Educação Bancária

De acordo com o Educador Paulo Freire, o termo “educação bancária” traduz a metodologia educacional das instituições tradicionais de ensino.

No Brasil, temos os primórdios desse tipo de educação com o chegada dos jesuítas que tinham como missão a catequização do povo nativo, assim produziram um sistema de ensino baseado na reprodução de conhecimento. Promoviam discursos e teatralização do conteúdo a ser decorado e reproduzido pelos índios. Dessa forma, os índios apenas reproduziam o idioma e a religião do povo dominador, mas de uma forma mutiladora (de suas tradições) e alienante (sem haver assimilação desses novos conteúdos).

Com a construção de escolas, o ensino continuava o mesmo: Uma reprodução de conteúdos de forma arbitrária e mecânica.

O modelo educacional vinha da Europa. Tenho Portugal e França como modelos principais. O homem branco, cristão, europeu era o modelo de homem a ser imitado, modelo ideal de ser humano.

Na educação tradicional o professor é o centro do processo de aprendizagem, pois é tido como  o detentor absoluto do saber, a fonte de todo conhecimento. Nesse tipo de educação, o discurso do professor deve ser decorado e reproduzido integralmente pelo aluno, e esse deve permanecer sentado e calado enquanto o professor transmite o conteúdo.

Por isso, Paulo Freire critica esse tipo de ensino; por não considerar aquilo que o aluno traz consigo, o conhecimento que a criança tem internalizado anteriormente ao seu período de ingresso na escola.

Paulo Freire denomina como Palavramundo, todo o saber que o aluno tem, tudo que ele conhece de sua vida pessoal, familiar e em sociedade.

Sendo assim, o grande educador propõe que se deixe de lado a educação bancária e se parta para uma educação realmente significativa, que tem o aluno como centro do processo de aprendizagem e seus conhecimentos prévios de mundo sejam o ponto de partida para o professor iniciar o trabalho educativo escolar.

 Bibliografia:

Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido.