primordial e necessário é que a escola necessita de qualificação especifica para dar apoio, usando materiais norteadores que possibilitam a evolução do ensino aprendizagem para essas crianças e que respeitem os seus limites e a capacidades de cada um deles.

 

Bronfrenbrenner (1999) enfatiza que os três principais sistemas que afetam a criança em desenvolvimento são: a família, a escola e o ambiente externo a estes dois contextos.

Neste sentido, esse elo de família e profissionais da educação traz muitos benefícios, tanto para escola quanto para os seus educandos, já que agrupa todos os interessados focados nos mesmos objetivos.

A escola deve ter a participação da comunidade interna e externa em todos os níveis de decisões, para mudar é preciso ter o apoio da sociedade, seus governantes, além de valorizar a participação da família, pois ela é tão importante quanto o conteúdo, e acima de tudo respeitar o meio social e cultural da criança.

 Nos dizeres de Vygotsky (1998) “o bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento e atua na zona de desenvolvimento proximal, naquilo que o sujeito ainda não consegue fazer sozinho e com segurança”.

O ato de desenvolvimento da aprendizagem tem que ser um elo entre ideias e afetividades, valorizando as necessidades de formar cidadãos.

Desta forma, segundo DESSEN & POLONIO (2005) “os benefícios de uma boa integração entre a família e a escola relacionam-se a possíveis transformações evolutivas nos níveis cognitivos, afetivos, sociais e de personalidade dos alunos”.

Os educadores são desafiados, a todo o momento, quando estão inseridos no meio educacional. Um desses desafios é o de se trabalhar de fato a inclusão, já que a escola deve atender um público heterogêneo e ao mesmo tempo proporcionar acesso à educação de forma igualitária.

Nos dizeres de KELMAN E AMPARO (2015) “a escola é uma importante agência social promotora do desenvolvimento e da construção do saber”.

 Diante disto, teoria e pratica passam em um processo de construção de conhecimento, contudo, a idealização de uma educação inclusiva deve partir da intencionalidade de formar cidadãos críticos, reflexivos conhecedores dos direitos e deveres e acima de tudo a perseverança para obter os conteúdos e seus objetivos sempre alcançados.

 Não basta acolher e promover a interação social, mas sim ensinar,  que todas as diferenças  são normais e que a aprendizagem deve ajustar-se as necessidades de cada um. Sabemos que o tempo do aluno com algum tipo de deficiência, não é o mesmo tempo da turma a qual pertence, não obedece aos prazos do currículo e do sistema e também, quando se respeita esse tempo, se respeita a identidade do aluno, o que implica na inclusão, uma vez que está significa respeitar os limites e o tempo do outro, também considerar como esse se apresenta na sociedade.

O currículo e a proposta pedagógica permitem que o educador se baseie na intencionalidade das suas ações e exercite o seu papel como mediador pedagógico desenvolvendo assim a aprendizagem da criança, envolvendo as ações, limites, subjetividades em grupos.

 Neste sentido Maciel (2010) afirma que “a escola é lugar privilegiado do ensino da língua e que ao contemplar um currículo específico, este precisa ultrapassar as limitações”.

Diante dos fatos e pesquisas, podemos refletir que a intencionalidade da comunidade escolar deve ir além dos materiais disponíveis para alfabetizar e letra, usando assim diversos recursos, práticas e respeito aos limites de cada um.

 É preciso ainda que se trabalhem políticas públicas para incluir essas pessoas com algum tipo de deficiência em nossa sociedade e no meio educativo em razão disso, é necessário que as escolas busquem recursos que possibilitem acessibilidade nas atividades desenvolvidas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. OBJETIVOS

 

3.1 OBJETIVO GERAL.

 

Analisar, no sexto ano do ensino regular na escola da zona rural do município de Barra do Bugres – MT, como se dá o processo de inclusão de uma aluna com deficiência, enfocando a pratica pedagógica e a percepção do quadro docente.

3.2OBJETIVOS ESPECÍFICOS.

Compreender como vem sendo o olhar dos educadores para a educação inclusiva.

Entender como os educadores e a escola se organiza para incluir todos os alunos sem excluir nenhuma educando de suas classes, projetos, propostas e convívio escolar.

Identificar se o olhar para o aluno com deficiência é individualizado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4.METODOLOGIA

Temos diversas formas de coletas de dados em uma pesquisa de campo, umas delas são: entrevista aberta, gravações, questionários, registros escritos de conversas não gravadas, notas biográficas, e estas na maioria das vezes devem manter uma interação entre dados reais e comparação teórica.

A metodologia utilizada neste estudo foi uma abordagem qualitativa, que se aplicou nas informações da entrevista e também de observação.

