UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS- UEA
NÚCLEO DE ENSINO SUPERIOR DE PRESIDENTE FIGUEIREDO
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
DISCIPLINA: INICIAÇÃO A PESQUISA GEOGRAFICA
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DE JOVEMS E ADUTOS - EJA
PRESIDENTE FIGUEIREDO-AM
2016


CLEUDILENE DE ARAÚJO SANTOS


Projeto de pesquisa solicitado pela a professora Leny Cristina Barata Souza, na disciplina de Iniciação a Pesquisa a Geográfica do curso de Licenciatura em Geografia, para obtenção de nota para a Prova Final.
PRESIDENTE FIGUEIREDO-AM
2016


RESUMO
Este Projeto tem o papel de identificar as dificuldades encontradas pelos alunos da EJA através da pesquisa feita em documento, a mesma está fundamentada nós conceitos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e na Constituição Brasileira. A educação é o maior elo de mudança na vida do ser humano, através dela o homem consegue compreender o mundo em que vive, o Brasil está dentro da escala dos países com maior taxa de analfabetos. A educação de jovens e adultos (EJA) é o estudo da aprendizagem dos jovens e adultos, que por mais de diversos motivos levaram a desistência da escolar, consequentemente as necessidades pessoais e exigências do mercado de trabalho fez com que voltassem para a sala de aula. E essa modalidade de ensino que proporciona a alfabetização do adulto na inclusão da sociedade e como cidadão, e representa a nova possibilidade de acesso ao direito á educação escolar. A EJA é um direito público subjetivo e por isso compete aos poderes públicos disponibilizar os recursos para atender essa educação. Sabe-se que existem varias Politicas Publicas voltadas para atender essa demanda, todavia na realidade falta mais investimento por partes governamentais para que este venha á permanecer em sala de aula. A educação de jovens e adultos tem encontrado muitas dificuldades no decorrer de sua trajetória e com isso ocorre a evasão escolar.
Palavras-chave: Dificuldade. Aprendizagem. EJA


1- INTRODUÇÃO
Este projeto tem como finalidade por meio de pesquisa entender as Dificuldades de Aprendizagem na (EJA), saber como esse processo se dá no ensino aprendizagem, se existe projetos para apoiar estes alunos que de alguma forma não puderam concluir os seus estudos. Apontar as dificuldades de aprendizagem encontradas pelos alunos na modalidade (EJA), pesquisar como é aplicado o processo de aprendizagem e verificar que métodos os educadores utilizam para aquisição desta aprendizagem, esses são alguns dos objetivos que esta pesquisa pretende alcançar. Por muito tempo a (EJA) foi vista como uma educação assistencialista, e como uma forma de redução do analfabetismo que foi motivo de atraso no Brasil..


2. JUSTIFICATIVAS


O presente trabalho na Educação de Jovens Adultos foi de suma importância, através dele foi possível observar as politicas públicas voltadas a esta modalidade. E analisar suas necessidades e suas dificuldades de como trabalhar com a (EJA).
5
Trabalhar sobre a Educação de jovens e adultos é muito importante porque nos remete a realidade, da atual educação do Brasil e nos faz saber que ainda há muito por se fazer.


3. OBJETIVO


3.1 Objetivos Gerais
Compreender através da Pesquisa as dificuldades de aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos (EJA). 


3.2 Objetivos Específicos
 Identificar as dificuldades de aprendizagem na (EJA)  Relatar os projetos de apoio ao aluno da (EJA)
 Analisar a importância da (EJA) em um olhar diferenciado.


4. METODOLOGIA
Este Projeto foi construído por meio de pesquisas feitas em documentos fundamentados na Educação de Jovens e Adultos e alguns livros, artigos e trabalhos acadêmicos, através deles, foi possíveis compreender a educação da EJA, e com isso facilitar o conhecimento sobre o assunto exposto.


