Educação Ambiental no complexo ensino das Ciências Naturais

                                                                                           Francisco Hermes Batista Alencar[1]

E se estivéssemos conectados à todos no mundo? Como nossa vida mudaria? E se pudéssemos observar os padrões naturais, vermos a beleza: Contemplarmos as verdadeiras belezas ambientais e naturais. As novas ideias nas ciências, aprofundarmos nossa conexão com a natureza, com as estrelas e com cada um? Como nossa vida mudaria para melhor? E se nós pudéssemos ver realmente os ‘padrões do mundo’ distintamente neste universo interconectado? Verdadeiramente observamos o universo quando abrimos nossos olhos? https://www.youtube.com/watch?v=ChfFg3_-qTM Percebemos o imenso potencial em nosso interior? Primeiro veio o fogo, então surgiu o aço, e não demorou muito para fazermos algumas perguntas importantes: Quem sou eu? Porque estou aqui? E algumas mentes de nossa história: Pitágoras, Sócrates, Platão, Rumi, Leonardo Da Vinci, Michael Faraday, Max Planck, Nicola Tesla, Albert Einstein, Edgar Morin todos começaram a explorar as grandes questões da vida e do universo. Os trabalhos apontam para algo muito importante para que pudéssemos ser muito mais interconectados de uma forma da qual nunca ninguém jamais havia pensado. Suas ideias estavam à frente de seu tempo?  Usaram de mensagens ocultas para os outros as encontrarem mais tarde. Porque naquele momento eles só poderiam compartilhar seus conhecimentos com algumas pessoas. Ainda tivemos o incentivo no GT da Complexidade PENSAR, sob orientação dos biólogos Jair Moisés de Sousa (UFCG-CSTR-Patos/PB), Taffarel (Colégio Cristo Rei), Thiago E. A. Severo e da antropóloga Dra. Maria da Conceição X. de Almeida (UFRN).

            Palavras-chave: Complexidade Educacional.  Educação Ambiental Inclusiva. Operadores Holofractográficos.

            1.0 Estamos todos conectados à complexidade das ciências ambientais?

Vivemos em uma época na qual podemos nos comunicar com cada parte do globo: estamos todos conectados. Mas é mais do que só um sentimento, também é uma equação matemática! Este texto sobre o universo conectado explora novas compreensões científicas que revelam uma imagem maior de interconexão do que imaginamos. Este texto-documentário explora como a experiência fundamental de ser humano é também sobre conexão e, como esta experiência pode ser alterada por estes avanços na ciência. Será que a viagem através destas ideias tornará possível que nos sintamos mais conectados em nossa própria vida?

Mas a ideia de que ‘estamos todos conectados’ soa como uma platitude para muitos de nós. Estamos mais desconectados do que nunca de determinadas maneiras. Pois, as guerras, as violências, as ganâncias, as tragédias – estas são as histórias que enchem os canais de notícias e, esta é uma visão de um mundo muito desconectado: ‘Nós contra eles’, ‘Você contra mim’, ‘Perigos e desastres nos espreitam em cada esquina’. Mas nós somos cúmplices? Porque muitas pessoas parecem forçadas a assistir isto atraídas pelos piores aspectos da humanidade? Nesta obra intitulada de O Manifesto da Transdisciplinaridade, de Basarab Nicolescu (Amanhã será tarde demais), podemos contemplar (NICOLESCU, 1999):

                Duas verdadeiras revoluções atravessaram este século: a revolução quântica e a                 revolução informática. A revolução quântica poderia mudar radical e definitivamente   nossa visão do mundo. E, no entanto, desde o começo do século XX nada aconteceu. Os                 massacres dos homens pelos homens aumentam sem cessar. A antiga visão continua         senhora deste mundo. De onde vem esta cegueira? De onde vem este desejo perpétuo de             fazer o novo com o antigo? A novidade irredutível da visão quântica continua                 pertencendo a uma pequena elite de cientistas de ponta. A dificuldade de transmissão de    uma nova linguagem hermética — a linguagem matemática — é, sem dúvida, um         obstáculo considerável; porém não intransponível. (NICOLESCU, 1999, p. 5)

Até porque há o ritmo sempre crescente: Porque correr tão rápido pela vida? Nós apenas colecionamos fragmentos desconectados de notícias sem voz, sem coração e sem contexto? Quando recebemos apenas alguns pedaços de informação, é muito difícil imaginarmos uma imagem maior do geral. Porque nosso mundo parece tão louco? Porque gastar tanto do nosso tempo perseguindo dinheiro, carreira, privacidade e bens materiais? Horários tão cheios quando o que queremos realmente é tempo para estarmos juntos. Com todo o nosso progresso perdemos a conexão, a única coisa que realmente importa. Continuamos desconectados, enquanto fingimos estarmos conectados. E estar conectados à uma distância permitem que algumas pessoas digam coisas dolorosas, tais como: ‘estou rompendo com você’, ‘Não vá trabalhar na sexta-feira’, ‘Você está despedido’. Temos problemas de estarmos conectados com aqueles que amamos, muito menos ao resto da humanidade.