Sendo assim, distingue-se o qualitativo do quantitativo na seguinte formalização: “o quantitativo tem a ver com o objeto passível de ser mensurável” (BICUDO, 2004, p. 103 apud BORBA, 2004, p. 103). “O qualitativo engloba a ideia do subjetivo, passível de expor sensações e opiniões” (BICUDO, 2004, p. 104).

Desta forma optei pela pesquisa qualitativa, pois os entrevistados ficam livres para expor as suas opiniões sobre o assunto, o proposito da entrevista não é coagi-los para contabilizar quantidades e sim atingir resposta para a pesquisa.

Foi uma pesquisa através de observação e entrevista com sete perguntas estruturadas, respondidas pelos cinco professores da sala, além de uma análise das observações feitas acerca de como vem sendo a educação inclusiva na Escola Municipal São Benedito na sala do sexto ano, aonde uma aluna com Paralisia cerebral e retardo mental frequenta no período matutino.

Para desenvolver a pesquisa optei pela entrevista semiestruturada, pois está atenderia melhor os objetivos, foi elaborado um roteiro com sete perguntas que foram usados em professores participantes, os entrevistados tiveram as identidades preservadas, como o direito de não responder algumas perguntas, a entrevista foi uma conversa informal com cada um dos participantes tornando assim uma roda de conversa com os professores do sexto ano aonde a aluna Márcia frequenta.

Os dados coletados para pesquisa foi feito através de um dialogo com o coordenador e diretor da escola e com cinco professores que responderam o questionário com sete perguntas, todos participaram por livre vontade assinando assim a declaração de participação livre, a observação na sala do sexto ano foi através de registro manuscrito em diários de campo, com o olhar nas relações dos alunos com a Marcia e professores, a pesquisa foi desenvolvida nas aulas de geografia, história, educação física, artes, português, matemática.

                                                                                                                             

4.1PARTICIPANTES

 

Participaram dessa pesquisa, a aluna Márcia (nome fictício), Diretor Jose, Coordenador Miguel além dos professores Antônia, Marcio, júnior, Carlos, Luciana, nomes fictícios para preservar a identidade dos professores, suas formações são em: pedagogia, letras, inglês.

A estudante em questão, Marcia, tem o laudo cid. F71- Retardo Mental Moderada menção de ausência de comprometimento mínimo do     comportamento, G800 - Paralisia cerebral quadriplagico espatico. Além de estar matriculada no sexto ano da escola municipal, Márcia frequenta a APAE - FAVO DE MEL em Barra do Bugres-MT, uma vez por mês, para acompanhamento especializado com a equipe de fonoaudiólogo, assistente social, dentista, medico especialista em neurologia, psicólogo e fisioterapeuta.

 

4.2 MATERIAIS:

 

Além da observação e entrevista foi utilizado, ainda, para coletas de dados um questionário contendo Sete questões que visam dar condições para a análise.

 

 

5.INSTRUMENTOS (Impressões de campo)

 

A pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipal São Benedito através de coletas de dados e observações. Os professores entrevistadas contribuíram com observações acerca de seus alunos, referentes à educação inclusiva, por meio do questionário abaixo:

As crianças se relacionam uns com os outros e com essa aluna que tem algum tipo de deficiência?

Quais atividades você entende que contribuem para interação desses alunos com algum tipo de deficiência? Essas atividades contribuem para inteiração dessas alunas? De que maneira?

Que tipo de jogos e brincadeiras é utilizado no processo de inclusão desses alunos?

Na instituição existe uma brinquedoteca? Se não, como trabalhar sem uma brinquedoteca?

Há itens adaptados que favoreçam o desenvolvimento dessas crianças com algum tipo de deficiência?

O ambiente favorece e é apropriado para educação inclusiva.

Os profissionais participam de formação especifica em educação inclusiva? Ou formação continuada?

 

                                                                                                

  1. RESULTADOS

 

6.1 A ESCOLA E A MÁRCIA

 

A Escola Municipal São Benedito situada na zona Rural, Fazenda Cabaças S/N. A legislação que normatiza o funcionamento da Escola Municipal São Benedito é decreto municipal 220/83, com denominação atual determinada pela resolução 072/12 -06-74. Reconhecida pela portaria 3277/1992 e portaria N.430/04 CEE/MT, regimento interno e o PPP (Projeto Político Pedagógico) documento este confeccionado pela comunidade, juntamente com funcionário da escola e aprovado pelo conselho deliberativo.