5. EMBASAMENTO
A história da (EJA) no Brasil e muito recente, a partir do desenvolvimento industrial e a reorganização do processo do trabalho, foi que mudou o quadro em relação à formação do trabalhador, ou seja, surgiu a necessidades de se ter um operário pensante.
De acordo (Pedro Demo 2008) não pode apenas saber pensar; tem que estar fundado no saber pensar. E disso que se trata: saber pensar e intervir juntos.
6
A educação de trabalhadores ate bem pouco tempo, não era tida como necessária. Pois foi a partir das transformações no processo do trabalho industrial, que fez com que esse conceito mudasse. Tanto na indústria, como na agricultura, mesmo sendo um trabalho braçal ouve a necessidade de se ter um trabalhador alfabetizado, como esta mostrando a figura. As pessoas de idade avançada que não puderam estudar na idade certa, e que hoje estão na sala de aula buscando conhecimento. Hoje e bastante comum encontrar pessoas desse nível querendo estudar buscando chegar ate mesmo a cursar uma faculdade.
Figura- 1. Adultos sendo alfabetizados através da EJA
Na verdade o que se escondia por trás dessa ideia de que a classe mais baixar não deveria ser alfabetizada, era que, a educação seria capaz de despertar o cidadão para o mundo através do ensino e formar cidadão questionador, e insubordinável. E isso seria perigoso para classe dominante.
O estudo do (EJA) para o cidadão brasileiro e de grande importância, pois hoje o trabalhador rural, seja ele qual for, tem o acesso a essa modalidade de ensino no País. O (EJA) é um programa do governo que visa oferecer o Ensino Fundamental e médio para pessoas que já passaram da idade escolar, e que não tiveram oportunidade de estudar no período certo.
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos, que não puderem efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
7
§ 2º O poder público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. (BRASIL, 2002)
O Ensino de Jovens e Adultos no Brasil (EJA) está inserido na meta dos Estados brasileiros para diminuir o índice de analfabetismo no Brasil, objetivando proporcionar à população brasileira, cuja faixa etária não se adéqua mais ao ensino fundamental e Ensino Médio, a complementação de sua formação escolar.
Embora as cartilhas do governo enfatizem a necessidade de promover entre os sujeitos do (EJA) o aprendizado para a formação escolar, também está enfatizada a formação de sujeitos sociais críticos, e aptos a lidar com as exigências de um mundo em transformação.
Mas o que se observa, na prática, são pessoas voltando aos bancos das salas de aula em busca de uma certificação básica, a fim de estarem mais aptos ao mundo do trabalho.


5.1 As dificuldades de aprendizagens na EJA
Sabe-se que o acesso ao ensino escolar é direito de todos, embora que, para alguns o acesso à sala de aula e difícil, e essa pessoa não pode ter acesso ao ensino. O motivo o jovem ou adulto não pôde estudar nos anos referentes à idade própria, pois muitas das vezes por conta do trabalho na roça para ajudar os seus familiares no sustento de suas famílias.
E outros por morar muito distante das escolas e não ter como chegar, e entre muitos fatores que levam a sociedade a se distanciar da sala de aula . Todos têm o direito ao estudo e assim concluí-los, embora estando atrasados.
De acordo com BRASIL, 1996, o artigo 208 da Constituição de 1988 ela é bem clara no que se refere à (EJA) e diz: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I – ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada inclusive, oferta o ensino gratuito para todos os que não tiveram acesso ao ensino na idade própria para iniciar seus estudos.
Ou seja, esse é um direito garantido pela lei maior do País, que é a constituição brasileira, o aluno e adulto precisa ser alfabetizado principalmente nos dias de hoje, pois a pessoa sem a aprendizagem é como se estivesse cega. Mais o indivíduo que se apropria do conhecimento, a visão dele se abre para o mundo.
8
São Muitos fatores que levam a evasão escolar, por exemplo: começar a trabalhar cedo para ajudar na renda familiar, ajudar a família a cuidar dos irmãos mais novos, por casar muito cedo, gravidez precoce ou até mesmo as dificuldades de acesso à escola, é inúmero as dificuldades que levam a evasão escolar.
Assim como existem vários outros motivos para voltar a estudar, o principal é a realização pessoal, que está ligada aos sonhos de poder compreender o mundo através da leitura e escrita, podendo participar como cidadão das mudanças ao seu redor, e trabalhando sua autoestima, tendo também outros objetivos como: promoção na empresa, continuar no seu emprego, e concluir seus estudos, melhorar seus salários e podendo chagar ater a fazer uma faculdade.
O que fazer para mudar um quadro que já vem desde tempos atrás e que por mais que se fale de erradicação do analfabetismo ainda vemos pessoas longe das salas de aula, isso é um caso muito sério, pois nos dias de hoje o ensino é fundamental para um emprego seja em que área for.
Hoja a invasão escolar cresceu bastante nos últimos anos, principalmente no ensino do (EJA), as dificuldades enfrentadas pelo o público que decide buscar o ensino na (EJA) e grande, pois eles passam por vários contratempos na sala de aula, porque são pessoas de idade avançadas, e eles sentem vergonha por ter passado da idade concluir os estudos.
FREIRE, afirma que:
Com relação a aprender, é um processo que pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade crescente, que pode torná-lo mais e mais criador. O que quero dizer é o seguinte: quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se constrói e desenvolve o que venho chamando “curiosidade epistemológica”, sem a qual não alcançamos o conhecimento cabal do objeto. (1996, p. 24,25).
De acordo com autor é importante sempre usar a autoimagem, autoestima, afetividade, bom planejamento, e linguagem simples e adaptações de aulas para alcançar êxito no cognitivo dos alunos.
O professor sendo o mediador da sala de aula do (EJA), ele e responsável por essa transformação no sentido de como transmitir os conteúdos para esses alunos do (EJA), sempre o motivando para que os mesmo não desanimem e não desistas, pois além de tudo o aluno sempre se espelha em um dos seus professores que durante sua trajetória escolar marcaram suas vidas no sentido de motivação e perseverança.
Haverá necessidade, pois, de proceder de maneira que o aluno sinta que está aprendendo e que pode aprender, desde as primeiras lições. Se, no decorrer das duas primeiras
9
semanas, não chegar a aprender nada, dificilmente voltará ele ás aulas. Vossa responsabilidade está assim em jogo: vossa responsabilidade de professor e, sobretudo, de pessoa que se dispõe a cooperar nesta grande obra humana e patriótica, que é a vossa campanha( FÓRUM EJA, CEAA,2011).
A educação na (EJA) precisa ser administrada com bastante cuidado, pois o educador necessita estimular o aluno para que ele consiga aprender e alcançar os seus objetivos no ensino (EJA).
[...], com relação a aprender, é um processo que pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade crescente, que pode torná-lo mais e mais criador. O que quero dizer é o seguinte: quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se constrói e desenvolve o que venho chamando “curiosidade epistemológica”, sem a qual não alcançamos o conhecimento cabal do objeto. (FREIRE, 1996, p.24-25).
5.2 Projetos de apoio ao aluno da EJA
Existem alguns projetos que atendem os jovens e adultos como exemplo; PROEJA (Programa nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos), PROJOVEM (Programa Nacional de Inclusão do Jovem), PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), PROGRAMA BRASIL. ALFABETIZADO, os mesmo são destinados a aquelas pessoas que tem dificuldade de acesso ao ensino. Eles estão disponíveis no intuito de atender essa clientela de alunos para que os mesmo sejam alfabetizados.


