?E LA NAVE VA

Mil poemas escrevesse,
Mil declarações fizesse,
Nada seria verdadeiro,
Sem entrega por inteiro.
O poeta que em mim habita
Não aceita falsidade.
As palavras se lhes faltam,
Se não há sinceridade.
Moral e ética predominam,
Desde mais tenra idade,
E por isso tem sofrido,
Com safadeza e deslealdade!
Conheceu mulher vagabunda,
Amigo, advogado desleal, canalha,
Prole de genética duvidosa,
Programática, indecente, asquerosa!
Verdadeiro mar de lama,
Que entorpece, destrói, difama.
A Justiça, essa vetusta senhora,
Habitante de lupanares infectos,
Vomita venal, seus dejetos,
Por bocas de expoentes abjetos.
Ainda assim, procela adentro,
...La Nave Va!
Soriévilo 02/07/10