Muito menos quando: Há medo e não há beleza? Qual mundo nós queremos? Como nos conectamos com o mundo ‘muda a nossa experiência de mundo’. Há Matemática escondida subjacente em toda a criação. Nassim Haramein[2] comenta que o mundo está interligado. Nosso universo é cheio de mistérios, nossos planetas, estrelas e galáxias representam apenas 4,9% de matéria no Universo. O que constitui o restante do Universo? Seria a matéria ou a energia escura? Há uma grande quantidade inexplicável de energia em nosso Universo. Em 1992, um Explorador Cósmico da NASA detectou flutuações na energia de fundo do Universo.

Para explorar este mistério, precisamos lembrar as palavras de Nikola Tesla: ‘Se queremos entender o Universo, pensemos em termos de Energia, Frequência e Vibração.’ Suas aulas são apresentações multimídia que levam ao seu público através da validade de suas teorias com os dados observacionais e teóricos. Tem se apresentado em instituições como o Departamento Tecnológico de Física da Geórgia, o Departamento de Física da Universidade de Nebraska em Omaha, para os estagiários do Departamento de Educação da Universidade de Montreal, seu modelo de unificação foi entregue à Sociedade Estadunidense de Física. Nos últimos 20 anos, Haramein dirigiu equipes de pesquisa de físicos, engenheiros elétricos, matemáticos e outros cientistas. Fundou uma organização sem fins lucrativos, a Fundação Projeto de Ressonância, na qual, como Diretor de Pesquisa, continua explorando os princípios de unificação e suas implicações no mundo de hoje. Segundo Nassim Haramein (2012):

A Fundação está desenvolvendo ativamente um parque de pesquisa na Ilha de Hawai, onde a ciência, a sustentabilidade e a tecnologia verde se unem. Esta Teoria da Unificação, conhecida como o Haramein-Rauscher métrica (uma nova solução às equações de campo de Einstein que incorpora os efeitos de torque e Coriolis) e seu papel mais recente do Próton de Schwarzschild, estabelece as bases do que poderia ser uma mudança fundamental em nossa compreensão atual da física e da consciência. Esta teoria revolucionária foi entregue à comunidade científica através de documentos revisados e apresentações nas conferencias internacionais da física. Além disso, o trabalho de Schwarzschild Próton recebeu recentemente o prestigioso prêmio Best Paper Award no campo da física, da mecânica quântica, da relatividade, da teoria do campo e da gravitação da Universidad de Lieja, Bélgica durante a 9ª Conferência Internacional Casys’09. (HARAMEIN, 2012, p. 6)

Nassim Haramein se autodenomina cientista multidisciplinar dedicado a 'pseudociência', historiador, filósofo e líder do projeto Resonance. Conhecido por sua busca na construção de uma teoria unificada da estrutura do universo Grand Unified Field Theory e por propor uma nova visão da história das religiões baseada na hipótese da existência de Tetragrammaton um objeto ultrapoderoso electromagnético que residia dentro de um Capacitador de ouro chamado A Arca da Aliança.

Então, Nassim passou a maior parte de sua vida pesquisando a geometria fundamental do hiperespaço, estudando uma variedade de campos da física teórica, a cosmologia, a mecânica quântica, a biologia, a química, a antropologia e as civilizações antigas. Combinando este conhecimento com uma aguda observação do comportamento da natureza, descobriu uma série geométrica específica que resultou ser fundamental para a criação e a base de sua Teoria do Campo Unificado apareceu. Nassim HARAMEIN (2013) acredita que:

A representação do Universo, é codificada pelo padrão de interferência da flutuação do espaço-tempo sobre a superfície de cada próton. A diferença com o exemplo de um holograma estático é que a informação da codificação holográfica está acontecendo dinamicamente a cada micro segundo em todos os momentos e está constantemente fluindo no Universo: ‘Muitas vezes ouvimos a fraseou conceito: ‘Tudo está Conectado, Tudo é Um.’ Ouvimos até mesmo dos mestres das antigas civilizações, ou pensadores modernos, filósofos, pessoas espiritualizadas, e este é um grande conceito. Para muitas pessoas ela ressoa como algo verdadeiro, mas como isso é verdade? Parte do trabalho que venho fazendo começa a abrir a porta para a compreensão da dinâmica e da mecânica quântica sobre como tudo está conectado, apenas deixou de ser um dogma ou uma ideia, mas na verdade é baseado na ‘realidade’ física. A paz liberal que resultaria da globalização foi abalada por espetaculares atentados atribuídos ao fundamentalismo religioso. O mundo tecnológico do século XXI é abalado por movimentos  nome de Deus. (HARAMEIN, 2013, p. 7)      

O velho espírito de Cruzada e Guerra Santa, nunca apagado de fato, parece ser a marca de um novo tipo de conflito e uma nova estrutura de Guerra Fria que não mais opõe socialismo e capitalismo, mas os diversos credos e suas respectivas representações civilizacionais. Seriam, as expressões religiosas, conceitos porte-manteaux para encobrir outros conflitos? Quais os aspectos mais relevantes dos choques religiosos? Os choques do passado seriam muito distintos dos atuais? Quais são as possibilidades da convivência e do diálogo entre as religiões? Há um fluxo de energia do Universo ao seu redor e um fluxo de energia do Universo dentro de nós. Quando as pessoas percebem que tudo está conectado, o sentimento de separação, a sensação de que estamos isolados acaba e, é substituída por esta sensação de que fazemos parte de uma criação incrível onde tudo que existe é independente ao Todo e, tudo está conectado através desta energia no espaço e, realmente é o espaço que cria a matéria e a realidade.

Eles fazem parte de qualquer coisa, e para que eles possam ver o incrível potencial do incrível ‘milagre’ que estão vivendo, e nós seremos capazes de experimentarmos toda esta interconectividade. É um sentimento de ressonância e um senso de conexão com tudo no mundo natural. E talvez, apenas talvez, como resultado começam a entender em um outro nível. Começam a entender a si mesmas e a entender o funcionamento do Universo em um nível mais profundo. E isto dará esperança às pessoas. Já o psicopedagogo Alencar dos Santos VIEIRA (2018) afirma:

                Quanto custa uma educação de qualidade? 10% do PIB, 50% do PIB, 100%?                Qual é a menor                 quantidade de dinheiro necessário para se ter o maior              custo-benefício na educação? Esse nobre cidadão não respondeu nenhuma dessas questões acima, no vídeo. E mesmo se tentasse, jamais conseguiria;      logicamente (e quase matematicamente) provada por Ludwig von Mises      em meados de 1920.  (VIEIRA, 2018, p. 9)

Educação é um serviço como qualquer outro e que deveria estar sujeita às leis da concorrência. Todo e qualquer cálculo econômico racional feito pelo Estado para gerir grandes conjuntos de ações da forma mais eficiente é impossível. Esse é o por que de todo os países socialistas/comunistas até hoje serem economicamente fracassados. A paz liberal que resultaria da globalização foi abalada por espetaculares atentados atribuídos ao fundamentalismo religioso?

1.1 Pode haver base científica à forma de como todos estamos conectados?

Albert Einstein mudou o mundo com uma equação. No entanto, a sua maior obra para criar uma única teoria unificada do Universo, nunca foi concluída, E= m*c2. Einstein sabia o quanto importante seria para a humanidade se fosse descoberto, ele tentou descobrir e foi à procura de respostas. Mas antes que pudesse fazê-lo, terminou o tempo dele. Outros continuaram o trabalho de Albert Einstein buscando uma teoria unificada de tudo. Algumas pessoas têm o conhecimento desta conexão entre macro e micro. No passado criamos mitologia em torno dele. Mas se pudéssemos compreender através da lenda da ciência? Nassim Haramein foi explorar como tudo está contido em todo o resto. Explorar o Universo através da Matemática e da Física tem sido muito complexo. No entanto, nesta complexidade surge a simplicidade. E se houver uma maneira de provar que tudo está conectado à tudo ao mesmo tempo.

Para entendermos isto, temos de fazer uma viagem. E nossa jornada começa com o próton. Se nós voltarmos para nossa classe de Ciências da Escola Secundária, lembraremos que os átomos estão em todos os lugares, e os prótons estão no centro de cada átomo. Portanto, devemos entender com precisão o próton se quisermos entender o Universo. Novas medições de prótons sugerem que devemos mudar nossa maneira de pensar existente. Nassim Haramein foi a primeira pessoa a prever com precisão a nova medida do raio de carga do próton. O próton pode conter a chave, para uma compreensão científica de como a conexão do Universo realmente funciona.

