Educação - De quem é a culpa?
Por Lucas Queiroz | 29/08/2009 | EducaçãoBrasil, 24 anos de democracia e o que se vê? Um futuro
inexistentes, visto o descaso com a educação do
nosso país. Nossos índices são
comparados com países como Congo e Burundi ,
países destruídos política e
socialmente por causa de conflitos internos. O Prof°
Célio da Cunha da uma explicação pelo
fracasso com a educação no país
dizendo o seguinte: “O alto índice de fracasso
é a falta de condições para o
professor. Eles não estão preparados para ensinar
alunos com dificuldades socioeconômicas.” Sua
opinião vem para complementar a de Aldous Huxley que em sua
obra Bravo ele acreditava que tudo no mundo iria mudar, mas acreditava
que a escola permaneceria imutável; um professor, alunos e
um quadro negro. Infelizmente o único quadro negro que temos
hoje é o quadro da educação como um
todo.
A constituição de 1988 estabeleceu o
direito à educação, como um preceito
legal, tendo o Estado brasileiro o dever de garantir o acesso a todos
indistintamente. O acesso de todos ao ensino fundamental, somente hoje,
após 18 anos de promulgada a carta magna, está
tornando-se realidade, mas a educação de
nível médio e superior está longe de
estar acessível à maioria da
população brasileira. Isso ocorre pela falta de
seriedade e organização dos nossos
representantes, vale ressaltar que infelizmente no Brasil a palavra
organizado só é usada para o crime: crime
organizado. É muita bala perdida! Há brasileiros
perdidos também! Brasileiros perdidos sem futuro, indo na
contra-mão do aprendizado.
Esse descaso com a
educação no Brasil está à
mostra para todo o mundo através do Banco de Dados da
UNESCO. Um dos dados mais vergonhosos ao país é o
qual a UNESCO considera 45 países, cujos índices
de repetência são superiores a 10%, o Brasil, com
taxa de 21% está entre 15 países, a maioria da
África e do Caribe. Alem da UNESCO o MEC ,
órgão nacional, diga-se de passagem,
já faz às contas dos prejuízos
financeiros que essa
“educação” está
trazendo, com a atual taxa de repetência, 24% no ensino
fundamental, a nação brasileira tem que
desembolsar R$ 7 bilhões por ano para cobrir o descaso com o
futuro da nação.
No ano de 2000 sobre
pressão de parte da população, foi
criado o Plano Nacional de Educação –
PNE, que tinha como o objetivo, obrigar que o Brasil disponibiliza-se
10% do seu PIB anualmente até 2010 para melhorias na
educação. Mas quando todos pensavam que a
educação iria para frente, veio FHC e seu o velho
‘jeitinho brasileiro’ e simplesmente vetou os 10%
do PIB, e mais uma vez viu se o futuro do país ser
engavetado.
Com o decorrer dos anos a situação
está piorando, um exemplo disso é que segundo o
MEC em 2005 o valor para garantir a educação
universal pública e de qualidade equivaleria, no ano de
2005, a R$ 180 bilhões, mas cálculos do MEC
afirmam que foram destinados à
Educação, em 2005, aproximadamente R$ 79,92
bilhões.
Com tanto descaso com a
educação, os alunos não se veem
motivados a ir às escolas, prova disso é a taxa
que evasão escolar que a cada ano vem aumentando, em 1997
ela estava em 5,2, aumentou para 8,3% em 2001. Nos cursos noturnos,
essa proporção chega a 35%.
Essa foi a
‘gota d’agua para os trabalhadores em
educação, apesar de não ser muito
divulgado, eles fizeram um movimento audaz onde eles defendem a
“conversão do pagamento da dívida
externa em investimentos para
educação”, por entender que se trata de
uma dívida, em grande parte, imoral, ilegítima e
impagável, visto que o povo brasileiro não teve
qualquer direito de opinar sobre a necessidade de se contrair esses
empréstimos, nem sobre o destino que esse dinheiro deveria
ter e teve. É mais uma alternativa inovadora de aumentar os
recursos para a educação. Há
países que deixaram de pagar a divida, com a
concordância dos credores, e nem por isso foram prejudicados,
como dizem os que são contra a essa
ação, isso só vem a mostrar a
crescente consciência da comunidade internacional para a
educação.
Esse descaso com a
educação não é por acaso,
pelo contrario os políticos sabem muito bem que uma
população “ignorante”
é mais fácil de ser manipulada, com isso eles
insistem em subestimar a inteligência das grandes massas e
também porque, mantendo grande parte das pessoas ignorantes,
mais abusos poderão cometer nas esferas de poder e manter
seus índices de popularidade elevados, em que pesem o tempo
de duração de seus poderes.
CONCLUSÃO
Não
precisa ser pedagogo ou mesmo um profissional da
educação para saber o quanto grande parte das
ações no Brasil, voltadas à
educação, está na contramão
da história. As economias de primeiro mundo ao contrario do
Brasil, coloca como seu principal produto a
educação, sabendo ela que estão a
formar cidadãos mais críticos e exigentes perante
ao governo de sua pátria. Os políticos e
governantes brasileiros deveriam ter a consciência de que a
educação é o melhor investimento para
tirar o país do atraso em que se encontra, rumo ao progresso
cultural, social e econômico desejado.
REFERÊNCIAS
•Site da UNESCO: www.brasilia.unesco.org
•Site do MEC: www.mec.gov.br
•Site do O Globo on-line: WWW.oglobo.globo.com
•Site Diário da manhã: www.dm.com.br
•Site Pagina 20: www.pagina20.com.br