As práticas de conhecimentos, atividades desenvolvidas ou planejadas, a legislação educacional do regimento da escola e demais normas legais que orientam os direitos e deveres dos profissionais da instituição, são observadas através do PPP e do Regimento interno.

Observando os documentos norteadores da Escola São Benedito pôde perceber que não consta nele (PPP) legislação sobre deficiente nem no regimento interno.

É oferecida na escola São Benedito, pré-escola meio período, ensino regular fundamental anos finais meio período, ensino regular fundamental anos iniciais meio período, atendendo assim a demanda total de 220 alunos.

O plano de carreira dos servidores da educação da instituição é regulamentado pelo PCCS (Plano de Cargo e Carreira dos Servidores) que contribui para o progresso dos profissionais da instituição tendo o objetivo de crescimento.

O prédio é de instalação própria, os equipamentos pedagógicos são adequados para a estrutura. O espaço é amplo com salas bem climatizadas, possui refeitório, banheiros arejados, tanto para os alunos quanto para os funcionários, no entanto, a escola não é acessível aos portadores de deficiência pelo fato de não possuir rampas de acesso, banheiros adaptados para cadeirante, não possui bibliotecas, laboratório de informática, quadras de esporte, sala de atendimento especializados.

Como vimos, o prédio da instituição é amplo, não tem acessibilidade para cadeirante, seria muito importante se a escola fosse adaptada, a Marcia se locomove com dificuldades no pátio da escola, frequentando os lugares de fácil acesso como: refeitório, banheiro com ajuda da auxiliar de pátio que acompanha nos momentos em que ela não esta em sala. A aluna se alimenta sozinha, não fica em fila, e o ambiente escolar não contribui para sua locomoção.

GIL E BARBATO (2015) asseveram que "conhecer as condições de desenvolvimento de um novo aluno é de fundamental importância para o educador. Na maioria das vezes, o laudo médico não nos informa diretamente como a criança se locomove, alimenta-se ou se comunica". Dessa forma, o professor tem que ir em busca de informações do aluno com a família, fazer uma pequena sondagem para tentar acolher esse aluno da melhor forma possível.

Conforme LDBEN n°9.394/96 em seu artigo 12, a escola tem responsabilidades de administrar seu quadro pessoal de recursos.

A escola de ensino regular pública é financiada pelo poder público e por isso os recursos orçamentários destinados necessitam que haja previsão e controle interno e externo das contas, sempre com total transparência da aplicação.

Segundo o coordenador da escola, a instituição recebe uma vez por ano, o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e o Programa Facilitar, que são recebido em quatro parcelas durante o ano, ambas designadas para compras de materiais permanente, consumo e manutenção. A alimentação é destinada pelo governo federal e pelo município de Barra do Bugres. A subdivisão dos recursos é feito pela secretaria Municipal de Educação.

Segundo informações do diretor e coordenador da instituição esse programa Facilitar é direcionado para fazer pequenos reparos na instituição e que ele ainda pretende ir em busca de melhorias e uma dessas melhorias seria adaptar o ambiente para melhor acolher os alunos com necessidades especiais.

Pode-se dizer que todo gasto atribuído à escola tem a supervisão do conselho deliberativo da mesma e depois é repassado para comunidade escolar, através de reunião na instituição em forma de prestação de conta.

O corpo docente da escola é composto por catorze professores, um TDI, dois funcionários públicos contínuos, duas cozinheiras, um coordenador e um diretor, um Técnico em Multimeio Didático, e seu público alvo é bem diversificado, pois atende a região toda das proximidades da fazenda cabaças, possui transporte público (secretaria de Educação).

Desses catorze professores tanto pedagogos quanto professores de inglês, português, matemático, educação física, artes, só cinco educadores são professores da aluna Marcia, não participam de cursos, capacitação, a formação continuada não é voltado para inclusão escolar, sim para alguns repasses e estudos dos documentos norteadores da escola, o coordenador informou que o corpo docente da instituição participa de formação que a Secretaria de Educação oferece em conferencias, semanas pedagógica.

O pedagógico da escola visa garantir o bem estar e o desenvolvimento da criança respeitando a cultura de cada um. O planejamento é feito semanalmente, sempre visando o que se pede no PPP. A instituição desenvolve projetos que trabalha a melhoria da leitura, horta que visa alimentação saudável.

Nos dizeres de POLÔNIA E DESSEN (2005), “a escola deve reconhecer a importância da colaboração dos pais na história e no projeto escolar dos alunos e auxiliar as famílias a exercerem o seu papel na educação, na evolução e no sucesso profissional dos filhos e, concomitantemente, na transformação da sociedade”.

A Marcia não participa dos projetos que a instituição desenvolve, não interage com os alunos e professores. A visão dos cincos educadores são que a aluna só frequenta a escola para não perder o beneficio do INSS.