1.2 Pesquisa de Física Unificada: Ressonance, ou Ressonância

Em 1905, Einstein demonstrou através de um exemplo de uma pessoa viajando em um trem: a teoria da Relatividade. Campos separados ou unificados de energia e massa com sua famosa fórmula E= m*c2. Mas depois, uma divisão ocorreu na Física, quando Niels Bohr e um grupo de físicos se separaram para explorar a mecânica quântica. Eles viram dois mundos, um mundo quântico descrevendo probabilidades e incertezas muito pequenas, e matemática separada do Universo maior. A criação desta devisão levou a uma forma de pensar muito desconectada. Nassim Harameim, diretor da Fundação de Ciência e de Pesquisa da Ressonância tem pesquisado ao longo da sua vida para descobrir uma teoria unificada de tudo. Minha paixão pela aprendizagem nunca cedeu. Assim que deixei a escola secundária e, estudar Física e Matemática, e assim por diante, tentar decrevê-las melhor e, eventualmente, ‘escrever uma visão unificada da Física’. Para nós é importante entendermos a fonte da realidade. Viemos aqui para experimentar esta vida e, a maioria das pessoas não perguntam: ‘Como cheguei aqui?’

‘O que é esta vida?’ ‘Como faço para mover trilhões e trilhões de átomos aproximadamente?’ Estava explorando tudo isto para nossa própria satisfação pessoal, realmente não era para um grau de mestre, ou doutoramento em uma instituição. Sabíamos que se fosse para uma instituição nos sentiríamos muito constrangidos. Sabíamos que teríamos um conceito muito específico em como proceder. Não queríamos isto. Queremos ser absolutamente livre para pensarmos o que desejamos enquanto exploramos. E isto nos levou para uma pesquisa muito específica. Certamente, algumas das coisas que pensamos acabaram sendo equivocadas, mas começamos a descobrir certas coisas que trabalhavam juntas. E encontramos algo que vemos como muito fundamental e profundo. Segundo concepção de Patrícia PIMENTEL (2018):

                Eu fui aluna de escola pública a vida inteira, hoje tenho 31 anos, e por muito   tempo eu achava que museu era coisa cara, coisa pra rico, quando eu pude, eu            entrei na faculdade, com 24 anos, e lá eu descobri que não, que cultura ė sim        acessível, que eu perdi muito tempo e bagagem cultural, e esse é meu maior     objetivo para quando tiver um filho, mesmo ainda sendo pobre e                 provavelmente ele também estudará em escola pública, eu vou investir em dar     bagagem cultural, porque é muito importante. (PIMENTEL, 2018, p. 10)

Para entendermos como tudo está conectado, Nassim tinha que estudar a natureza. Ele teve que olhar para os padrões, olhou para o Macro e para o Micro. Assim sendo, como podemos descontinuar nossas conexões?

1.3 Como entendermos que tudo está conectado?

Começou a fazer perguntas sobre alguns dos princípios fundamentais que a Ciência sempre considerou óbvio. E começou a perguntar se em algum momento seguimos o caminho errado. Como continuou a sua jornada, começou a entender que para ver como tudo está conectado, temos que olhar para o Todo. Tudo que experimentamos como realidade, na verdade consiste em 99,99999% do espaço. A pequena porcentagem que não é espaço ou aquela pequena parte que definimos como um mundo material, seria na verdade apenas uma ‘pequena oscilação’. Um pequeno limite eletromagnético que estamos vivenciando, e chamamos de nossa realidade. Nós chamamos isto de uma pedra, um átomo. Chamar isto de ‘água, areia, ou estrela e galáxia’. Por isso, em vez de olhar para a ‘matéria que define o espaço comecei a pensar que talvez seja o espaço que define a matéria’. É fascinante perceber que o ‘espaço vazio’ em cada átomo de cada ser humano no planeta, se comprimi-los todos juntos, toda a humanidade seria do tamanho de um cubo de açúcar.

