Elmira José da Silva[1]

Tatiana da Silva Garcia Chaves¹

Prof.ª Dra. Edlucia Dalva Lira Turiano[2]

Prof.ª Dra. Jedida Severina de Andrade Melo²

Introdução

A investigação minuciosa destaca-se na atualidade pelo desenvolvimento sustentável, conscientizando a nova geração acerca da preservação do meio ambiente. Salientando que, a não preservação hoje, acarretará em danos irreversíveis à sociedade futura. Desta forma, é de grande relevância que o indivíduo se perceba como ser integrante do meio ambiente no qual está inserido. Sendo assim, a educação ambiental deve estarenraizada e interligada em todos os níveis da educação, seja formal e/ou informal. Diante do exposto, o presente artigo pretende responder os seguintesquestionamentos: Quebenefícios a conscientização social promovem para a Educação Ambiental? De que forma a Educação Ambiental é importante para o Ambiente Educacional?As questões ambientais estão cada vez mais presentes em nossa vida, e afligem a sociedade marcada pela degradação socioambiental em decorrência das atividades humanas sobre o meio ambiente. Portanto, esse artigo visa elucidar algumas inquietações que serão relevantes e pertinentes no que tange a formação do cidadão, buscandoa reeducação e preservação ambiental através da conscientizaçãoda sociedade sobre atitudes e habilidades necessárias para melhoria da qualidade ambiental no âmbito institucional (escola) quanto fora dela, apontando respostas relevantes acerca do desenvolvimento da Educação Ambiental, indicando uma consciência individual e coletiva do meio ambiente. 

Desenvolvimento

A Educação Ambientalmanifesta-se através da visão naturalista preocupada com a dicotomia entreos indivíduos e a natureza a partir da consciência ambientalnecessária para um ambiente saudável, consequentemente melhor qualidade de vida. Insere-se no contexto social, político e econômico e, em sua evolução inúmeros problemas surgiram.Onde as dificuldadesencontradas são e serão sentidas nos espaços formais, não formais e informais de educação. Apreservação ambiental é algo relativamente novo no discurso mundial. De fato, durante quase todo o século XX, as potências mundiais utilizaram os recursos renováveis. Porém devido às primeiras crises energéticas mundiais, sobretudo, as relacionadas ao uso do petróleo, dos oceanos e florestas. A mudança pautada no discurso mundial de que todos nós somos responsáveis pela preservação do planeta, impulsionaram pelos esforços de milhares de cidadãos conscientes em várias partes do mundo. Coletivamente realizaram conferências e tratados, abordandonoções de consumo, utilização e preservação do ambiente, da biodiversidade e dos recursos renováveis, que impressionarama forma de compreender o nosso planeta.

Durante o período de nascimento do movimento ambientalista, o Brasil enfrentavarepressão política. Crítica ao regime, caso das críticas e denúncias sobre os problemas ambientais existentes na época, eram vistos como contrários a pátria, em contrapartida, ao desenvolvimentismo a qualquer custo. Os brasileiros ativistas, composto por militantes representados pelo Sul e Sudestena época da repressão política, desenvolveram diversas atividades, paralelamente às lutas, iniciaram ações de educação ambiental. A preocupação de alguns grupos nessa época era, principalmente, de denunciar e conscientizar o público sobre a degradação ambiental. Nesse sentido, odesenvolvimento sustentável passa a fazer parte do discurso de diferentes atores, como professores, políticos, ambientalistas, governantes e até do Banco Mundial, que vê a importância de incorporar esse termo aos seus projetos. Impulsionando inovação aos movimentos ambientalistas, que passam da fase da denúncia para a formulação e sugestão de alternativas para a conservação ou recuperação de ambientes danificados.