A organização curricular tem como objetivo criar situações para o bom desenvolvimento da criança bem como desenvolver a capacidade de comunicação e expressão com o intuito de interação social.

No entanto, no que diz respeito às aulas observadas foi possível perceber que a Márcia é exclusa do social escolar, já que ela não leva nem mesmo cadernos para escola, somente os lápis de pintar, a pintura é a única atividade que ela desenvolve com todos os professores, as atividades são sempre diferentes para os outros.

Apoia os princípios da psicologia do desenvolvimento reconhece a importância das fases da vida do ser humano, tendo como base norteadores teóricos sócio Interacionista como Vygotsky.

Diante disso, Vygotsky (1997) ressalta que:

 

Portanto o processo de desenvolvimento de uma criança deficiente está condicionado socialmente em forma dupla: a realização social do defeito (o sentimento de inferioridade) é um aspecto do condicionamento social do desenvolvimento: seu segundo aspecto constitui a orientação social da compensação para adaptação as condição ao tipo Humano normal (VYGOTSKY, 1997, p.19).

 

A Marcia é uma aluna muito tímida, não olha para o rosto das pessoas sempre fica sentada, se ninguém for perto dela para oferecer agua ou perguntar se ela quer ir ao banheiro, ela fica imóvel só pintando de cabeça baixa.

Ela tem um livro de matemática novo intacto, na aula de matemática os outros alunos ditos normais participam de atividades no quadro, usam o livro, interagem em dinâmicas, jogos, no entanto a Marcia só desenvolve as atividades de pintura.

Ela não tem interação com os outros alunos dentro da sala de aula, somente a professora que chega perto, sem dar feedback sobre a pintura toda sem direcionamento que ela produz.

A sala de aula em que Márcia esta inserida não é muito agitada e tem vinte alunos no total, quase todos os alunos sentam em forma de círculo, o intuito de sentar os alunos em sala de aula em círculos é uma forma de interação para que ninguém fique excluído, no entanto a Marcia fica sentada no fundo da sala sem estar inserida na roda dos alunos.

De acordo com o PPP da escola, a expectativa é que os objetivos de desenvolvimento sejam de situações propicias e exploradora na construção de significados possibilitando um ensino de qualidade.

No entanto, todos os professores do sexto ano falam a mesma coisa: ela só está inserida nesta sala para justificar que esta inclusa no meio escolar, se não estiver inserida em uma escola, o sistema pode bloquear o seu benefício do INSS.

 

 

 

6.2 OS PROFESSORES E A MÁRCIA

Aqui trataremos das sete perguntas feitas na entrevista com professores Antônia, Marcio, júnior, Carlos, Luciana, nomes fictícios para preservar a identidade dos professores, suas formações são em: pedagogia, letras, inglês, em comparação com o aporte teórico e as observações em sala de aula e pátio.

O cotidiano de uma escola tem que contemplar e coordenar atividades de sala de aula juntamente com atividades lúdicas, garantindo momentos de aprendizagem através da interação. Nos dizeres de VYGOSTSKY (1997) “tudo reside no fato de que o pensamento e o afeto representam partes de um todo único-a consciência humana”.

Ao tratar do relacionamento entre os alunos como um todos os professores em questão afirmou que “as crianças do sexto ano se relacionam bem uns com os outros, mas com a aluna especial não, eles não interagem com ela, pois ela fica sentada o tempo todo na cadeira e só sai para ir ao banheiro e lanchar”.  

Diante dessa primeira resposta foi possível perceber que Márcia é exclusa da vida social na escola. Segundo a pesquisadora Cristina Coelho (2010):

 

Como instituição social, a escola apresenta um forte apelo à seletividade. Na tentativa de homogeneizar os sujeitos em torno de um padrão referencial, exclui aqueles que por diferentes razões resistem a essa homogeneização. Para mascarar o processo de exclusão, criam-se diferentes mecanismos de oferta de serviços educacionais ou mesmo terapêuticos para esses sujeitos. (COELHO, 2010, p. 56)

 

Desta forma sabemos que a Educação atual tem que seguir um padrão de escola para todos e cumprir o papel de assegurar os direitos dos cidadãos de frequentar o espaço escolar, sem distinções de raças ou deficiências sem excluir ninguém, porém, ainda falta muita melhoria, e o desenvolvimento fundamental para a inclusão seria se todos se colocassem no lugar do outro.