Com certeza, teria uma densidade de uma estrela de nêutrons e pesaria cerca de 478 milhões de toneladas. Mas isso nos ajuda a visualizar a importância para entender que cada um de nós somos feitos principalmente de ‘espaços vazios’. Mas, como se vê, o espaço não é realmente vazio. Verificou-se que o espaço-tempo no nível quântico, é flutuante com nível de intensa energia, completa de componentes de energia dinâmica.        Nós não estamos falando apenas de espaços fora do nosso planeta, estamos falando sobre o espaço dentro de cada átomo do seu corpo. Todo ser humano neste planeta tem em comum. Independentemente de raça, cor ou religião, todos nós somos seres individuais. No entanto, esta dinâmica de energia do Universo está constantemente fluindo em todo o espaço, dentro de cada um de nossos átomos, e conectando todos nós. Isso nos ajuda a entender o famoso ditado do sábio Rumi, que disse: ‘Você não é uma gota de água no oceano, você é todo o oceano em uma única gota.’ Podemos, literalmente, aprender a sentir a Força do Universo dentro de você, e fluindo através de você porque tudo está conectado.

Porque você faz parte de tudo através desta energia dinâmica. O grande físico teórico John Archibald Wheeler, um colega de Einstein, disse: ‘Nenhum aspecto é mais importante do que o universo vazio não está vazio. É o centro da Física mais poderosa’. David Bohm o físico teórico explica que o Universo não está vazio. ‘O Universo não está separado deste oceano cósmico de energia’. E, Einstein disse: ‘Os objetos físicos não estão no espaço, mas estes objetos são expansões espaciais de campos. Desta forma, o conceito de espaço vazio perde o seu significado.’ Esta energia por trás de tudo existente em toda parte no espaço é descrita na física como vácuo.

            1.4 E se houvesse maneira de conectarmo-nos à energia do vácuo ao invés de esgotarmos os recursos naturais na Educação Ambiental Significativa Inclusiva?

 A humanidade foi na direção do que não é sustentável. Durante milhões de anos havia campos magnéticos em todos nós sem o nosso conhecimento sobre a existência deles. Até Michael Faraday deduziu que ao deslocar um pequeno ímã sobre um conjunto de fios conseguiríamos obter uma fonte de energia eletromagnética que poderia alimentar todos dispositivos que usamos hoje em nossa sociedade. Estamos descobrindo que há um outro campo invisível, esta é a fonte do mundo material que está ao nosso redor, e em grandes quantidades. E para aprender a aproveitar sua estrutura poderíamos suprir o nosso mundo para as futuras gerações. Cientistas de todo o mundo estão buscando uma solução para aproveitar a energia do vácuo que está ao nosso redor.

E é importante que eles tenham sucesso. Guerras atuais e potenciais conflitos do futuro serão liderados pelas lutas por recursos com petróleo e água. Uma fonte de energia abundante iria ajudar a criar estabilidade no mundo e reduziria ameaças por falta de abastecimento de recursos materiais oque levaria ao desencadeamento de guerras mundiais. Embora a controvérsia acerca da evolução das espécies a partir de um ancestral em comum tenha sempre sido palco para amplas discussões – e por vezes ainda carrega um estigma de heresia, talvez pela difusão equivocada de seus conceitos, esta nunca foi a intenção do próprio Charles Darwin. Nos parágrafos finais de sua obra ele deixa claro que sua vontade era compartilhar com o mundo um novo vislumbre ao olharmos a natureza:

                Há grandeza nessa visão da vida. É interessante contemplar uma ribeira           luxuriante, atapetada com numerosas plantas pertencentes a numerosas            espécies, abrigando aves   que         cantam nos ramos, insetos variados voando                aqui e ali, e pensar que estas formas tão      admiravelmente construídas, tão   diferentemente conformadas, e dependentes umas das outras de uma            maneira                tão complexa, Têm sido todas produzidas por leis que atuam em volta de nós e            em nós mesmos. Enquanto que o nosso planeta, obedecendo à lei fixa                 da           gravitação, continua a girar na sua órbita, uma quantidade infinita de belas e admiráveis formas, saídas de um começo tão simples, não têm cessado de se       desenvolver e ainda se desenvolvem. (DARWIN, 1859, p. 12)

‘A arte médica tem três elementos: a doença, o doente e o médico. O médico é um servidor da Arte.’ (Hipócrates, médico da Antiguidade). As guerras fizeram parte da história da humanidade. Mas é preciso que sejam parte do futuro da humanidade? A guerra trouxe dor e sofrimento incontáveis à humanidade. E este é provavelmente o exemplo mais poderoso do fato, do que pode acontecer quando nos desconectarmos. Gandhi disse: ‘Um olho para os olhos faz o mundo inteiro ser cego’.

