Cada pessoa é um ser único, diferente de todos as outras. A individualidade é formada a partir da interação entre características herdadas e adquiridas do ambiente, fator que motiva cada pessoa a fazer parte de grupos com os quais tem maior afinidade. Dessas relações nasceram os conceitos de direitos e deveres, sendo assim, o homem tem direito à proteção, ao crescimento, a ser reconhecido e a ser tratado com dignidade, justiça e igualdade de oportunidades, sem preconceito ou discriminação.

Em primeira análise, cabe ressaltar o papel do indivíduo enquanto residente de uma sociedade. O homem não consegue produzir tudo o que consome, para consegui-las, precisa produzir bens ou serviços úteis e desejáveis para a coletividade, para então trocá-los por aquilo que quer ou necessita, no que se refere o capitalismo e a divisão socioeconômica. Por isso, nem todas as pessoas conseguem sentir-se verdadeiramente protegidas e amparadas ao meio em que vivem. Durante os últimos séculos, a humanidade vivenciou inúmeros modelos de utopia, mas ainda estamos longe da forma de sociedade ideal, com justiça e igualdade para todos. Isso é claramente refletido em meios de comunicação de massa, onde necessidades particulares, de subsistência e sobrevivência do indivíduo, acabam falando mais alto do que a ética coletiva.

Outrossim, o relacionamento interpessoal é a mola propulsora da sociedade moderna. A atual conjuntura é dividida em classes sociais, sendo consequência do capitalismo e da intensa divisão social de trabalho. Para Émile Durkheim, o trabalho em sociedades capitalistas é diversificado e entoado por diversas pessoas em diferentes postos de trabalho, portanto, a sociedade se beneficia da diversidade, que garante inovações e criatividade, fatores que colaboram para que não haja a não progressão. Entretanto, mesmo diante a estratificação social (fenômeno social que gera a divisão de classes), o ser humano enquanto cidadão é, unicamente, igual em direitos e deveres. Por mérito disso foi reconhecido na Constituição Federal de 1988, um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, isso é um direito a educação, que tem o valor da igualdade entre as pessoas.

A educação, no entanto, é uma prática social que visa ao desenvolvimento do ser humano, e suas potencialidades, habilidades e competências.

A educação no Brasil é fundamentada na Constituição Federal, Artigo 205º. O mesmo prevê três objetivos básicos da educação: garantir o pleno desenvolvimento da pessoa, prepara-la para o exercício da cidadania e qualifica-la para o mercado de trabalho. A educação no Brasil é dever do Estado e da família, e deve ser fomentada pela sociedade.

Desde o início da Revolução Industrial (1760-1840), o conhecimento foi associado, principalmente, à produção. Consequentemente, a escola como centro de ensino tornou-se e ainda tem se tornado, núcleos de preparação para o negócio onde a educação é, na maioria das vezes, resumida em conhecimentos sobre uma série de disciplinas.

A prática educativa formal – que ocorre em espaços escolarizados, da Educação Infantil até a Pós-Graduação – dá-se de forma intencional e com objetivos determinados, coincidente com conceitos de socialização e endoculturação. A educação progrediu e os aspectos humanistas se tornaram presentes na convivência de toda a comunidade escolar (pais, alunos e professores). O acolhimento é fruto de uma adaptação progressiva que, forma cidadãos íntegros que possam conviver em harmonia com as diversidades e diferenças, o que resulta em um bom relacionamento nas experiências interpessoais. No entanto, a instituição deve estar preparada para proporcionar aos seus alunos esse olhar diferenciado desde a chegada à escola, podendo assim, evitar a evasão escolar — dados do IBGE apontam que mais de 600 mil alunos abandonaram a escola em 2019 — e fazer com que o aluno se sinta apto para iniciar o processo de aprendizagem e de convívio social com os demais.

Logo, foi implantando o Plano De Desenvolvimento da Educação (PDE), que, auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho, focalizando a sua energia e assegurando para que o resultado do trabalho em equipe atinja os mesmos objetivos . O principal foco do PDE foi a Educação Básica. No contexto Educação Superior foi formada por alguns princípios complementares entre si, como a expansão da oferta de vagas; a garantia de qualidade; a promoção de inclusão social pela Educação. Ademais, o PDE tinha como objetivo fazer da Educação Superior um elemento-chave da integração e da formação do Brasil como nação.

Posto isto, é indubitável que, quando a escola assume o papel de oferecer ensino de excelência, unido à atitudes humanistas, ela se propõe, também, a destinar uma atenção individualizada para cada estudante. Para isso, a Instituição em parceria ao Ministério da Educação, deve compor o seu espaço físico de forma acolhedora e capacitar os professores, por meio de orientações e formações pedagógicas, para que transmitam segurança. É necessário, também, que os pais e professores, estabeleçam uma rotina organizada e atrativa, que busque proporcionar às crianças experiências positivas, em que se sintam valorizadas e especiais, respeitando assim, a particularidade de cada aluno. Outra forma de integração, são as brincadeiras e dinâmicas em grupo, as quais permitem que o aluno se enturme e interaja com outros. Essa escolta permite que o professor tenha uma visão mais ampla e detalhada de onde o aluno está, aonde ele pode chegar e quais estratégias poderão ajudar nesse processo a ser mais efetivo, fazendo com que o próprio aluno participe ativamente da construção de seu conhecimento. Além disso, conforme o escritor e poeta estadunidense Allen Ginsberg, quem controla a mídia, controla a cultura. Consoante a isso, o papel da mídia no mundo é incentivar e divulgar a importância da Educação no meio como ferramenta poderosa para a obtenção de uma sociedade plena e justa, assim, se faz presente o acesso a garantia visto que todos somos iguais perante a lei.


  • Durcilene Soares Ferreira- Graduada em Pedagogia com Especialização em Psicopedagogia; Professora na Rede Municipal de Ensino na cidade de Rondonopólis.
  • Jane Gomes de Castro- Gradua em Ciências Biológica; com Especialização em Ecoturismo Ambiental; Professora na Rede Municipal de Ensino na cidade de Rondonópolis.
  • Adriana Peres de Barros- Graduada em Pedagogia Plena; com Especialização em Educação Infantil e Alfabetização e em Psicopedagogia; Professora na Rede Municipal de Ensino na cidade de Rondonópolis.
  • Graciele Castro da Silva- Graduada com Especialização em Educação Infantil e Alfabetização; Professora na Rede Municipal de Ensino na cidade de Rondó polis.