Avião decolando

A difícil situação econômica pela qual o Brasil tem passado nos últimos tempos repercutiu – e cheio – na indústria de intercâmbio. O dólar nas alturas (que, em algumas cotações, chegou inclusive a ultrapassar os 4 reais) tem assustado algumas pessoas e suas respectivas famílias, já que muitos serviços do pacote de intercâmbio, como a passagem aérea, os cursos e a hospedagem, são calculados na moeda americana.

No entanto, o cenário pode não ser tão desfavorável assim para quem sonha fazer um intercâmbio. Dá para reduzir e suavizar o custo desse tipo de viagem, desde que, para isso, a pessoa interessada abra sua cabeça e os olhos para novas oportunidades e entenda que o momento agora é de calma e atenção.

Dentre essas oportunidades, estão destinos que até então eram subestimados pelos intercambistas brasileiros. Obviamente, países mais tradicionais, devido ao nome consolidado no mercado, são mais caros – e dessa lista fazem parte os EUA, a Inglaterra, a Espanha e a Itália. Em compensação, existem lugares muito ricos em cultura e repletos de experiências interessantes que oferecem pacotes por muito menos.

É o caso da vizinha Colômbia, uma das opções mais atraentes para quem quer aprender ou aprimorar os conhecimentos em espanhol. Sua capital, Bogotá, além de contar com muita História em seu colorido centro histórico, é um lugar baratíssimo para alimentação e para lazer, o que significa que o intercambista poderá se divertir em sua viagem sem sacrificar o bolso.

Ainda assim, caso seu sonho seja mesmo fazer intercâmbio em algum país mais tradicional, é válido pensar em cidades menores e menos conhecidas desses países, pois são as metrópoles e sobretudo as capitais os destinos mais caros. Bristol, na Inglaterra, e Alicante, na Espanha, são alguns exemplos, tendo uma linda arquitetura, muita cultura e meios de transporte eficientes para quem quiser se deslocar às cidades maiores.

Outras dicas

Não é só o destino, contudo, que muda o valor de um intercâmbio. Muito pelo contrário! O tempo também pode ser determinante para o preço final do pacote. Diminuir a duração do intercâmbio obviamente o torna menos dispendioso, além de ser uma ideia para quem não tem muita certeza se vai aguentar a saudade e a distância dos familiares e amigos queridos durante a viagem.

Fazer um intercâmbio também demanda planejamento. Isso muitas vezes é redundante, ainda mais em se tratando de um projeto tão caro e importante. No entanto, em tempos de crise, o bônus do planejamento é que você pode negociar parcelas maiores com a agência de intercâmbio, promoções e inclusive encontrar uma escola que ofereça descontos para brasileiros (sim, isso existe!). Ah, e o melhor, você pode trocar reais por dólares (ou pela moeda do destino escolhido) sem pressa e com mais controle, o que evita sustos com o câmbio.

Investimento para o futuro

Ainda assim, é importante ter em mente que um intercâmbio é muito mais do que um gasto. É um investimento que vale a pena ser encarado, pois traz benefícios para a vida pessoal e para a bagagem cultural de qualquer pessoa. Muitos desempregados e recém-formados têm inclusive encarado o intercâmbio como uma forma de se destacar em vagas de emprego futuras, já que recrutadores procuram profissionais capacitados a atuarem em um cenário globalizado e internacionalizado, com mercados dialogando cada vez mais.

É claro que a crise assusta e que a instabilidade econômica torna projetos dessa envergadura mais delicados, porém existem soluções criativas e inteligentes para fazer o intercâmbio acontecer. Economizando, refletindo, planejando e pesquisando o interessado não terá que abrir mão de seus sonhos, nem tampouco deixará de receber as imensas vantagens que um intercâmbio pode oferecer a qualquer um. Por isso, não desista e procure por alternativas que satisfaçam tanto aos seus desejos quanto ao seu bolso!