Com a nossa capacidade atual de guerra poderá não haver vencedores. Gene Roddenberry, criador de Star Trek, disse certa vez: ‘A força de uma civilização não é medida pela sua capacidade de lutas em guerras, mas sim pela sua capacidade de as prevenir’. Aprender a aproveitar esta energia do vácuo em torno de nós poderia ter implicações profundas mas irá exigir uma mudança de paradigma. Alguns do maiores avanços da ciência têm vindo pessoas com a coragem para perseguir ideias que desafiaram a sabedoria aceita do seu tempo. Era comum para estas novas ideias, encontrar rejeição em primeiro lugar. Galileu foi preso. Da mesma forma que Faraday, porque tinha apenas uma educação limitada. E sabe o que aconteceu quando Einstein publicou suas grandes obras em 1905? Nada aconteceu. As pessoas não se conectaram às suas ideias. A única pessoa que realmente viu o que Einstein tinha feito era Max Planck que se tornaria o pai da teoria quântica. Segundo o físico HARAMEIN (2012):

Buscar um caminho independente fora da academia tem sido extremamente difícil. Em muitas circunstâncias há um sentimento de ser continuamente rejeitado, não ser compreendido e a constante interação de combate                às ideias pré-concebidas. E esta tem sido uma longa                estrada.                 Porém,   me forçou mais precisamente, para continuar cavando mais fundo, e ser extremamente cuidadoso com               relação aos meus cálculos, e como os apresento para o mundo. Então, na verdade, tem servido seu propósito. (HARAMEIN, 2012, p. 13)

O nosso mundo material não é tão sólido, como parece em um nível quântico. Como Nicola Tesla exibiu quase um século atrás: ‘Temos que pensar sobre o Universo como Energia, Frequência e Vibração.’ Não como formas físicas sólidas. Nós não estamos lidando com bolas de bilhar. Estamos lidando com formas de ondas, com oscilações no vácuo. Como quando jogamos pedras em um lago, e aparecerá os seus círculos. Os círculos podem se cruzar, mas não destroem a forma de onda, nem o círculo original, nem os outros círculos. Ambos apenas se cruzam e para fazer os círculos, há pequenas vibrações na intersecção do vácuo, e esta é a estrutura holográfica do espaço-tempo.

É o padrão de interferência que codifica toda a informação do Universo inteiro em cada ponto. A ideia de um ‘Universo holográfico’ foi apresentada pela primeira vez pelo físico David Bohm, desenvolvida por Garate Hult e, expandiu-se mais tarde por Leonard Susskind. A ideia foi inspirada por novos entendimentos da termodinâmica dos buracos negros. Quando as informações estão presentes na superfície do buraco negro 2-D conhecido como o ‘Horizonte de Eventos’. Um exemplo simples é que se jogarmos uma carteira em um buraco negro quando ela estiver sendo consumida pelo buraco negro, todas as informações contidas na carteira ficariam na superfície do buraco negra porque esta é uma regra do Universo, onde a matéria não pode ser criada e depois destruída. Os hologramas são criados usando lasers para capturar e codificar informações sobre o objeto, sob a forma de um padrão de interferência:

                A luz refletida à partir do objeto é combinada com um feixe de referência para               criar um padrão de interferência que podem ser mantidos em    uma superfície    fotossensível criando uma imagem completa, que podemos ver inteiramente a              partir de todos os ângulos. Toda a informação está   presente em cada ponto.   Quando o holograma é cortado ao meio, a imagem completa está presente          em ambas as partes. Quando cortamos uma vez as partes e outra vez cada peça           ainda contém representação de toda a imagem. Não é o objeto real, mas          uma representação do objeto real em cada          peça. (HARAMEIN, 2017, p. 14)

Quando olhei atentamente o mundo natural encontrei um alto nível de consistência. Um alto nível de geometria e uma certa interconectividade esta interdependência de tudo ao Todo. Todo o sistema funciona junto de forma equilibrada. E começamos a nos perguntar, qual é a fonte do sistema de auto-organização? ‘O que nós vemos? Depende de como nós olhamos’.

Ao fazer uma pesquisa em torno de um objeto para estudá-lo, você pode olhar mais de perto usando um microscópio para isolar cada parte. Neste caso, você veria milhões de fibras e poderia gastar muito tempo as estudando. Quando você olha muito perto, observa apenas uma parte da imagem. Quando você vê cada parte do segmento da fibra, e como se relaciona uma com a outra, um padrão maior emerge. Imaginar novos entendimentos quando podemos provar isso, se todos pudéssemos aprender a pensar de forma diferente e olhar para o nosso mundo através de uma grande perspectiva de uma imagem conectada ao Universo. Einstein acreditava que a geometria era uma chave no Universo porque representa a relação entre as coisas.