Gadotti (2001), afirma que a educação para o desenvolvimento sustentável, apesar de sua ambiguidade, é uma visão positiva do futuro da humanidade, um consenso apoiado por uma grande maioria. Com o aquecimento global, tornou-se urgente a preservação do planeta, conscientizando a humanidade sobre a compreensão das grandes crises atuais (água, alimento, energia, etc.).Nos modelos desenvolvimentistas anteriores o desenvolvimento sustentável não evidenciava um processo integral com dimensões culturais, éticas, políticas, sociais, ambientais e econômicas. As críticas remetem ao fato da ideia de sustentabilidade manteras questões ambientais desassociadasdas sociais e de que ideias conservacionistas dos países desenvolvidos mascaram através da preservação ambiental de grandes áreas naturais, a ganância do uso próprio destas reservas.Portanto, um dos grandes desafios do desenvolvimento sustentável é a capacidade de desenvolver através das tecnologias a equidade social, a diversidade cultural e da coletividade, necessário, educar para uma vida sustentável, atitude devidaquecondizcom tecnologias apropriadas, economias de cooperação e o empenho individual da ecologia humana e ambiental.

          A escola, parte integrante do meio ambiente, favorece condições resultantes da ação humana, do lugar e suas conjunturas ecológicas. Cabe a educação como processo social que reflete o meio ambiente dar condições e devidaimportância a uma educação ambiental, uma reeducação diante das adversidades. Onde o indivíduo tem uma relação natural com o artificial, tendo possibilidade de conscientização e reeducação na construção de uma qualidade de vida.O objetivo da educação ambiental constitui-se de forma educacional na busca constante de atingir todos os cidadãos, de forma participativa e consciente sobre os problemas ambientais. Neste sentido, faz-se necessário uma mudança de comportamento do indivíduo, de forma a desenvolver, através da educação, práticas educativas sobre uma relação positiva da natureza e do mundo. O ser humano consciente do processo da educação ambiental perpassa por relações sociais, compreendendo de forma crítica a sua realidade no contextoambiental e social.

Uma vez que na contemporaneidade a questão ambiental passou a ser elemento integrante da cultura humana, em função de sua degradação e do consequente comprometimento que isso provoca à vida na Terra, a escola passou a assumir um papel muito importante no trato da questão ambiental. Ela tem incorporado à sua dinâmica cotidiana a educação ambiental, por meio, principalmente, de projetos pedagógicos, ampliando as possibilidades de efetivação da cidadania a partir dos direitos e deveres de todos oscidadãos comprometidos com a questão ambiental.Desta forma, a escassez, a exclusão social, o consumismo exagerado, a degradação do planeta, estão associados a processos históricos socioeconômicos de origem mundial em que as transformações que impactam o meio ambiente sãodecorrentes da maneira errônea como os indivíduosvivemseu tipo de relacionamento comas pessoas e o meio. O momento retrataconflitos pertinentes, buscando desenvolverde forma sustentável uma sociedade ambiental transformadora, adotando um caráter criticamente social dos indivíduos a partir de valores e atitudes educacionais vinculados ao meio ambiente.

Conclusão

Sendo assim, é necessário que a educação ambiental faça parte de um processo permanente de aprendizagem tendo como finalidade formar cidadãos conscientes, com uma visão globalizada, ou seja, a educação ambiental, desde que orientada de forma consciente, embasada, ética e responsável, é essencial para a transformação do ser humano. A escola possui papel relevante durante o processo de difundir os conhecimentos acerca da educação ambiental. Consequentemente, torna-se imprescindível e inegável que a sociedade participe ativamente no debate, buscando um modo de identificar os problemas e expor objetivos e possíveis soluções.

Referências 

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GRÜN, M. Ética e educação ambiental: a conexão necessária. Campinas: Papirus, 2002.

JACOBI, P. R. Educação ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, maio/ago. 2005. Disponível em:  Acesso em: 03 maios de 2018.

LOUREIRO, C. F. B. (org) et al. Sociedade e Meio Ambiente: A educação ambiental em debate. São Paulo: Cortez, 2000.

MOLINA, M. A Carta das Responsabilidades Humanas: desafio, conteúdo e modo de elaboração da Carta das Responsabilidades Humanas. Barcelona: Aliança Internacional de Jornalistas, 2007.

[1] Mestrandas em Ciências da Educação – FICS

[2] Professoras Dras. Em Educação – UEP e FICS