5.3 A importância da (EJA) com um olhar diferenciado
Como se pode observar a educação de jovens e adultos é uma prática que merece um olhar diferenciado, onde a dignidade ande lado a lado com a aprendizagem, e assim se construa pessoas que vivam com mais saber educacional, e com isso melhore sua qualidade de vida.
Muitas pessoas optam por não continuar os estudos por falta de coragem e acabam se rendendo ao desânimo. E muitas das vezes por vergonha de estarem na sala de aula com uma idade já avançada, imaginando que já estão “velhos” para estudar e com isso acabam prejudicando-se.
De acordo com BRASIL, 1996, o artigo 208 da Constituição de 1988, Diz que, no que se referem à EJA, todos os cidadãos tem o direito a educação gratuita, pois o País oferece o estudo sem que o aluno tenha que pagar nada por ele. Pois a educação é um direto de todos, onde todos podem ter acesso à cadeira de uma escola. O dever do Estado é oferecer o ensino para todos os cidadãos e uma
10
educação de qualidade, que será efetivado mediante a garantia de ensino fundamental obrigatório e gratuito para todos os cidadãos não importa a idade.
De acordo com BRASIL. Constituição: 1988. O Estado oferecer o ensino para todos não importando a idade. Afim de que os mesmo usufruam desse direito de cidadão digno, de poder garantir o ensino fundamental sem se preocupar com a idade. O professor da (EJA) sendo o mediador, desse publica, ele tem que trabalhar com bastante atenção para que ele não se sinta desmotivados, ou ate mesmo, sentir-se incapaz. Por isso devem ter um olhar diferenciado para com este publico. Para que não deixem de estudar, por vergonha da idade, e mesmo por falta de conhecimento de não se acham capazes de aprender aquilo que e exposto para eles na sala de aula.


11
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.: Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996...- Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições técnicas, 2002.
DEMO, Pedro. Pesquisa participante: saber pensar e intervir juntos/ Livro Editora, 2°ediçao 2008.
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.: Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996...
Brasília: Senado Federal Subsecretaria de Edições técnicas, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
http://forumeja.org.br/node/1638 acesso em 17/10/2016