Grandes pensadores chegaram a descobrir a geometria básica da natureza tais como a Proporção Áurea e a Sequência de Fibonacci em muitas formas diferentes de vida. Quando Nassim Haramein analisou estas relações geométricas em um espaço tridimensional mudando ao longo do tempo, viu uma proporção de 1,1618 conhecida como a proporção áurea ou proporção Phi com uma parte fundamental da estrutura do espaço-tempo. Leonardo da Vinci codificou-o em sua famosa obra ‘O Homem de Vitrúvio’ mostrando que a relação Phi existe em proporções diferentes através dos nossos corpos e não é apenas em seres humanos.

1.5 ‘Nada faz sentido em biologia exceto à luz da evolução’ (T. Dobzhansky)

Essa frase, frequentemente citada, é título de um famoso trabalho de Theodosius Dobzhansky – que foi um dos biólogos evolucionistas mais eminentes do século XX – e resume bem a importância dos conceitos evolutivos para as ciências biológicas. A teoria da evolução por seleção natural é, sem dúvida alguma, a generalização mais importante até agora feita no campo das ciências naturais e pode ser testada cientificamente em todas essas áreas de conhecimento. Há muitas dúvidas sobre o custo da educação: Quanto devemos investir? Aonde podemos cortar, quais são as diferentes formas de financiamento e quais os recursos disponíveis. O doutor em Educação José Marcelino Pinto traz uma discussão em torno da importância de conhecer tudo isso para entender melhor a realidade e as perspectivas das escolas do Brasil de hoje. Para ampliar e melhorar a qualidade da escola pública brasileira, antes de tudo é necessário conhecer e entender os principais desafios e demandas. Conforme concepção de Jair Moisés de Sousa, - Darwin e seus Daimons:

Aqui está também Charles Darwin. Seus escritos foram cuidadosa e obsessivamente     tratados. A ‘manipulação’ de seus pensamentos permitiu a recriação do que foi dito por ele, produzindo uma outra narrativa de parte importante da ciência do               século XIX. Porém, a atuação dos autores desse trabalho não foi suficiente para recriar o universo ideário darwiniano. Outras vidas e ideias foram somadas aqui: Edgar Morin, Gerald Holton, Werner Heisenberg, David Bohm, Isabelle Stengers. (SOUSA, 2017, p. 17)

Outra grande questão em nosso esforço compreender a natureza das coisas. Pense da incrível biodiversidade do nosso planeta de todos os seres vivos. Nós vivemos em um mundo maravilhoso. Pense sobre a complexidade de um chimpanzé, uma água-viva, ou um talo de grama, ou algo menos complexo que está inanimado como um simples Cubo de Rubik. Três conjuntos, três colunas, três profundidades com seis cores.

Qual é a probabilidade matemática de resolver por acaso? 13,8 milhões de anos que é a estimativa atual da idade do Universo. Se você pudesse enviar uma pessoa cega no tempo juntamente com a dispersão do cubo de Rubik, poderia fazer um movimento a cada segundo. Quanto tempo você levaria para resolvê-lo? Em 13,8 bilhões anos de existência do nosso Universo, há chance de menos de 1% de probabilidade para ser resolvido. Quanto tempo seria necessário para garantir que seja resolvido? Há 43 quintilhões de possíveis soluções para ao cubo de Rubik. Para mover todos os estados possíveis sem repetir nunca o mesmo, levaria 1,4 trilhão de anos. E talvez você possa resolver em algum ponto. Mas poderia levar bilhões de anos a mais do que a existência do nosso Universo, para resolver um cubo de Rubik simplesmente por acaso. Segundo o pensamento de Rita Angelim (2018):

                Eu como professora e estudante de pedagogia penso que o problema da escola               é aluno com falta de educação doméstica e consciência de que o estudo é               importante. A educação ficou toda para escola, aí temos na sala de aula          um aluno que não respeita regras, que é mal educado e por mais estratégias que             a escola use para o aprendizado ele não quer estudar. (ANGELIM, 2018, p. 8)

            Também em animais, em plantas e na arte. A simetria geométrica ainda afeta a nossa percepção de beleza. Passar algum tempo na natureza nos ensina que tudo está interligado, e ‘tudo é interdependente um com o outro’. (cf. TRIGUEIRO, 2018, p. 11)

