Ecologia Cognitiva

Por Rainer Alves da Fonseca | 12/02/2014 | Educação

 

Normalmente a Sociedade da Informação é identificada como sendo um mundo em que a informação é a nova mercadoria, assim esta direção de mudança é inevitável, e sua abrangência é global.

Esta visão simplista, demonstra como nossa “nova realidade” é construída. Porém devemos chamar a  atenção aqui para os paradigmas cognitivos aos quais estão embutidos no volume cada vez maior de  informações que são criados e distribuídos, em uma velocidade antes inimaginável.

Observar as novas transformações apenas de um ponto de vista econômico é relegar a um segundo plano, mudanças drásticas e importantes nos aspectos de vida humana.

Portanto temos a frente o  desafio de uma ecologia informacional, que se apresenta aos membros da sociedade em algumas vezes como um ambiente de manipulação e acesso de informação, causando a supremacia da técnica sobre o ser humano. Porém esta visão é natural de todo momento de mudança. Pois a cada dia inverte-se a ordem, já que as pessoas aprendem como utilizar de forma racional o montante de informações que tem a mão colocando o ser humano em primeiro lugar, e percebendo a tecnologia como fonte e ferramenta para soluções de problemas.

            Muitas pessoas de alguma forma ligadas ao contexto da sociedade globalizada, sejam eles governantes, empresários ou mesmo intelectuais, percebem o valor cada vez maior do fluxo e da manipulação que a informação tem na sociedade. Tornando assim a sociedade da informação um estágio evolutivo inevitável.

            Porém em muitas vezes temos um desequilíbrio nesta nova conjuntura social-informacional, em que o excesso de informação supera a capacidade de absorção.

            Portanto, toda nova tecnologia deve ser referenciada no ser humano nas suas necessidades e peculiaridades, tornando-se ponto de liberdade e melhoria na vida dos mesmos, e não como uma forma de oprimir ou excluir.