 No que diz respeito às atividades que contribuem para a interação, os referidos professores assegura que “a única atividade que é planejada para a aluna Marcia são desenhos, pois ela gosta de pintar e não acompanha o ritmo da sala.” Nas observações, foi possível constatar que na aula dos cincos professores, a aluna fica sentada o tempo todo e só pinta desenhos, sem nenhuma noção de dentro fora.

Vale ressaltar que o mesmo acontece na aula de educação física, onde a aluna não participa de nenhuma atividade esportiva, ou mesmo jogos e brincadeiras que garantam o processo interacional. É importante lembrar também a importância dos recursos tecnológicos, equipamentos e jogos pedagógicos contribuem para que as situações de aprendizagem sejam mais agradáveis e motivadoras em um ambiente de cooperação e reconhecimento das diferenças.

Questionada acerca da brinquedoteca, os educadores relataram que não há esse recurso na instituição e a alternativa é trabalhar com brincadeiras no pátio e ao redor da escola perto do posto de saúde, onde há uma área para fazer atividades físicas. Contudo, Márcia não participa das atividades lúdicas da sala, pois não interage com as outras crianças. Complementaram ainda dizendo que “o brincar é um modo de representar, experimentar e conhecer a cultura que cada aluna traz com sigo, embora não haja itens adaptados que favoreça o trabalho com esses alunos com deficiência”.

O educador precisa estar sempre inovando as suas praticas e não se deixar levar pelo medo de ousar, estar em busca de conhecimento sempre.

O professor precisa manter-se preparado para os desafios diários, estar em formação constante para tentar relacionar a teoria na pratica, e o planejamento é fundamental, levando em conta a particularidade de cada criança.

Essa pratica, no entanto, exige professores capacitados e atualizados no que diz respeito aos avanços na área da educação inclusiva, o que não acontece na escola, já que os professores e a equipe gestora da escola afirmou que a formação continuada não é especifica para educação inclusiva, e é voltada para as práticas cotidianas e estudos dos documentos norteadores da instituição.

Sabemos que a educação inclusiva é um paradigma a ser quebrado no decorrer desses anos e já tivemos muitos avanços, porém teoria e pratica ainda precisam convergir e o educador tem que estar em formação constante, nunca se deixar parar por medo ou por comodidade deve estar sempre em busca de conhecimento para inovar as suas prática.

 

 

 

 

 

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Os saberes podem ser conquistados por adultos e crianças nas suas interações, a partir do seu acesso a práticas sociais e culturais. Por isso, é importante trabalhar a prática pedagógica a partir de atividades lúdicas, ligadas a inclusão das pessoas com algum tipo de deficiência, entendendo assim que através desses desenvolvimento que se estabelecem as relações de socialização e respeito mútuo.

Notamos que escola é um meio de valorizar a cultura que cada criança carrega dentro dela. Assim, ao se trabalhar com a interação dos alunos com algum tipo de deficiência, a primeira coisa a se fazer deveria ser uma sondagem da patologia que o aluno especial tem de maneira a proporcionar maior oportunidade de desenvolvimento para o aluno na educação escolar inclusiva.

A pesquisa entre dados coletados e entrevistas, observações, mostrou que o professor e a escola têm que estar em formação constante para receber esses alunos com deficiência, por medo ou falta de formação dos educadores a Marcia não esta inclusa totalmente no meio escolar e falta muito para que essa inclusão aconteça.

Um ensino integrador e de qualidade, no entanto, pode ser alcançado através de trabalho em conjunto envolvendo as politicas publicas escola, família e educadores capacitados para que alunos como a Marcia sejam ativos no contexto escolar e assim efetivamente inclusos.

 É importante salientar que o professor que trabalha diretamente com alunos especiais deve sempre ler artigos, livros e textos, participar de formações especificas que falem sobre a inclusão das pessoas com algum tipo de deficiência e que eles devem ir além, para tentar quebrar esse paradigma que é a inclusão. Por isso esperamos que os conteúdos abordados acima venham colaborar de forma objetiva e concreta para uma melhor compreensão do universo inclusão escolar.

 

 

 

 

 

 

 

  1. REFERENCIAS

 

ARALI, Dalsico: MARQUES, Genésio. Guia Didático das práticas pedagógicas e ensino/estagioIII- Orientações Gerais da disciplina. Cuiabá, 2016.

BARRA DO BUGRE, PREFEITURA MUNICIPAL. PPP. Da escola São Benedito, Barra do Bugres, 2012.

BARRA DO BUGRES, prefeitura municipal. Regimento interno. Da escola São Benedito, 2012.

BRASIL, MEC Fundo Nacional de Desenvolvimento Da Educação. Disponível em: http;//www.fnde.gov.br/programas/dinheiro-direto-escola: realizada em 17/10/2018.

 

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