            2. Considerações Finais

            Nós temos uma tendência em isolar sistemas e analisamos como se não tivessem um Universo. Muitas leis da física começam com a seguinte declaração: ‘Dentro de um sistema isolado’ mas quando você procura ‘sistema isolado’ em um dicionário de física, percebe que tal coisa nunca pode ser encontrada. E nada pode ser isolado completamente no Universo. Campos gravitacionais não podem ser isolados, campos eletromagnéticos também não e assim por diante. Então, podemos chegar a uma nova ciência que leva em consideração a relação de todas as coisas umas com as outras. Penso que se quisermos encontrar os princípios fundamentais da criação temos que examinar a natureza de uma base experimental. E é através da Matemática que podemos obter bons resultados. É muito fácil para os cientistas entrarem em um laboratório e apenas se manterem tentando desenvolver uma teoria e perder o contato com o mundo natural. Quando eu saio para surfar na realidade, constantemente estou conectado a estes padrões fundamentais da natureza.

Partículas movendo-se para cima e para baixo nas ondas, a energia das ondas me conduzindo através do oceano, ou ao entrar no tubo, o grande vórtice, a vórtice dinâmica. Há algo muito profundo sobre o assunto. Muitas destas coisas me inspiram quando volto para o laboratório e começo a escrever as minhas fórmulas. É como se estivesse na minha memória celular. Para muitos de nós            nas cidades, natureza é uma memória fraca. Estamos sobrecarregados com a nossa nanotecnologia. Damos tanta importância à nossa realidade digital, muitas vezes ignoramos que a nossa realidade física está em grande perigo. Tem um enorme impacto sobre isso, que afeta nosso desempenho e bem-estar. Permitimos o ‘Ruído da Tecnologia’ suprimir a nossa voz interior, Nassim acredita ser esta a fonte de sua Inspiração. Às vezes, temos que nos desconectar, para que possamos nos reconectar. Alguns dos momentos mais bonitos da minha vida, eram tempos quando ficava extremamente isolado. Enfim, naquela época, estava vindo Whistier no Canadá. Cada vez mais o interesse que tinha na natureza e na física, e obtendo a plena compreensão da base da realidade, era uma espécie de assumir o meu interesse. Então me mudei para uma van para continuar minha pesquisa. Eu sabia que se           estudasse ao ar livre, poderia minimizar as minhas despesas para que pudesse obter recursos suficientes para continuar trabalhando em tempo integral. Finalmente, fazendo pesquisas, tentando encontrar algumas pistas de como poderia unificar as forças da física. E eu estava nesta área surpreendente da pesquisa onde a informação flui e estava pesquisando, encontrando mais e mais informações, peças do quebra-cabeça estavam vindo juntas, e momentos depois de momentos de iluminação, nós sabemos um após o outro, e tudo isso foi tão sublime e indelével.

            3 Referências:

BASAREB, Nicolescu. Manifesto da Transdisciplinaridade. Ed. Triom: S. Paulo, 1999.

DARWIN, Charles. Origem das Espécies. Martins Fontes: Rio de janeiro, 2014.

HARAMEIN, Nassim. Teoria da Unificação: Métrica Haramein-Rauscher. Ed. Pan-Americana: Montreal, 2012.

MORIN, Edgar. A Cabeça Bem-Feita. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2013.

MELLO, Rodrigo. Biologia Evolutiva. Univ. Pedagógica: Moçambique, 2017.

            SOUSA, Jair Moisés. Darwin e seus daimons. Ed. UFRN: Natal, 2017.

            TRIGUEIRO, André (org.). Meio ambiente no século 21: 21 Especialistas falam da questão ambiental nas suas                áreas. Ed. Cortez: São Paulo, 2018.

 

[1]ALENCAR, Francisco Hermes Batista é Graduando em Ciências Biológicas pela UFCG de Patos-PB, integrante do Grupo de Estudos  da Complexidade ARBOR, sob orientação dos biólogos: Jair Moisés de Sousa, Thiago E. A. Severo, Taffarel e da antropóloga Maria da Conceição Xavier de Almeida; Rua: Jailson Resende Ramalho, 199-São Bentinho; 58865-000; contatos: (83)99915.1363 - 99930.3686/991186110: [email protected]

[2]Nassim Haramein, nasceu em Genebra, Suíça, em 1962. Já com 9 anos de idade, Nassim já estava desenvolvendo os fundamentos hiperdimensionais de uma teoria unificada  de matéria e energia que, inicialmente, denominou o Universo “Holofractográfico”, domina o francês e o inglês, o Sr. Haramein tem dado conferências e seminários sobre a sua teoria da unificação há mais de 10 anos.